Você sabe o que se passa na cabeça de um homem maluco?
Ninguém nunca vai saber.
Sabe qual o problema da sociedade? Eles querem que todos sejam iguais.
Então algum dia você anda pela porra da cidade, e você vê todos exatamente iguais. Essa é sociedade de merda que convivemos todos os dias.
Se eu me considero louco? Não... Eu apenas saio do controle quando mexem comigo, ou quando se intrometem com coisas que são minhas.
Eu sempre fui assim, e não vou mudar.
5 meses atrás...
– Agora as coisas serão diferentes, a gente não tem mais o Lincoln. – Alerto eles.
– Mas, chefe. Então quer dizer que não podemos mais sair pra na rua? – Jeremy pergunta.
– Por enquanto, não. – O encaro sério.
Suspiros são presentes, todos estão com expressões preocupadas.
Eu infelizmente não sei o que fazer por enquanto. Lincoln era quem garantia nossa segurança. Mas ontem, ele foi atingido com uma bala na cabeça.
– Relaxem, eu vou dar conta de tudo. – Falo desabotoando um dos botões da minha camisa, relaxando os ombros.
– Nós estamos mais preocupados com o senhor. Se você for pego, vai tudo dar errado. – Arthur diz enquanto acende um cigarro.
– Vocês sabem o que fazer se eu for pego.
Tempos atuais...
Aqui na cadeia, meu corpo parece ficar mais nervoso. Eu mal consigo respirar direito.
Toda hora minha cabeça fica a milhão, não consigo parar de pensar nem na hora de dormir.
Não há nada aqui que faça eu ficar mais calmo. Sinto saudade da matança, as vezes me imagino pisando nos cérebros de todos esses seguranças que me tratam como se eu não fosse ninguém. Eu sou o Ethan Willians, porra.
No começo, ainda ia para cima deles descontrolado. Sempre me faziam conversar com psiquiatras que só me faziam um milhão de perguntas, e sempre me tratando como se eu fosse um animal.
Me fazem tomar remédios todos os dias. Óbvio que não tomo, vai saber que merdas são essas. Eu finjo engolir os comprimidos, mas depois os cuspo para fora.
Depois de algumas semanas, fui direcionado a outra psiquiatra.
Uma mulher de cabelos longos castanhos, olhos brilhantes, rosto fodidamente perfeito, e um corpo de dar água na boca. Estava na frente da minha cela.
Primeiramente achei q estava alucinando, mas era ela, a mesma garota que teria visto naquela boate a anos atrás.
Quanto mais perto eu chego dela, minha vontade fica ainda maior. E eu me contorço de raiva, pois analiso ela todos os dias, tentando achar um mínimo defeito, mas a desgraçada consegue ser linda de todas as formas.