Aos 14 anos de idade, Harley Martinelli nunca imaginou que uma coisa tão trágica aconteceria com ela, uma perda gigante, acredita-se que uma parte dela se foi naquele dia.
Mesmo com o coração doendo e os olhos inchados, prometeu a si que aguentaria...
"Você sabe que o nosso amor seria trágico, Então você nem dá atenção, atenção, atenção, Nós vivemos sem mentiras, Você é meu tipo de noite preferida."
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Miami, Flórida. Fevereiro de 2023.
— Naomi!!! — Gritei pelo nome dela já raivosa pela sua demora.
— Eu sei, eu sei... — A voz sonolenta e cansativa, viajando nos próprios sonhos e pesadelos, talvez nem esteja escutando o que eu tinha pra dizer.
— Será que dá pra você acordar?!? — Questionei.
O silêncio permaneceu e eu fiquei sem resposta, revirei os olhos agarrando uma almofada.
— Na-o-mi
A chamei jogando o travesseiro em sua direção.
— O que é?!? — Bufou.
— Escuta, caralho! —
— Fala, Martinelli! — Se sentou na cama me encarando com uma cara feia de semblante estressado.
— Escutou mais ou menos o que eu disse?! — Um sorriso largo surgiu em meu rosto — O espetáculo não é final de ano!! É em junho ou julho!! Entendeu!? É incrível..
— Você é boa dançarina, vai arrasar tenho certeza .. — Respondeu fazendo um joinha com a mão.
— Tá de sacanagem?! Você sabe que eu não ensaiei direito, tenho problemas com ansiedade e..
— Na verdade, a palavra certa é: Ser problemática — Fez uma faixa invisível acima da cabeça para destacar a piadinha.
A garota jogou novamente as costas na cama se escondendo no meio da coberta enorme de cor escura.
— Se você dormir denovo, eu vou aí e te dou um tapa! —
— Não estou dormindo, só descansando os olhos.. —
Revirei os olhos e agarrei a toalha destrancando a porta do banheiro, me despi pondo as roupas junto a toalha, passei o sabonete pelo corpo me ensaboando e ignorando o estado desagradável que meu cabelo estava.
— Ah não. —
Terminei o banho o mais rápido que pude, os quinze minutos contados no relógio enquanto a rapidez falava mais forte.
Agarrei a mochila e destranquei a porta na típica velocidade. Me arrisquei a dizer que Naomi ainda não tinha levantado da própria cama e puff, eu tava certa.
— Naomi, eu vou te estraçalhar, garota. — Sussurrei pra mim mesma.
— Eu já disse — bati em suas costas — Pra você levantar — bati outra vez — E encarar aquela faculdade de merda — outra vez — Você mesma — outra — escolheu moda! - sustentei a mão - Agora levanta, vadia. - bati pela última vez.
