"Donghyuck! Bem na hora certa" A voz doce de Minhye ecoou pelas paredes brancas de nossa casa.
E realmente havia, minha madrasta acabara de colocar uma tigela fumegante na mesa, o macarrão envolto completamente em um molho branco e cremoso tinha ainda algumas lasquinhas de toucinho por cima e capturara minha visão assim que atravessei a porta de casa. Não era a primeira vez de Minhye fazendo aquele prato, porém, nunca soube seu nome exato, mas isso não me impedia de agradecer aos céus pela existência dos italianos assim que a primeira garfada entrava em minha boca.Com o máximo de rapidez possível, sentei-me à mesa, após deixar meus tênis, blazer e mochila em um pequeno amontoado logo na entrada, um prato fundo de louça alva foi rapidamente preenchido por minha madrasta e entregue a mim, e após uma breve oração feita por meu pai o ambiente fora preenchido com baixos ruídos de mastigação.
Depois de alguns minutos o silêncio foi ocasionalmente interrompido pela voz grave de meu pai.
"Obrigada pela refeição querida, está uma delícia" Um sorriso é visível em sua face enquanto fala, sua mão esquerda deixa o garfo e procura o braço de sua esposa, acariciando-o assim que o encontra.
"Tá' mesmo" Afirmo em conjunto, fazendo um sinal positivo com o dedão.
"Hyuckie, esqueceu que estou treinando para superar seu pai?" Seu tom sai leve, seguido por uma risada.
Minhye sempre fora uma ótima cozinheira, mas ao casar-se com um chefe de cozinha sua ambição em melhorar suas habilidades culinárias aumentou bastante, por isso começamos a brincar com a possibilidade de uma pequena disputa entre os ambos, competindo eternamente para ver quem cozinhava melhor, admito até que muitas das vezes eu fomentava um pouco a competição, principalmente porque quem comia os frutos de sua competição era eu.
"Posso dizer que já está me alcançando mesmo, querida" A resposta sai no mesmo tom anterior, uma risada soprada é audível.
"Hyuckie, se tivesse ido ao mercado comigo fazer as compras aposto que teria ficado melhor ainda, bom o suficiente pra superar seu pai" Um biquinho brincalhão apareceu na face delicada de minha madrasta.
"Falando nisso, porque voltou mais tarde hoje?" Papai pergunta.
Eu não via problema nenhum em explicar toda a situação para o meu pai ali naquele momento, não é como se eu estivesse fazendo algo errado também, eram só aulas de reforço pra um riquinho aleatório, mas algo sobre deixar aquela situação um segredo parecia mais certo, mais divertido talvez.
"Bom... É... Eu ajudei... Isso, ajudei um amigo com matemática hoje" As palavras sairam emboladas junto de meu tom inseguro, não era um bom mentiroso.
"Jaemin?" Seus olhos se estreitaram enquanto abocanhava uma garfada de macarrão.
"Não... Um novato, vocês não conhecem" Esboço um sorriso amarelo.
"Minhye talvez conheça, qual o nome do menino?" Seu tom insistente criava um nervosismo inexplicável em mim, queria manter aquele segredo bobo para mim, apenas.
"Não importa muito pai, não é ninguém demais" Digo enquanto me levanto da mesa.
Antes de conseguir ser impedido por algum dos dois recolhi meu pequeno amontoado de coisas e subi pela escada de mármore, apesar de não vê-los conseguia sentir seus olhares em mim.
"Boa noite" Minha voz acompanha um sorriso.
Depois de um banho bem tomado, finalmente me jogo em minha cama, os travesseiros balançam junto com o movimento do colchão e consegui ouvir um barulho de algo caindo logo em seguida.
"Bosta" Olho para o chão, meu celular tinha caído.
Ao pegar ele rapidamente confirmo que, por sorte, nenhum estrago foi feito, minha mente solta um "ufa" enquanto um suspiro aliviado sai de meus lábios. Quase que imediatamente, porém, ele apita. Uma notificação.
Uma mensagem de Minhyung.
"aq vc deixou o seu caderno de matemática na minha casa, te entrego amanhã" A mensagem acompanhava uma foto do meu caderno vermelho em sua mesa.
O apito soa novamente.
"n sei não esse seu caderno é bem bonitinho, tava precisando de um" Mais uma mensagem dele.
"esquece oq eu te falei, é meu agora" E outra.
"fica aqui em casa qualquer dia q eu te pego pra mim tmb" Imediatamente ao ler senti como se tivessem despejado gasolina e acendido um fósforo em meu rosto, uma sensação de queimação insuportável, raiva, com certeza.
Me escondo debaixo de minha coberta enquanto minha bochechas esfriam de volta, eu sentia como se o canadense pudesse me ver, e aquilo não ajudava de forma alguma.
"NOJENTO 🤮" Mando depois de alguns minutos.
"bloqueando em 3...2...1..." Outra mensagem minha.
"vc não teria coragem" Sou retrucado.
"eu infelizmente não posso, oq é bem diferente, acredita em mim"
Sem dar espaço nenhum para a minha cabeça continuar remoendo aquela situação, desligo meu celular e apago as luzes de meu quarto, já eram onze e meia, fecho os olhos e espero o sono me alcançar.
O sono não me alcançou aquela noite, e não fiz nada, além de olhar pro teto e pensar em... Nada...
Talvez esse "nada" tivesse um nome.
☼
oii gente 😍 depois de 1270000 de anos finalmente voltei, pfv não me matem pq eu sei q esse capítulo ficou minúsculo, mas peço que vcs entendam o bloqueio criativo que eu fiquei por 3 meses KKKKKKK
mas é isso veyr! n esqueçam de comentar e votar pq se não vou puxar o pé de cada um de vcs à noite, até domingo q vem posto mais um capítulo, e bem maior doq esse juro, bjs!
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mr. trouble - markhyuck
Romanceonde donghyuck, o aluno modelo de todo o ensino médio é requisitado pelo diretor a conduzir sessões de estudo para melhorar as notas e consertar a reputação deplorável do novato encrenqueiro da sala.