Eu caia. A rainha dos mundos caia como se fosse uma rocha em deslize por uma montanha sem fim, não tinha controle.
E enquanto eu desabava conseguia enxergar mundos lindos, feios, de uma cor só. Mundo preto, fedendo a ódio e miséria. Apertei mais a cabeça de koschei ao meu corpo conforme a náusea tomava conta de mim, bilé subindo a minha garganta enquanto eu caia sem parar, fechei meus olhos, desejando não ver nem conhecer mais nenhum mundo. Era tão vazio, um mundo de nada conforme caia, sabia que estava descendo, mas... nada. Era uma queda oca, como se eu estivesse parada no tempo espaço e era definitivamente bizarro. E ruim. Ousei abrir meus olhos, vendo que agora a queda diminuía. E os mundos ficando cada vez mais distantes, pareciam tão próximos daqui. Só que jamais os vi do céu estrelado da corte de meu carranam, jamais sonhei que seriam tantos, Rainha dos mundos. Parecia um cargo pesado demais para carregar agora.
Tive a leve sensação de calor, verão, ainda seria verão neste mundo em que caia?
Senti o vento me açoitar e o mundo ficar azul, verde e... merda. Eu estava caindo, bem rápido. Abri minhas asas, mas pareciam tão pesadas, difíceis de conduzir a voar. Dei o meu máximo para tentar voar, abafar a queda da areia que agora se aproximava, uma ilha.
Uma ilha relativamente pequena, com uma cidade e um porto, mas eu acabaria caindo atrás daquele pequeno morro, do outro lado, na areia.
Rangi meus dentes segurando mais firme a cabeça de Koschei, eu sentia a podridão que ali havia, e era bem ruim conforme caiamos e eu me sentia pela primeira vez, verdadeiramente fraca.
A queda tendia a se tornar cada vez mais veloz conforme eu tentava desajeitada e desesperadamente bater minhas asas, voar porra, eu precisava voar. Uma travessia para o porto me parecia inviável agora.
Me encolhi diante das minhas próprias asas, deixando que a queda terminasse. Um estralo soou no ar quando eu me choquei contra a areia, soltando um pequeno grito de dor, essa doeu mais do que deveria, sangue vermelho brilhou pelo meu rosto, braço e cocha. Xinguei abrindo os braços, a cabeça rolou.- mais que...?
Olhei para o lado, ofegante, tentei me sentar.
- olá.- disse apoiando os braços e me erguendo aos poucos.
- você é feerica.
Os olhos do menino mais velho brilharam de horror, deixando a criança ao seu lado se encolher atrás dele. Humanos.
- Não. Não sou.- finalmente consegui me sentar.
Me concentrei tempo suficiente para conseguir esconder minhas asas, gastando uma boa porcentagem de magia no caminho. O menino recuou, pestanejando conforme a asa simplesmente sumiu, de um segundo para outro.
- oque você... digo, por favor não nos mate.- seus olhos se encheram de água.
Revirei os olhos.
- porque eu faria tal coisa?
Ele me olhou, aquele adolescente inconsequente me olhou fraca, pálida e vulnerável. E me julgou com nojo e desprezo. Deuses, oque os feericos desse mundo faziam?
- você é um monstro! Sua...
Eu apaguei. Inconsciente e sem saber oque existia neste mundo. Eu apaguei.
- Azriel?
-princesa?- a voz longe de mim em um breu disse com q voz arrastada, de quem estava prestes a se jogar de um precipício.
O mundo girou conforme eu caia em lembranças. Quando eu estava atrás dos bronex por toda prynthian, eles estavam lá, aterrorizando vilas e matando pessoas por culpa minha. Eu deveria ter impedido sua chegada a terra dos grão senhores. Enquanto eu acampava comendo um Coelho assado, quando ele me encontrou. Se sentou ao meu lado e esperou que eu comesse em silêncio, beliscando um pouco do Coelho também. Quando eu o...

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A Corte De Sombras E Luz
Fantasi(part. 2 corte de dragões e naturais) Diana Pryntian Valyria foi lançada de um mondo para outro, que diabos seria Baia Da caverna para a rainha bruxa dragão fará agora?