𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟒

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capítulo novo, espero que gostem!

votem e comentem, por favor! Isso ajuda muito!

Créditos da fanfic vão todos para @Pieterse e @mikwlson

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 Um mês havia se passado, desde que os vizinhos novos haviam se mudado para a casa vizinha e parecia que minha rotina mudava cada vez mais. Evitava sair para o jardim e encontrar Sirius, que parecia estar a todo momento do outro lado da cerca, jogando basquete, sem parar. Às vezes, outras vozes se juntavam à dele, talvez fossem amigos ou o seu irmão.

Após voltar do instituto , eu ia direto para o meu quarto, tentando, em vão, ler os livros em braile que me eram comprados, mas minha cabeça parecia estar sempre viajando para lugares distantes.

Constantemente, eu pensava em Grant e nos momentos que passávamos juntos. Pensava também no isolamento em que me meti, parecia me sufocar, mas quanto mais eu pensava sobre isso, mais eu me isolava.

Os pesadelos à noite, apareceram algumas vezes durante as semanas e muitas vezes, após acordar sentindo o mundo desabar sobre minha cabeça, eu chorava sozinho.

Eu não sabia o que tinha comigo. Apenas um encontro, com um desconhecido, tudo parecia ter vindo à tona novamente, de uma forma catastrófica. Minha mãe parecia preocupada todas as vezes que me dirigia à palavra, eu sorria, dizendo que estava tudo bem, mas não estava... Nada estava bem.

- Chegamos, querido... - meu pai disse. O carro foi parando devagar, dentro da garagem. - Skoop está aqui. - Ele anunciou após termos saído do carro.

Logo senti algo roçar em minha perna e sorri, passando a mão no cachorro que tentava pular em mim.

- Sentiu minha falta, não sentiu? - Perguntei me agachando. Ele lambeu uma das minhas mãos.

- Faz tempo que não saímos. Acho que eu andei te negligenciando.

Levantei-me, arrumando a alça da bolsa no ombro, indo em direção à porta que levava para dentro de casa, acompanhado por Skoop.

- Mãe! Sabe onde está a coleira do Skoop? - Perguntei entrando na sala.

- No hall de entrada - ela gritou do primeiro andar - Em cima, na parte direita do cabide.

- 10 passos - murmurei cruzando a sala - três degraus, três passos para a esquerda.

- Remus - ouvi passos descendo a escada.

- Fala..

- Os vizinhos virão jantar aqui essa noite.

Permaneci quieto. Não era um costume meu comer na frente de estranhos, principalmente se eram pessoas que eu vinha tentado evitar a algum tempo. Não seria agradável para mim e muito menos, para eles. Pensei por um tempo e percebi que não havia como constatar uma decisão já tomada.

- Ok. - concordei dando de ombros, segurando a corrente com força - Vamos Skoop, vamos passear garoto.

Andávamos lentamente ouvindo o barulho dos carros que passavam na rua e das crianças que brincavam em um parque próximo dali. Era agradável sentir o vento bater tão livremente em mim, nas árvores que balançavam suas folhas.

Os pássaros pareciam voar baixo, pois eu conseguia ouvir seus pios claramente e muito perto...Havia tantos sons, tantos cheiros... Puxei a coleira de Skoop que se sentou. Eu tinha dado exatamente 183 passos depois que sai de casa. Já deveria estar anoitecendo.

- Hora de voltar para casa, Skoop.

Se eu pudesse, permaneceria andando até terminar o jantar que teria aquela noite... Se eu pudesse, voltaria a enxergar...

Cheguei em casa minutos depois e fui direto tomar banho. A roupa que eu deveria usar já estava em cima da minha cama. Minha mãe sempre escolhia minhas roupas quando a ocasião pedia.

Passei a mão pelo tecido fino da camisa social, depois pela calça que também parecia ser social. O tecido era confortável, macio.

- Está pronto, querido? - minha mãe perguntou batendo na porta.

- Só mais um minuto.

Vesti a roupa e sequei os cabelos, indo à minha mesa para pegar a escova e escová-los.

Meus pertences em cima da minha mesa eram arrumados corretamente para toda manhã, para que eu soubesse onde encontrar onde encontrar o que eu queria, assim, não havia perda de tempo procurando algo que eu necessitasse.

Era assim, também, com minhas roupas, tênis, escova de dente e alguns objetos coletivos dentro de casa. Na mesa de jantar, eu sentava sempre no mesmo lugar e minha mãe trazia a comida em um prato, era organizado como um relógio. Nove horas era carne, doze horas batatas e assim por diante, era prático.

- Eles chegaram. - anunciou minha mãe pegando minhas mãos e me tirando do quarto.

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Demorei para postar hoje, desculpa gente!

Ansiosos para o jantar???

                                                    - xoxo, cah!













my brown eyes|| a wolfstar fanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora