~ CAPÍTULO 2 ~
- A cauda -
Dogday acordou, o que era extremamente estranho, ele não se lembrava de ter sentido sono, apenas apagado.
O cão se sentou no chão tentou relembrar o que aconteceu no dia anterior, ele se lembrava dos humanos, e da daquela bola de pêlos, isso o fez rapidamente olhar para frente, porém já não havia ninguém lá mais.
Rapidamente Dogday se levantou e passou a olhar em volta, procurando talvez por aquele Smiling Critters, o cão olhava em todos os cantos possíveis, qualquer pedra ou arbusto poderia ser um esconderijo.
De repente, um desses arbustos se mexeu, Dogday percebeu, então fingiu estar indo embora apenas para ver o que acontecia. O cão se escondeu atrás de uma rocha e ficou a observar, alguns minutos se passaram e foi quando ele viu uma enorme cauda surgir de trás do arbusto.
Ela era longa e de um tom roxo, Dogday pensou que seria fácil conseguir ganhar em um jogo de pega-pega ou cobra-cega, e logo após alguém se levantou, neste momento o cão se abaixou mais ainda vendo aquele Smiling Critters.
Ele era diferente dos outros, algo nele parecia errado? Confuso? Estranho? Ele não sabia explicar, seu corpo era pequeno completamente em tons roxos, tirando suas mãos e seus pés que já eram uma tonalidade mais escuro.
As orelhas pontudas indicavam ser um felino, Dogday se lembrou do ronronar em seu sonho, então seria ele? Um gato.
Dogday se perguntou quem seria a criança que deu origem a aquele gato roxo, o mesmo quando humano conheceu inúmeras crianças, e se tornou amigo de todas, ou quase todas.
O cão sem muito o que fazer, saiu de trás daquela rocha e se aproximou calmamente, de primeira aquele gato roxo não havia percebido, mas assim que avistou Dogday, foi como se estivesse vendo um monstro em sua frente.
Ele se encolheu todo deixando seu rabo na defensiva, o cão rapidamente parou não querendo mais assustá-lo.
_ Não precisa ter medo, eu não vou te machucar _ Dogday disse dando apenas mais um passo antes de ser lançado para longe.
O mesmo se assustou, e foi quando viu que o que havia lhe jogado, não era nada menos que o rabo daquele próprio felino. Dogday admirou mais uma vez aquela cauda ao perceber na força que a mesma possuía.
_ Por favor, eu não quero te machucar, eu sei que você está passando por algo novo _ novamente Dogday se aproximou do felino, no qual parecia mais horrorizado que antes.
O cão como líder passaria por vários tipos de situações, mas essa realmente seria a mais difícil de todas.
_ Nós não vamos machucar você _ o cão disse pensando em levantar seu braço, porém aquela cauda estava atenta a qualquer reação.
_ Eu me chamo Dogday, e você? _ o felino olhou para o cão ainda com uma expressão horrorizada.
Dogday por um lado reconhecia aquele medo dele, ele foi o primeiro Smiling Critters a ser criado e colocado ali, diferente de muitos experimentos que perdiam suas lembranças de quando ainda eram humanos, Dogday lembrava-se de quem ele era, de seu nome, Gabriel.
O cão olhava o felino assustado que tentava ao máximo se esconder em um pedaço de sua própria cauda. Várias perguntas rondavam a cabeça do gato roxo, ele não sabia se deveria confiar, fora dali muitos o chamaram de monstro, ele viu coisas horríveis, presenciou coisas horríveis, seria tudo assim novamente.
Dogday viu o corpo do felino tremer e ficou assustado pensando que alguma coisa havia acontecido a ele, rapidamente atravessou aquela defesa sobre a cauda e chegou até o gato lhe segurando pelos ombros.
_ Ei! Ei! Você está me ouvindo? _
Aquilo acordou os sentidos do felino que por um ato de impulso fez suas garras aparecerem, o cão viu, mas antes que pudesse desviar aquelas unhas passaram contra sua pele bem perto do olho, o mesmo sentiu a ardência de ter sua pele cortada, mesmo sendo um experimento ainda era capaz de sentir dor.
_ Aí, isso doi muito, me desculpe _ Dogday disse.
Aquela frase despertou algo no felino, no qual escondeu suas garras e passou a olhar um pouco preocupado para o cão.
_ Me desculpe, eu não queria te assustar, eu só estava tentando ser legal, sabe boas vindas ao novo memb- _
Sua frase foi cortada quando sentiu algo ser colocado em seu olho, e só então conseguiu reparar melhor como aquelas mãos do felino eram pequenas, o cão era um pouco maior que ele e sabia pelo simples fato de que o gato roxo precisou ficar na ponta dos pés para alcançar seu olho.
As feições do felino estavam mais tranquilas onde dessa vez era possível ver as íris brancas, aquele felino tinha um pequeno beicinho formulado nos lábios, isso já era o bastante para Dogday imaginar que diferente de seus amigos, dos outros Smiling Critters, esse felino ainda possuía memórias de quando era uma criança, e sendo realmente sincero, ele ficava extremamente fofo fazendo aquela carinha.
_ Me desculpe _ um som baixo, quase inaudível saiu dos lábios daquele felino.
_ Tá tudo bem, eu entendo como se sente _ Dogday disse com um sorriso, mas logo veio a realidade para si.
_ Oh, você falou, acho que foi sua primeira palavra até agora _ o cão coçou uma de suas orelhas enquanto falava.
O gato roxo fez com que sua cauda fosse para trás de si, o cão observava aquela cena impressionado, percebendo que pelo tamanho a cauda tinha que fazer curvas para se manter totalmente atrás do felino.
Dogday sentiu seu próprio rabo balançar em animação, por outro lado o felino apenas olhou para trás de si vendo se tinha alguém lá para tamanha animação do cão.
_ Sua cauda é incrível _ Dogday disse ainda admirado.
O felino quando ouviu, entendeu do que se tratava a animação do cão, bem calmo ele moveu sua cauda até perto de Dogday. Observou o cão admirado e quase que imperceptível levantar sua mão para tocar, mas logo a baixo pensando não ser o certo, afinal felinos não gostavam muito que tocassem em seus rabos.
O gato roxo pensou um pouco e então rodou sua cauda na cintura de Dogday, do qual percebeu o quanto aquela pelagem roxa era macia e leve, se assemelhava a espumas de um travesseiro.
O cão antes que falasse algo sentiu seus pés deixarem o chão, quando olhou para baixo viu que o felino facilmente o tirava do chão apenas usando uma certa força em seu rabo.
_ Uou! _ o cão disse admirado assim que foi colocado novamente no chão, percebendo que a cauda do felino voltou para trás dele.
Dogday balançou seu rabo animado e dessa vez voltou a se aproximar um pouco mais do gato, pelo menos dessa vez ele não havia sido jogado contra o chão.
_ Sua cauda é incrível, mas eu ainda não sei o seu nome? _ Dogday perguntou, porém recebeu um silêncio em troca.
_ Você realmente não fala muito, o que acha de conhecer meus amigos _ o cão se animou, entretanto percebeu em como o felino levou as mãos a frente do corpo.
_ Não precisa ter medo, vamos brincar de tentar adivinhar seu nome, o que acha? _ Dogday ofereceu sua mão em direção ao felino, ele parecia pensar muito sobre se aceitava ou não aquele contato, o cão não iria desistir tão fácil assim, e não se importava de ficar com a mão o dia inteiro estendida para ele.
Depois de alguns minutos, o felino aceitou a mão de Dogday, enquanto sua outra ainda se mantinha em frente ao corpo. O cão sorriu tentando transmitir segurança para aquele pequeno Smiling Critters, de pouco a pouco eles seguiram em direção aos outros.
( Oi leitores, capitulo atualizado, gente eu não sei qual seria o nome real humano do Dogday, nem sei na verdade se ele já foi humano ou não, mas seguindo as tendências do jogo, talvez, enfim eu achei que o nome Gabriel combina bastante com ele, então decide que seria esse mesmo, desculpe qualquer erro ortográfico, boa leitura pessoal! )
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Dream or nightmare
أدب الهواةO mundo artificial não era o que eles desejavam conhecer, todos ali já foram crianças um dia, que infelizmente não puderam ver a luz verdadeira do sol. Dogday era uma dessas crianças, havia alguém capaz de o fazer ver o mundo fora daquela fábrica? u...