Furina se depara com um demônio em sua vida, este em questão sua chefe assustadora Arlecchino, desde que ela chegou em sua empresa é como se não pudesse ter um minuto sequer de paz. Ter medo é o menor dos seus sentimentos, se sente completamente imp...
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Dessa vez o demônio não me deixou sozinha, quando acordo ainda consigo sentir seu peso contra meu corpo e sua respiração no meu pescoço. Seus braços estão ao redor da minha cintura segurando com uma força que me deixa parada no lugar sem poder me mexer. Talvez ela esteja com medo de eu deixá-la sozinha ou apenas se sente mais confortável assim.
Abro meus olhos e observo onde estou, não voltei para casa nem dei notícias para ninguém sobre onde iria dormir, meu celular ainda está no meu bolso e no silencioso se alguém tentou me contactar então falhou miseravelmente. Suspiro e observo Arlecchino jogada em cima de mim, sua feição é serena parecendo um bebê dormindo no seu melhor sono, seus cabelos estão um pouco bagunçados então eu os arrumo mexendo nas mechas brancas.
Estou sentindo duas coisas nesse momento, dúvida e felicidade, os dois se mesclam me deixando sem saber no que pensar ao certo sobre essa situação. Mas quando a mulher mais alta acorda resmungando e seus olhos se direcionam logo para mim, acabo esquecendo tudo que estava em minha mente.
Arlecchino sorri de um jeito que nunca vi antes, não é neutro e sim de maneira genuína apaixonado. Ela se aproxima mais de mim e dá um beijo rápido nos meus lábios, agarrando meu rosto para alisá-lo, no fundo de seus olhos consigo ver um brilho único que me faz perder o senso de realidade. Estou sorrindo igual uma besta agora.
Ela se levantou alongando os músculos e agora consigo ver mais de perto o quão forte é essa mulher. São bem tonificados, costas largas, braços volumosos e belas curvas destacando seu corpo. Tenho o impulso de engolir a saliva e virar o rosto mesmo que ainda esteja de roupa.
— Está tudo bem Lady Furina?
Fui pega de surpresa — Claro haha, por que não estaria?
Se aproximou — Você parece um pouco intimidade, está com medo de mim?
— Não, mas ainda tenho muita o que entender sobre você
Ela pausou respirando fundo — Fique a vontade para me perguntar qualquer coisa… Mas primeiro não acha melhor tomarmos um banho?
— Ah sim claro… Espere… Você tem um banheiro aqui?
— Sim, eu passo bastante tempo aqui, então se faz necessário às vezes
Fico boquiaberta — Certo, estou me surpreendendo cada vez mais
Arlecchino estendeu sua mão para mim e eu segurei me levantando, me sinto como uma donzela em suas mãos, agora que percebi que esse é o seu jeito de demonstrar afeto então me sinto menos insegura com meus sentimentos. Acho que posso segurá-la sem ser atormentada.
Sou guiada até o banheiro, quando chegamos lá sou surpreendida por uma grande banheira, um box de vidro enorme e uma pia com azulejos pretos. Na mesma hora me pergunto como seria a casa de Arlecchino, se só o seu lugar na empresa é assim imagina sua própria residência. Imaginava que ela era rica mas não tanto.
