Capítulo II

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Alohaaaaaaaaaaaaaa! 🐰🦦

Antes de mais nada, queria agradecer a todas as mensagens de apoio, carinho, inclusive as cobranças para atualizar, as mensagens de saudade e tudo mais. Esses meses pra mim foram intermináveis. Foi um tratamento extremamente longo e cansativo. Não foi fácil de nenhum jeito. Muitos problemas pessoais se acumularam nessa mesma época e posso dizer hoje, que faz menos de 2 semanas que estou saindo do fundo do poço. E menos de 3 dias que ganhei alta oficialmente do pulmão. Então, realmente, MUITO OBRIGADA! Por toda a paciência e por todas as mensagens de carinho.

Pink Empire está sendo escrita e sairá até final dessa semana, até porque vai ser um capítulo mega especial com uma colaboração de uma escritora que eu sei que vocês AMAM e eu não podia confiar em ninguém mais do que ela pra me ajudar nessa história que vocês tanto gostam. Façam suas apostas nos comentários! Quero ver quem vai acertar!

Créditos às montagens maravilhosas sempre à @/pluna__

Não esqueçam que qualquer aviso, qualquer coisa estou no twitter. @/spampinatolau.

Dito isso, espero que aproveitem o segundo capítulo. Curtam, comentem! 💥💥💥

Boa leitura! 💞💞

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15h45min - 24 de dezembro de 1941 - Ilha Rommouth (Sudeste Asiático)

A medicina, desde os primórdios, sempre teve muito prestígio e foram muitos milênios dessa forma que é normal ter sido tão banalizada a ponto de reduzir essa profissão a um status, uma posição privilegiada na sociedade, um salário generoso ou até mesmo só por ter um DR na frente. Entretanto, quantos de nós realmente paramos para pensar no que signifca ser médico? Era o que se passava justamente na cabeça de Rebecca Armstrong ao ver aquele corpo em sua frente agonizando e implorando por ela. No final, ela como médica detinha algo que talvez quase nenhuma outra profissão poderia ter: brincar de ser Deus. Ainda que sua fé esteja sendo posta à prova a todo momento quando pensa no horror daquele contexto em que está vivendo, ela podia ser Deus e podia decidir quem vive e quem morre. Ela, no fim, poderia decidir a morte daquela mulher em sua frente naquele exato instante.

Tic tac do relógio. 15h46min.

Enquanto Rebecca mantinha os olhos fixos no corpo ferido à sua frente, o bisturi em sua mão tremia ligeiramente. A voz do juramento de Hipócrates sussurrava em sua mente, lembrando-a de seu dever de preservar a vida, mas o rosto de cada soldado que havia morrido sob seus cuidados por causa das ordens dessa mesma general parecia gritar por justiça. O conflito interno a consumia; sua racionalidade médica lutava contra a tempestade emocional que rugia dentro dela. A ironia amarga de ter o poder de decidir sobre a vida e a morte, algo que sempre considerou uma responsabilidade sagrada, agora parecia uma maldição. A guerra havia distorcido o sentido de sua profissão, e ali, naquele momento crítico, Rebecca questionava se sua humanidade poderia resistir à tentação de ceder ao ódio e ao desejo de vingança, ou se seu compromisso com a vida prevaleceria.

Tic tac. Ploc.

Seus olhos ligeiramente arregalados ouviram quando mais uma gota da goteira do teto caía na poça que continha no canto daquela sala cirúrgica improvisada. O zumbido em seus ouvidos iam aumentando a medida que a britânica-japonesa sentia seu corpo enrijecendo pelo estado de paralisia e pânico que queria se apoderar dela. Enquanto o som dos gemidos de dor ecoava pelas paredes do hospital improvisado, Rebecca foi subitamente arrastada de volta às memórias das vidas que não conseguiu salvar. Em sua mente, rostos de soldados jovens, com olhos aterrorizados e corpos mutilados, passavam como sombras assombradas. Cada um deles uma lembrança dolorosa de sua impotência diante da crueldade da guerra. O peso dessas mortes parecia crescer a cada novo rosto que surgia em sua memória, como se cada perda tivesse arrancado um pedaço de sua própria alma. A imagem de um soldado, não mais que um garoto, segurando sua mão e pedindo por sua mãe antes de finalmente sucumbir aos ferimentos, estava gravada em sua mente. Essas lembranças a perseguiam, e agora, diante da mulher que havia causado tantas dessas mortes, Rebecca se perguntava se a morte de Sarocha traria algum alívio para sua dor.

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⏰ Última atualização: Aug 12 ⏰

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