capítulo 02 - Crise

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Mary....

Desço no andar do consultório, olho em volta, já que faz um bom tempo em que eu não vinha consultar-me, prendo a respiração e vou em direção a recepção, lá está Mag

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Desço no andar do consultório, olho em volta, já que faz um bom tempo em que eu não vinha consultar-me, prendo a respiração e vou em direção a recepção, lá está Mag. Ela é uma boa mulher, sempre acompanhou o meu estado junto à Doutora Alice.

Mary: Bom dia Mag.- Digo a sorrir.

Mag: Bom dia Mary, fico feliz que tenha vindo. — Ela diz com sorriso simpático. — Mag: Espere um pouco, a Doutora já irá atender-te. — Faço que sim com a cabeça, me sento. Pego o meu fone, coloco uma música para relaxar, já que estou um pouco nervosa, concentro-me num ponto específico, foco na música que toca. (—As it was). — Amo essa música, é tão relaxante, sorrio na hora do refrão e por um momento os meus olhos se desviam para a porta da doutora, e isso bem na hora que alguém sai da sala, com uma certa curiosidade Olho para o rosto da pessoa, e... Ouu, que lindo. Um homem maravilhosamente lindo sai a passos longos da sala da doutora, num determinado momento os seus olhos ficam em mim, assim como os meus estão nele, o meu corpo paralisa a minha mente buga, é como se os seus lindos olhos num tom azul perfeito hipnotizassem-me.

Mag: Mary… Mary? — Sinto alguém tocar em mim, me fazendo parar de Olhar para o homem bonito.

Mary: Ah! É.. É oi?— Digo a olhando, o meu rosto deveria está mais vermelho que tomate.

Olho para o elevador e o homem já está lá dentro, as portas começam a se fechar, mas antes ele olha para mim e dá uma piscadinha, sinto o meu rosto esquentar e então recordo-me que Mag está a chamar-me. A olho e vejo que a mesma também está a olhar para o elevador

Mag: A doutora está te esperando.- Ela diz voltando o seu olhar diretamente para mim. levanto-me a agradecendo e entro na sala da Doutora, e confesso que ainda sinto o meu rosto quente, e a minha mente vagueia para a lembrança daquele lindo homem.

Alice: Bom dia Mary, fico feliz que tenha vindo. Sente-se. — Ela diz apontado para poltrona na sua frente. — Acabo por voltar à realidade e me sento onde ela me pediu.

Alice: Podemos começar?- Faço que sim com a cabeça. — Alice: Você ficou um bom tempo sem vir para a consulta, então como foi esse período? — Respiro fundo pronta para responder e digo:

Mary: Digamos que eu descansei bastante. —Ela me analisa, o que me faz ficar bem nervosa.

Alice: Bom… Mary, o seu pai entrou em contato comigo e ele me contou o que ouve com você está noite. — Rio sem humor a interrompendo. — Alice: Como foi o sonho? — Ela continua.

Mary: Digamos que não foi um dos melhores.

Alice: Porquê? O que teve no sonho que lhe abalou? — Olho para as minhas mãos e digo:

Mary: Tudo, afinal, presenciar e ter pesadelos todas as noites com a garganta da minha mãe aberta não é uma das melhores coisas.-

Alice: Eu te entendo Mary, não é uma das melhores experiências, mas para isso estou aqui para lhe ajudar a superar esse trauma. — Dou uma pequena risada sarcástica e digo:

Mary: Sério? Engraçado, então, porque eu continuo não conseguindo dormir doutora? diga-me. — Ela se espanta com o meu modo de falar.

Alice: Calma Mary, faz parte do processo ou não deve estar...- Mary: Não deve estar o quê? Tomando os remédios corretamente?- Alice: Sim, é isso que eu estou querendo dizer. — Me levanto impaciente e digo:

Mary: Olha doutora, já estou cansada de tudo isso, é sempre a mesma coisa. Diz que faz parte e blá blá, mas já fazem 5 anos e eu ainda não tive nem um avanço, e eu tomo remédio no horário certo, o que está acontecendo é que essa merda de remédios não funcionam.

Alice: Sei que está nervosa por ter tido uma noite ruim.

Mary: Uma noite?- Dou risada. — se fosse apenas uma noite estava bom, fazem cinco anos que eu não tenho dias bons, mas todos só sabem fazer pergunta, só sabem ficar no meu pé, me encurralar, isso me sufoca, me irrita. — Digo a fazer gestão com as mãos. Ela levanta-se e se aproxima de mim, eu faço um gesto com a mão a fazendo Parar.

Mary: Não.— Fecho os olhos e respiro fundo.— Mary: Não se aproxima eu… eu... É melhor eu ir. — Ela dá um passo para frente e segura a minha mão, puxo a minha mão com força.

Alice: É melhor ficar, você está muito nervosa, não é bom você sair assim. — A minha cabeça estava um misto de confusão e a única coisa que eu queria naquele momento é ficar sozinha, saio da sala, ouço a doutora e a Mag me chamar, e para que elas não me Alcancem eu começo a correr, e descido ir pela escadaria, desço rápido, enquanto a minha cabeça me leva ao dia do acidente, lágrimas descem pelo meu rosto, num determinado momento eu paro, pois, não tinha mais força então eu sento num canto da escada, trago o meu joelho para perto do meu peito abaixo a cabeça e choro tudo que eu queria e tinha vontade de chorar.

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