Furina se depara com um demônio em sua vida, este em questão sua chefe assustadora Arlecchino, desde que ela chegou em sua empresa é como se não pudesse ter um minuto sequer de paz. Ter medo é o menor dos seus sentimentos, se sente completamente imp...
Oii Gente, Asta aqui dnv, estou aqui no início apenas para dizer que eu não planejei nada dessa história... Por que pensei que nem iria postar, mesmo assim gostei do resultado então vou publicar, espero que gostem!
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I kissed the scars on her skin I still think you're beautiful And I don't ever wanna lose my best friend I screamed out: God, you vulture Bring her back or take me with her
A Match Into Water - Pierce the Veil
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Eu já tive medo da pessoa que amo hoje. Como posso começar a dizer isso? Bem, no início tive medo daquela mulher cuja postura era fria e distante. Sempre me olhando como se fosse me matar a qualquer momento, quando nos encontrávamos tinha a sensação de que iria morrer apenas com seu olhar. Era assustador demais tê-la ao meu lado.
Sua pele era pálida como se a luz pudesse refletir nela, assim como seus lábios eram escuros da cor do sangue fazendo um contraste com seus olhos vermelhos em cruzes. Carregando uma feição séria e neutra sem sentimentos nenhum, podia sentir uma aura de poder tremendo que me deixa encolhida. Suas roupas eram sempre pretas com branco, cobrindo até seu pescoço, sem muito a mostrar. O barulho de seus saltos chegando em qualquer sala que entrava, ressoava nos meus ouvidos de um jeito assombroso.
Ela me assustou no dia em que agarrou meu queixo com suas garras longas e me fez olhar em seus olhos, profundos sem luz nenhuma, os outros da empresa não tinham esse mesmo medo que eu, apenas respeito pela mulher, mas não importa o que falassem para mim ainda era horrível ter sua presença.
Arlecchino, esse era o nome da minha chefe assustadora que causava arrepios em todo meu corpo. Não tínhamos um relacionamento muito bom na época do trabalho, eu sempre a evitava de alguma forma mas parecia que a mesma queria me ver, inventando desculpas para que fosse em sua sala, me enviando para deixar algum tipo de lanche para ela. Quase sempre estávamos juntas, mas sempre tentei ignorá-la.
Me lembro das inúmeras vezes que fui chamada para sua sala apenas dar algum depoimento rápido sobre meus projetos, sendo que ninguém da empresa fazia isso além de mim, parecia que eu sempre precisava dar satisfação da minha vida para ela.
Não tinha como entender o que se passava na cabeça de Arlecchino, porque suas reações sempre eram neutras, mesmo que eu tentasse compreender o significado de suas ações falharia nos primeiros segundos de tentativa.
Ela era o demônio no meu ombro, com sua voz grossa na medida certa, uma pontada de sedução puxada no final de suas palavras, eu não entendia seus objetivos na época mas parando para pensar agora, acho que foi tudo proposital.
Nossos encontros em sua sala eram demorados, mesmo que meu relatório fosse rápido, Arlecchino me pedia para que falasse mais sobre o conteúdo me obrigando a puxar os mínimos detalhes de minha mente. Me observando com olhos semicerrados e unhas batendo contra a mesa. Um barulho ensurdecedor, engolia o seco a cada batida, minhas pernas fraquejavam querendo ceder no chão mas lá estava Furina fingindo uma plenitude.
