sete.

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O mar estava calmo. A maré cobria os pés de Satoru com sua espuma.

Seu olhar alegre captaram alguém familiar perto, estava de costas para si. O albino corria até a silhueta, afundando a areia com seus pés e respigando a água salgada.

Percebendo a agitação do albino, a pessoa virou em sua direção, acenando. Satoru paralisou.

— Satoru! Venha aqui! — A voz calma de seu amigo soou não muito longe.

Por que era tão familiar mas não conseguia identificar?

Gojo estava de frente com o tal familiar. Seu par.

— Satoru... — A voz reconfortante soou baixa, ronronando. — Você é tão lindo...

A face borrada incomodava demais o albino. Sua sombra era familiar e apesar da sua voz estar contorcida, lembrava alguém. Talvez alguma celebridade?

A frieza do toque de seu amado em seu rosto lhe causava arrepios e um formigamento na região, como um choque.

Em um susto, foi puxado pelo outro corpo, sendo guiado até o mar. Seu amado desaparecia a cada piscar de olhos e o coração de Satoru apertava.

— CADÊ VOCÊ?

Aos poucos, o albino despertava, tendo a visão de seus dois bichinhos de estimação adormecidos ao seu lado.

— Bom dia, filhotes... — Esticou todo o seu corpo na cama, ouvindo alguns ossos estalarem e seus bichinhos despertarem. — Papai tá louco.

Era domingo.

O que poderia fazer em um domingo? Estava sem dinheiro.

O rapaz alto caminhava pela própria sala, notando uma certa bagunça no local, com certos lugares empoeirados.

— Há quantos séculos eu não faço uma faxina?

Após tomar o seu café tradicional, criou coragem para começar a limpar a casa. Começou por varrer todos os cômodos, seguido de uma limpeza pesada no piso de madeira, aromatizando todo o local.

Usando luvas, limpou as prateleiras, retirando qualquer vestígio de poeira, aproveitando para jogar embalagens de comidas fora. Tudo Satoru colocava música, enquanto quem estivesse passando do lado de fora, com certeza iria ouvir.

Horas se passaram e sua casa já estava consideravelmente limpa. Secou o suor em sua testa com o próprio avental que usava, jogando fora as luvas sujas e dando um nó da sacola de lixo.

Para chegar até a caçamba de lixo, era necessário descer até o térreo do prédio, o que fez Satoru amolecer por um instante, mas não iria desistir.

Abriu a porta e deu de cara com o sol agredindo seus olhos. Com a não em frente ao rosto, caminhou pelo corredor e desceu as escadas devagar até chegar no térreo.

A cada passo que dava, o odor da nicotina invadia suas narinas, fazendo este prender a respiração. Odiava cigarro.

— Quem é o filho da pu-

Seus pés travaram ao notar Suguru encostado no muro curto, com uma mão em seu bolso e o outro braço para baixo, segurando um cigarro entre os dedos. O olhar subiu até a face alheia, notando este expulsar a fumaça antes de retribuir seu olhar.

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⏰ Última atualização: Apr 03 ⏰

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once upon a dream. | satosugu.Onde histórias criam vida. Descubra agora