Prince & Cigarrets | SeungIn

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Ele tinha os cabelos escuros, uma postura elegante e um hábito terrível.

Levava o cigarro até os lábios, puxava e soltava a nuvem no ar. O cheiro de tabaco já estava impregnado e eu quase não suportava mais.

Um príncipe sem ética, na minha opinião. Que outro reino permite cinzeiros espalhados por todos os cômodos?

Seu quarto é o pior lugar para se faxinar. Disse a ele, umas mil vezes, que nunca mais pisaria em seus aposentos.

Já tentou se livrar de paredes amareladas? Só pintando! E as cortinas avermelhadas que tinham pequenos furinhos de queimadura? Ainda desconfio que Seungmin seja um cupim disfarçado.

Só teve uma vez que Vossa Alteza fora vista sem a droga nos dedos.

Foi semana passada e eu quase senti meu coração pular para fora. Lá estavam os, longos e magros, dedos vazios penteando os fios negros. Ele me olhou de um jeito muito estranho.

Esperei por alguma ordem, mas nada fora dito. Esperei que liberasse seu quarto para eu, então, varrer as fuligens que cobriam o chão de mármore escuro. Mas o Príncipe continuou alí, me encarando torto, sentado em sua cadeira ornada com pedras escuras.

- E então?

- Então o quê, Vossa Alteza? - perguntei ansioso. Minha mão suada agarrada ao cabo de mandeira da vassoura.

- Trabalhe, oras. Não fique parado. Faça algo.