Explosão de Girassóis

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Eijirou estava se sentindo enjoado

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Eijirou estava se sentindo enjoado. 

Ouvir tudo aquilo, ver como aqueles caras se comportavam quando Camie era o tema principal, tudo o que ela fez e como ela os arruinou enojava Kirishima e o fazia pensar o quanto pessoas ruins existiam, mas suas obras eram sempre ofuscadas. 

Ver Bakugou sair do quarto daquele jeito o deixou bem mais do que preocupado. Pelo pouco que já tinha visto, Katsuki não era tão bom em controlar as próprias emoções, se tornando deveras imprevisível. Você não sabe se ele vai acender um cigarro, agredir alguém, quebrar todo o hospital ou sei lá mais o que. Por isso que seguí-lo foi sua escolha naquele momento.

Saiu afoito para o corredor, olhando para os lados e vendo Katsuki cruzando-os com passos largos e acelerados, dando para escutar seus soluços e fungadas. Rapidamente o seguiu, vendo-o tentando secar seu rosto com brusquidão e se mostrando notoriamente irritado ao ver que falhou. Optou por não tocá-lo, deixando-o consciente de sua presença por sua voz.

— Katsuki! Ei! — O chamou, mas não foi atendido. — Vamos lá, me diga o que aconteceu…

O loiro deu um grito e se virou agressivamente para Eijirou, que ao pensar que seria alvo de sua fúria, ergueu as mãos para que pudesse se defender. Contudo, o que recebeu foi Bakugou em prantos agarrando-o pelos ombros, os olhos vermelhos e confusos, desesperados e aflitos. Ele ofegava. 

— Isso é loucura, tudo isso é loucura! — As palavras saiam atropeladas; seus pensamentos estavam muito rápidos, era nítido que ele tentava acompanhar. 

Eijirou até ia questionar o que exatamente era loucura, mas foi aturdido por uma explosão de gargalhadas e gritos histéricos. Até se preocupou com os outros pacientes e enfermeiros, olhando ao redor enquanto tentava segurar Katsuki, que tinha as pernas bambas e ameaçava cair no chão. Aquele tipo de surto era muito anormal, Kirishima nunca havia visto nada daquilo, e definitivamente não sabia o que fazer. 

Estava tão desesperado quanto ele.

— Bakugou! 

— Ela venceu, Kirishima! — Ainda falando embolado, Bakugou perdia-se nas próprias lamúrias. Era muito difícil para ele processar toda a situação. — Ela sempre vence! Ela sempre consegue tudo o que quer!

— Katsuki, isso não é verdade, você…

— Claro que é! — O interrompeu aos prantos, tentando se soltar, mas sem sucesso. Eijirou sabia que se o soltasse ele provavelmente cairia no chão. — É como o Yoarashi disse: ela nunca vai me deixar em paz. Não vê? Eu já perdi essa merda desse jogo! Eu não vou conseguir provar a minha inocência, não vou conseguir recuperar tudo o que perdi, e não vou conseguir ver a Yumi novamente! Nunca mais. 

Mesmo sempre sendo o cara otimista que sabia como ajudar as pessoas, dessa vez, Kirishima se perguntava se era mesmo o herói dos seus amigos; se ele era mesmo aquele que sempre sabia o que fazer, porque agora, ele estava vendo o cara que achou curiosamente interessante se despedaçando em suas mãos e não sabia o que fazer a respeito. Era uma situação muito complexa, e mesmo que estivesse botando todos os seus neurônios para pensar, parecia falhar em todas as vezes. 

Por Cinco MinutosOnde histórias criam vida. Descubra agora