Third chapter - I was never there

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I was never there - The Weeknd

"Não importará, baby
Você não sabe?
Você não sabe?
Ooh, não."

Miami, FlóridaFevereiro de 2023

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Miami, Flórida
Fevereiro de 2023.

Se eu abro a minha mente, o demônio insiste em me atormentar. Se eu me fecho, o mundo insiste em dizer que foi minha culpa.

Se você me queria morta, deveria apenas ter dito.

Um grito preso na garganta, um que eu nunca poderia gritar, já que com suas mãos eu fui calada. O demônio não é você, mas e se for?

Fui agarrada pelas costas. As mãos eram de Charlie, que me sustentava até o último giro de uma pirueta. O ruivo praticava a sua sequência de passos enquanto me segurava com as mãos.

A música se conectou com o meu corpo, me consumindo totalmente, como uma droga.

Harley..Cuidado.. — Charlie murmurou baixo. O ruivo não emitiu nenhuma expressão, tomou todo cuidado para que a professora não percebesse.

Será que o bicho papão debaixo da minha cama teria tido mais piedade que você? .

Harley.. — Charlie murmurou uma última vez.

Minha atenção estava em outro lugar, e com certeza não era em meus passos. Talvez estivesse no barulho da arma desde a última e primeira vez que escutei uma.

Suas mãos fortes ainda segurava meus quadris. Para o ar, fingi andar ou uma espécie de correr. Meus braços estavam leves e somente minhas pernas se mexiam em uma velocidade maior.

Charlie me colocou no chão e assim pudemos continuar.

Ele me virou e logo me trouxe para perto de seu peitoral. Depressa, continuamos os passos repentinos de jazz. A música era rápida , o que tornava a coreografia mais cansativa.

— Estique as pontas, Harley! — Sra.Le’Blanc batia palmas para que eu ficasse atenta.

Eu poderia agredi-la, mas em troca disso, iria para a detenção ou até expulsão da universidade, no entanto, prefiro ficar.

Aos finais ou menos de ano, apresentamos espetáculos, e desta vez, a professora resolveu homenagear Amy Winehouse. Bom, os espetáculos sempre são muito além de apenas uma apresentação. Que coisa ridícula, que tipo de homenagem é essa? De tantas, ela resolveu escolher de uma forma escrita e desrespeitosa. Colocar uma de suas músicas mais famosas e dançar simbolizando seu relacionamento abusivo.

Pelo menos, Le’blanc escolheu a pessoa certa.

Até que a música parasse, a maioria dos alunos olhavam com atenção. Por fim, quando a música para, todos aplaudem, menos a professora.

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