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Isso deveria ser fácil, certo? Fingir estar apaixonada por meu melhor amigo, apenas para satisfazer a constante insistência de nossas famílias para que ficássemos juntos. Afinal de contas, nós nos conhecemos por dentro e por fora, cada peculiaridade, cada defeito.
Poderíamos facilmente assumir o papel de um casal sem perder o ritmo.
Mas ao compartilharmos olhares de conhecimento e rirmos das piadas um do outro, percebo que nossa amizade sempre foi a base de algo mais profundo. É como se o amor já estivesse lá, fervendo silenciosamente sob a superfície, esperando o momento perfeito para se revelar...
"Olá, posso pedir um macchiato de caramelo com leite, meio descafeinado, sem gordura, extra-quente e com três doses de xarope de baunilha, por favor?" Y/N perguntou, sacando a carteira para pegar algum dinheiro.
"Nome?" O homem atrás do balcão perguntou.
"Y/N/L." Ela respondeu, entregando-lhe o dinheiro.
Ele balançou a cabeça para ela antes de acenar com a cabeça atrás dela. "Não precisa, aparentemente o cavalheiro ali irá pagar sua bebida."
Ela seguiu a linha de... acenos de cabeça e viu o cavalheiro que pagou por sua bebida. O homem era alto e tinha o cabelo cortado em formato de mullet. E encaracolado. Ele não estava olhando para ela, mas a maneira como estava sorrindo e fingindo folhear uma revista confirmou que foi ele quem pagou a bebida.
"Oi, eu sou o Jack". Ele disse, estendendo a mão para que ela a apertasse, enquanto ela ficava no balcão esperando a bebida.
Y/N ignorou sua mão e começou a enviar mensagens de texto em seu celular. Ela respondeu sem olhar para ele. "Jack? Isso é meio chato, você não acha?"
Jack sorriu, sentindo uma onda de confiança com o comentário dela. "Na verdade, é o diminutivo de Jackman", ele a corrigiu com um tom brincalhão.
"Jackman? Agora isso é mais interessante", respondeu Y/N, com um toque de diversão em sua voz.
"Então, Y/N... você gostaria de jantar comigo hoje à noite?" Jack disse, com o sotaque de Kentucky aparecendo com força total.
