17|Capítulo

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Point of view Freen Sarocha

Ela fica sem palavras apenas me observando por um tempo, parece que está tentando entender aos poucos as minhas palavras, me aproximo e ela nega com a cabeça.

_ Aquele ciúmes todo foi real ? - Pergunto, estreito meus olhos e ela olha para o lado. _ Becky. - Chamo sua atenção, e coloco uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. _ Foi real ? - Pergunto mais uma vez.

_ Eu só achei a moça da sorveteria muito atirada sabe. - Becky gagueja me fazendo sorri.

_ A próxima jogada é sua Armstrong. - Digo em um sussurro.

_ Eu acho que vou tomar um banho. - Becky diz e corre para o banheiro. Linda, eu não gosto de sentimentos eles nos confundem, as vezes nos deixam cegas e isso me irrita, amar dói e eu odeio sentir dor.

Assim que a Becky vai para o banheiro eu saio do seu quarto e vou para o meu, fecho a porta e me jogo na cama. A vida, ela é uma coisa muito louca né, eu quero a Becky por perto, mas as vezes quero ela longe por que, eu sei que a qualquer hora eu vou fazer ela sofrer, eu vou machuca-lá mas quando ela está do meu lado parece que o mundo para. Parece que ela me faz ficar mais forte, me faz ver o mundo de outra maneira só que existe um problema, esse mundo que aparece quando ela está comigo me dá medo. Um medo diferente, eu não sei explicar é tudo muito confuso ainda.

_...:EU NÃO QUERO NADA QUE VENHA DELE RAFAEL NADA. - Eu escuto a voz da minha mãe, que merda está acontecendo.

_ Sua mãe está aí. - Becky fala ao abrir a porta. _ Parece que ela é seu pai brigaram. - Becky explica, eu me levanto e saio do quarto junto com ela.

  Assim que desço as escadas vejo minha mãe tacando seu celular na parede, droga ela descobriu. A alguns messes atrás eu peguei meu pai falando com uma mulher pelo celular, ele chamava ela de "amor" e eu sabia que não era com a minha mãe, por que assim que ele me viu me fez jurar que eu não ia contar nada para ela. No dia seguinte eu e ele fomos a praia, sentamos na areia e começamos a conversar o mesmo jurou que iria largar a amante por que amava minha mãe, mas nem tudo que a gente fala é verdade.

_ Mãe. - Eu chamo ela, e a mais corre para os meus braços. _ Becky pega água para ela por favor. - Peço e ela assenti.

_ Ele tem uma amante Freen, uma amante. - Ela diz, sai do abraço e senta no sofá. _ Esse tempo todo ele me fazia de trouxa, reuniões até tarde imprevistos no trabalho. - Minha mãe diz e sorri com ironia. _ E eu, a mulher com chifres que colocava seu pai lá em cima. - Minha mãe diz e eu me sento do seu lado. _ A Ploy cadê? - Ela me olha e enxuga as lágrimas.

_ Na casa da Mayara, como você descobriu? - Pergunto respiro fundo.

_ Ligações estranhas, mensagens que eu não poderia ver, nervosismo quando o celular dele tocava do meu lado. - Minha mãe diz e começa a explicar com a voz trêmula. _ Até que de noite quando ele dormiu primeiro do que eu, eu peguei o celular do seu pai e comecei a olhar mensagens normais e também do whatsapp. - Minha mãe diz, faz uma pausa e suspira. _ O celular dele tocou na minha mão eu saí do quarto e atendi, eu apenas ouvi ela falando "Amor é você" Depois eu contei tudo para ele o mesmo negou. - Minha mãe diz e nega com a cabeça. _ O nome da vagabunda é...

_ Aqui a água. - Becky diz, entrega e a minha mãe pega. _ Vou para o quarto, qualquer coisa é só chama. - Becky avisa e sai.

_ Yuna.- Digo e no momento em que eu menciono o nome da amante do meu pai, minha mãe para de tomar água e me olhou.

_ v-você sabia. - Minha mãe diz e se levanta. _ VOCÊ SABIA E NÃO ME DISSE NADA. - Ela grita e eu me assusto. _ SAROCHA, VOCÊ ME FEZ DE TROUXA TAMBÉM, VOCÊ É IGUAL O SEU PAI. - Minha mãe diz,  coloca o copo na mesinha de centro da sala e sobe as escadas chorando."Você é igual o seu pai" Isso fica rodeando em minha mente "igual o seu pai" "Você é igual o seu pai" eu nunca gostei que me comparassem ao meu pai, nunca.

_ Você não é igual ao seu pai. - Becky fala me despertando dos meu pensamentos. _ Ela só disse isso, por que está nervosa. - Becky diz e se senta do meu lado.

_ Eu odeio ter que ficar dividida, odeio ter que escolher um lado. - Digo e escondo meu rosto com as mãos.

_ Freen... - Becky para de falar ao ouvir seu celular tocar. _ Desculpa, tenho que atender. - A morena fala e eu vejo ela ficar nervosa. Ela se levanta e caminha até a cozinha, não dá para escutar muita coisa porque ela fala baixo, mas eu ouço "eu fui aceita" e "No próximo mês". Ela fala mais um pouco, volta para sala e se senta do meu lado e não diz nada.

_ Tudo bem? - Eu pergunto.

_ Sim - A morena diz e sorri.

Point of view Rebecca Armstrong

Os dias passam voando, Freen e eu nos afastamos um pouco, agora é só oi, boa noite, bom dia e nada mais. Parece que o jogo acabou, ela anda chegando bêbada e drogada com muita frequência, as vezes com garotas ao seu lado e sempre fala que o pai é um canalha idiota. Quem cuida quando ela chega assim, as vezes eu ou a mãe dela, nesse momento estamos jantando em um silêncio total.

_ Amanhã vocês arrumem as coisas, eu  arrumei uma casa nova. Não quero estar aqui quando o pai de vocês voltarem. - A mais velha avisa a suas duas filhas, que estão sentadas em sua frente.

_ Papai não vai com a gente? - Ploy pergunta com a voz triste.

_ Não Ploy, ele vai ficar uns dias longe da gente, mas sempre vai ir visitar você. - Freen explica.

_ Becky gostaria que fosse com a gente. - Katherine diz me pegando de surpresa. _  A Ploy ama você, quero que seja a babá dela permanente, até ela completar 10 anos o que você acha? - Katherine me encara e Freen faz o mesmo.

_ Eu não posso aceitar senhorita Katherine. - Digo e solto um suspiro.

Uma Babá para Minha irmã - Freenbecky Onde histórias criam vida. Descubra agora