Estava chovendo. ___ estava sentada no sofá de sua casa, pensando em tudo que está acontecendo. Eles vão voltar para os Estados Unidos. Por quê? Ela não se importava com seus "amigos", mas sim com seu irmão. Ele é uma criança. Apenas isso. Como ele pode se acostumar ou chamar algum lugar de casa, se ele mora em qualquer e todo lugar?
Uma hora na casa do padrasto, na outra na da mãe, e se ele piscar está em outro país. Dormia quase três dias seguidosna casa de seus amigos para não ter que ficar em casa. E ___ não contestava isso, se tivesse algum amigo faria isso também. A trovoada ressoava pelas paredes da pequena casa, que era alugada mas deram um jeito de ficar confortável. Ela estava sozinha em casa, enrolada em sua manta rosa bebê peludinha, que sua mãe comprou assim que soube o sexo do bebê em seu chá de revelação.
Quem poderia imaginar que sua filha se tornaria essa decepção.
Mas, o quê ___ não entende, é simplesmente o porquê que sua mãe pensa que ela um decepção tão grande. Um desperdício de tempo. Um sofrimento em vão. Porquê?
Notas ótimas na escola desde sempre. Uma ótima irmã mais velha, de acordo com o irmão. Uma garota responsável, de acordo com o "pai". Uma garota bonita, de acordo com os colegas. Uma garota exemplar, de acordo com os professores. A garota perfeita.
Então por quê? Será que era por causa de como ela se assustava fácil? Por causa de sua personalidade desconfiada? Por causa de como ela não conseguia expressar sentimentos muito bem? Por causa de ela ter sido o motivo da separação de seus pais? É, talvez por causa disso.
___ tem poucos memórias com seu pai. Sua mãe já se separou e arrumou outro homem inúmeras vezes, como um consolo. Atualmente, Marcos era quem ___ chamava de pai. Ele é um cara legal. Ou melhor, era. ___ ainda não sabia que deveria ter aproveitado mais os dois últimos dias de vida dele.
Na verdade, para ___ a única coisa que importava era que seu pai e seu irmão tinham orgulho dela. Ou pelo menos era o quê ela achava.
Ela escutou batidas na porta, ressoando junto do som da chuva. ___ levantou do sofá e andou pelo breu da casa sem energia, quando abriu a porta, viu seu pai debaixo de uma sombrinha com o irmão dela.
-Eu e a sua mãe vamos demorar no trabalho, pode cuidar do seu irmão? -ele falou, a luz de emergência em cima da porta iluminando sua pele escura e seus cabelos meio brancos pela idade.
-'Tá bom. -ela falou, sabendo que não tinha muita escolha.
Assim que olhou para seu irmão, viu seus olhinhos molhados de lágrimas. Medo da chuva. ___ pegou seu irmão pela mão e o sentou no sofá. Ela sentou do lado dele e abraçou o mesmo.
-Eu... -Lucas começou. - Eu não gosto da chuva...
Ele apertou mais o abraço.
-Ei, calma -___ disse em uma voz consoladora. -, é só o vento lá fora.
Suas vozes ressoavam pela casa disfarçada pela escuridão. Onde não conseguiam ver o quê tinha lá. Onde tudo se escondia. Onde tudo simplesmente sumia. As vezes ___ queria estar lá. Simplesmente não existir por um momento. A linha tênue entre a vida e a morte. Como o gato de Schrödinger. Vivo e morto ao mesmo tempo.
Por um momento não ter que enfrentar a vida real.
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𝘾𝙊𝙉𝙏𝙍𝘼𝙈𝘼𝙊, south park.
Фанфик(capa: créditos para @_nolonala_ no instagram.) ˖˙៹ 𝙎𝙄𝙉𝙊𝙋𝙎𝙀 • • • -ᴠᴏᴄᴇ ᴠᴀɪ ᴍᴇsᴍᴏ? -ᴇʟᴇ ʜᴇsɪᴛᴏᴜ ᴀɴᴛᴇs ᴅᴇ ғᴀʟᴀʀ. sᴇɴᴛɪ sᴇᴜ ᴏʟʜᴀʀ ᴘᴇɴᴇᴛʀᴀʀ ᴇᴍ ᴍᴇᴜ ʀᴏsᴛᴏ ᴇ ᴍᴇ ᴀɴᴀʟɪsᴀʀ, ᴄᴏᴍᴏ sᴇ ǫᴜɪsᴇssᴇ ɢᴜᴀʀᴅᴀʀ ᴍɪɴʜᴀ ᴄᴏᴍ ᴄᴀʀɪɴʜᴏ ᴘᴀʀᴀ ʟᴇᴍʙʀᴀʀ ᴅᴇʟᴀ ᴅᴇᴘᴏɪs -ɴᴀᴏ ᴛᴇ...