Die For You [ITAFUSHI]

extra: December 22th (2)

Megumi e Itadori acordaram com uma batida violenta na porta. Megumi teve um dêja-vú de quando acordou assustado na madrugada de seu aniversário. Contudo, já era de manhã, não era mais seu aniversário, e tinha alguém batendo em sua porta.

— Filho?

Era seu pai.

Megumi entrou em pânico. Puro espanto, choque. Seu estado não iria agradar seu pai, nem um pouco. Olhou para si mesmo: ele e Itadori estavam apenas de cueca, ambos abraçados na cama. Suas roupas estavam jogadas pelo chão e seu pescoço e corpo estavam infestados de marcas roxas e vermelhas.

Não era muito difícil deduzir o que acontecera naquele quarto.

Yuji lhe encarou, completamente apavorado. Megumi apenas acenou com a cabeça, e ambos levantaram-se para procurar seus pijamas espalhados pelo chão.

— O-Oi, pai! — Respondeu Megumi ao chamado do pai.

— Não sei o que vocês dois estão aprontando aí, mas tem dois panacas na porta aqui chamando por você, filho. Depois venha ver o que eles querem. — Disse Toji, com sua típica voz grossa. — Aproveitem e coloquem uma roupa.

— PAI! — Gritou Megumi, morrendo de vergonha.

Se seu pai tiver escutado qualquer um dos sons vergonhosos que fizera na noite anterior, Megumi mudaria o CPF, rasparia a cabeça e ia embora do país para sempre, para nunca mais encarar a cara do pai, dado o tamanho da humilhação.

Mudando de pensamento, logo a atenção de Megumi voltou-se para a fala de seu pai. Tinha dois "panacas" na porta lhe esperando? Não fazia ideia de quem poderiam ser, então se vestiu rápido para descobrir quem seriam os tais panacas.

Itadori lhe estendeu sua camiseta jogada no chão e, juntos, arrumaram-se rapidamente. Megumi colocou uma roupa decente, uma camiseta e uma bermuda, e emprestou uma roupa sua parecida para o outro. Depois de pentearem o cabelo e dar um jeito de esconder as marcas, ambos saíram do quarto.

— Você tem alguma ideia de quem sejam? — Perguntou Itadori. — Pelo jeito que deu pai descreveu, ele deve ser melhor amigo deles. — Yuuji estava sendo claramente irônico, então Megumi apenas ignorou.

— Não faço ideia, mas vamos ver.

Ambos percorreram o corredor e, em poucos segundos, estavam na sala. Quando adentraram ao cômodo e finalmente viram quem estavam na porta, o espanto fora grande.

A visão deles foi preenchida pela figura de dois rapazes. Um moreno alto, com uma franja engraçada, acompanhado de um rapaz de cabelos pálidos e óculos escuros. Ambos, quando viram os meninos, abriram um sorriso iluminado.

— Geto-senpai! — Megumi praticamente correu até a porta, deixando um Yuuji plantado em seu lugar, sem entender muita coisa.

— Parabéns, Fushiguro! — congratulou Geto, puxando Megumi para um abraço apertado. O moreno aceitou de bom grado. — É tão bom te ver. Fazia tempo que a gente não te via!

— Parabéns, Moleque! — Sorriu Satoru, sendo o próximo a ser abraçado. — Tá mesmo um rapaz!

Megumi sentiu o rosto coçando para abrir um sorriso imenso, mas se conteve. Não queria dar essa satisfação ao seu padrinho chato.

— Deve ser porque eu sou um rapaz, né, Gojo-sensei.

— Shiu!

Geto e Gojo eram considerados tios por Megumi, os quais, posteriormente, viraram seus padrinhos. Ambos viram Fushiguro ir de uma criancinha catarrenta até o rapaz que era hoje, e compartilhavam uma relação de amizade meio esquisita com seu pai, mas todo mundo se entendia então Megumi nem dava tanta importância.