𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟕

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Boa leitura, espero que gostem do capítulo!

Créditos da fanfic vão todos para @Pieterse e @mikwlson

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— Quero ser seus olhos. — Sirius disse baixo e sua voz soava muito séria

Aquela frase ficou pairando em meus ouvidos até começar a fazer algum sentido.

Comecei a me sentir quente por dentro. Como ele pôde propor tal coisa?

Senti a raiva subir sem controle pelo meu corpo. Levantei-me, rapidamente, ouvindo a cadeira cair para trás. A mesa ficou em silêncio.

— Acha que é engraçado ser cego, Sirius? Acha que é engraçado querer bancar meu cachorro guia? — perguntei colocando as mãos sobre a mesa e me inclinando em direção a ela. Eu respirava rápido. — Você é um completo idiota.

— Remus! — ouvi minha mãe me repreender, surpresa com minha repentina reação.

— Não chegue mais perto de mim! — exclamei começando a me afastar, quase tropeçando no degrau que levava para o pátio dos fundos.

No jardim, sentindo o vento bater no rosto eu tentei me acalmar para não chorar. Joguei os óculos longe, revoltado. Nunca imaginei que alguém pudesse brincar comigo desse jeito. Nunca pensei que... Como ele podia?

Que tipo de proposta ele achava que estava me fazendo? Ele não tinha ideia de como era ser cego. De ter que depender dos outros para fazer qualquer coisa. de ter que vestir roupas que nem sabia como eram. Não sabia como era conhecer alguém, sem saber qual era sua aparência, seu sorriso. De não poder mais ver a cor do céu quando está chovendo ou o sol se pondo. Ele não sabia nada disso! Era um imbecil!

Umedeci os lábios ouvindo o som do vento batendo nas flores ali e me trazer um cheiro suave e doce. Eu não sabia nem em que lugar do jardim eu estava naquele momento. Senti vontade de gritar.

— Remus... passos se aproximavam de mim. Era Sirius.

Como consegue? perguntei lentamente, controlando a raiva Como consegue ter a cara de pau de vir falar comigo depois do que fez?

Não era minha intenção te ofender... ele disse baixo, ainda se aproximando.

Você não tinha e não tem o direito, Sirius, de fazer isso comigo. Não me conhece. Não sabe o que eu passei para chegar ao que sou hoje. Não pode chegar querendo mudar meu mundo.

Eu só queria... ele estava logo atrás de mim e sua voz próxima me causou arrepio Não sei o que estava passando pela minha cabeça. Você parece tão triste... E não tem o porquê de se isolar só porque é cego! Eu queria ajudar...

Soltei um suspiro, balançando a cabeça lentamente.

Não quero e não preciso de sua ajuda...

Me de uma oportunidade, Remus. pediu ele postando-se a minha frente. Seu perfume flutuava em minha direção.

Ri ironicamente, baixando o rosto.

Seus olhos não perderam a cor... comentou Sirius, erguendo meu rosto pelo queixo. Esse gesto me deixou sem ação. Uma corrente de eletricidade percorreu meu corpo. Afastei-me.

— E o que vai fazer se eu aceitar sua proposta? Me dizer o que tem no jardim? Me levar para passear na esquina? Isso é um pouco patético, Sirius. — cruzei os braços no peito imaginando a quantos passos eu estaria da porta. Eu odiava ficar perdido.

— Se for o que você me pedir, eu faço... — pude perceber, pela entonação da voz, que ele sorria —  Mas não é isso que eu tenho em mente.

— E o que tem em mente? 

— Parques, talvez... Algum lugar divertido, onde você não fique sozinho e mal-humorado.

— Não entendo porque você acha que eu fico sozinho... — minha irritação ia diminuindo consideravelmente.

—  E não fica?

— Não. Eu frequento um instituto duas vezes por semana e também tenho aulas particulares... Estou sempre com Skoop ou minha mãe. Não me sinto sozinho...

— Sua agenda é lotada. — contatou Sirius. Percebi que ele andava para lá e para cá.

— Consideravelmente cheia. — corrigi e depois me repreendi, pois havia acabado de dizer, mesmo que indiretamente, que eu tinha tempo para fazer programas com ele.

Sirius riu, vendo que o clima estava ameno.

— Aceite, Remus. — pediu ele vindo novamente em minha direção — Saia apenas uma vez comigo, como amigos e se não gostar, não irei mais insistir.

— Você já está insistindo...

— Apenas uma vez... Só uma...

Mordi os lábios, indeciso. Eu sabia que Sirius tinha boas intenções, mas eu não estava acostumado a confiar ou depender de estranhos. Ele me causa sentimentos estranhos. Me deixava agitado e confuso.

— Ok. Apenas uma vez. — aceitei com um suspiro, incerto.

— Não vai se arrepender. — a mão dele pousou em meu rosto e seu cheiro se aproximou. Seus lábios pousaram em minha bochecha. Meu coração acelerou por um instante e novamente me arrepiei.

Ele se afastou, dando um passo para trás. 

— Não quero que faça isso de novo. — eu a repreendi, me virando e tentando adivinhar o caminho para voltar para casa.

— Por aqui. — Sirius pegou meu braço e me guiou até minha casa.

As vozes vinham da sala de estar. Já haviam terminado o jantar e deviam estar tomando café. Quando chegamos ao ambiente, a conversa parou.

— Desculpem-me... — murmurei com um pequeno sorriso — Não costumo fazer isso.

— Pode ficar calmo, Remus. Ninguém consegue aguentar o Sirius e as coisas idiotas que ele fala mesmo. — Regulus disse e, pelo tom de voz, Remus sabia que ele estava sorrindo e não conseguiu evitar sua própria risada baixa.

— Fica quieto, Regulus! — Sirius disse entredentes e eu senti seu corpo se virando para mim — Não se preocupe, eu já me desculpei com eles, Sirius. — ele apertou um pouco mais meu braço — Aqui tem um degrau.

— Eu sei.

— Talvez você esteja cansada, Remus, quer ir se deitar? — perguntou minha mãe se aproximando. Sua voz estava preocupada e baixa.

— Acho que sim. — murmurei, segurando sua mão — Boa noite, Sirius.

— Nos vemos amanhã, as 15 horas. — ouvi ele dizer isso, me fez parar e voltar para ela — Vamos sair, esqueceu?  

— Oh!... Claro. —  resmunguei contrafeito — Boa noite, senhor e senhora Black e me desculpem o mal entendido.

— Não se preocupe, querido! — exclamou a mãe de Sirius — Boa noite.

— Vamos mãe...

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Desculpem a demora, gente!!!

Juro, eu amo os wolfstar KAKAKAKKAKAKAKA

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⏰ Última atualização: Aug 07 ⏰

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