the touch of an enemy - wolfstar

3 .

Faziam quase três horas que Remus havia acorrentado Sirius em uma cadeira e estava de frente pra ele, esperando respostas as milhares de perguntas que havia feito.

Mas tudo que recebeu foram flertes e enrolação. Remus suspirou fundo e então sacou sua arma a apontando para o de cabelos escuros, que não demonstrou reação alguma  de medo, muito pelo contrário ele sorriu de jeito travesso e olhou para o loiro de cima a baixo.

— Você é atraente com uma pistola em mãos sabia?

— Eu estou sendo bonzinho com você Sirius, me dê as informações que eu preciso e talvez eu não te mate.

Remus não iria mata-lo. Ele sabe que não conseguiria mas sua voz estava firme o suficiente para parecer que ele iria e esse era o objetivo.

— Loirinho vamos lá... Você sabe como é isso tudo, se eu te contar as coisas ficam ruins pro meu lado.

— E você acha que eu ligo pra isso? Diz onde fica a porra da base antes que eu estoure sua cabeça!

Ele foi o mais agressivo que pode, quase sorriu ao ver Sirius estremecer na cadeira, parecia que ele não era tão inabalável assim.

— Então me beije. - as palavras saíram de sua boca como se não fossem nada, ele mantinha uma expressão séria no rosto.

— O que?! Sirius. Eu não tenho tempo para seus flertes idiotas eu...

— Não estou brincando Remus. Se quer as informações e a localização da base, me beije e talvez eu te diga.

O loiro riu revirando os olhos, ele definitivamente não ia se render a isso, não iria se deixar levar por olhos de oceano, por uma boca que parecia tão estupidamente beijavel, e por um corpo tão fabulosamente delicado.

talvez ele já tenha se deixado levar.

— Vamos moons... Nos dois queremos isso desde o início não? Ou você acha que seus olhos não te denunciaram na primeira vez que nos vimos?

— Não me chame assim. Eu não gosto de você, eu nem siquer sei quem é você. Não seja idiota.

Remus diz isso mas suas pernas não deixam de se aproximar, ele diz isso enquanto seus olhos ficam vidrados no garoto a sua frente, diz isso enquanto todo seu corpo parece querer mais que tudo aqueles lábios.

E quando seus corpos estão quase se encostando ele escuta passos vindo em direção a cela e se afasta.

— Moony? Já são quase meia noite, seu expediente já acabou, pode continuar com isso amanhã.

Ele escuta James dizer preocupado.

— Vá. Bons sonhos Moons.

Sirius diz sarcástico e o loiro prefere não se estressar, apenas sai dali em silêncio. Ele estava exausto, amanhã ele tentaria o interrogatório novamente.

Era frustrante o fato dele ter quase se rendido ao papo sedutor de um bandido como aquele, ele precisa relembrar suas motivações e o real significado de seu trabalho. Um rosto bonitinho qualquer não iria desvia-lo disso.

— Conseguiu alguma coisa dele?

James pergunta curioso enquanto guardava suas papeladas em uma pasta, ambos se preparando para irem pra casa.

— Não, o merdinha não tá disposto a abrir a boca nem um pouco, se eu não conseguir amanhã vamos ter que ser mais brutos.

— Espero que não seja necessário.

Ele diz tenso, era claro o quanto James odiava a violência em interrogatórios, pra ele era cruel machucar tanto alguém dessa forma.

— Vamos logo, eu preciso muito de um banho quente.