21 - Café instantâneo, tortas de morango, preservativos e lubrificante

114 9 6
                                    

Bright

Nunca havia notado como um dia poderia se arrastar até Win ter saído pela porta quase dez horas atrás.
Merda. Parecia que uma eternidade havia se passado desde então. Eu assisti televisão, que era entediante durante o dia, Nani visitou por uma hora ou duas, eu terminei o Stand, que eu estava no meio do caminho, e estava em um estado em que até recorri a reorganizar o meu armário de cereais.

Como eu aguentaria passar mais algumas semanas de folga sozinho, eu não fazia ideia. Eu seria capaz de começar a caminhar e correr em breve, mas, por enquanto, estava entediado.

Eu tinha acabado de preparar o jantar para quando ele chegasse em casa, e estava agora me acomodando para assistir sua transmissão. O engraçado era que eu nunca tinha parado para assistir as notícias até começar a cuidar dele. Sim, eu sabia que era o trabalho dele e ele era bem pago por isso.

Mas eu nunca fui do tipo que assistia ao noticiário noturno. Sintomas de ver merda ruim o suficiente na minha vida cotidiana.
Atualmente, porém, eu assistia por razões muito diferentes. Claro, eu estava curioso sobre o que estava acontecendo em todo o país, mas estava mais interessado em colocar meus olhos nele.

Depois de ir para o canal da ENN, peguei a sequência de abertura do globo azul e branco no set de Win, depois a câmera deu um zoom em seu belo rosto.

"Boa noite a todos. Obrigado por se juntarem a nós aqui no Global News nesta segunda-feira à noite. Eu gostaria de começar dizendo como estou emocionado por estar aqui, trazendo as notícias esta noite..."

Porra, Win era um cara seriamente atraente. Eu sabia que ele estava preocupado em parecer cansado e irritado, mas ele não parecia nenhuma dessas coisas hoje à noite. Ele parecia bonito, sofisticado, e cem por cento composto em sua camisa azul claro e terno cor de carvão, e eu mal podia acreditar que tive a sorte de acordar com ele em meus braços esta manhã.

Pelos próximos trinta minutos, tudo bem, mais ou menos quarenta, já que reassisti o seu discurso de encerramento algumas vezes, eu não deixei minha cadeira.

Eu era como um viciado a quem lhe foi negado a sua dose o dia inteiro. Eu fiquei sentado, bebendo a curva de seus lábios, as linhas de riso em seus olhos e a alegria que iluminou seu rosto quando ele terminou a sua transmissão desta noite.
Ele parecia feliz, animado por estar no trabalho, e me deu uma sensação de tranquilidade saber que seu primeiro dia de volta tinha se passado sem problemas, porque eu estava preocupado que as perguntas e as memórias pudessem despertar uma reação para qual ele não estava pronto.

Supondo que eu tinha mais ou menos uma hora até ele chegar em casa, decidi tomar banho para passar o tempo. Era isso ou sentar e olhar para o ponteiro dos segundos do relógio de parede. Quando eu estava prestes a ir para meu quarto, meu telefone começou a tocar.
Peguei-o da mesa da cozinha, pensando que poderia ser ele. Mas meu coração quase parou ao ver o nome piscando na tela, Marcus.
Eu só conhecia um Marcus, e não conseguia pensar em nenhum motivo para ele me ligar agora, a menos que algo tivesse acontecido.

"Bright."

"Detetive? É Marcus St. James. Chefe de Metawin."

"Eu sei, ainda tenho seu número salvo. O que há de errado? Aconteceu alguma coisa com ele?"

Eu podia ouvir alguém falando ao fundo, e levou cerca de dois segundos para Marcus latir para quem quer que fosse:

"Cale a boca, não consigo ouvir." Só então as coisas ficaram bem silenciosas. "Você ainda está aí?" Ele perguntou.

"Sim. Metawin está bem? Onde ele está?"

"Ele está aqui, e ele está bem na maior parte..."

"Na maior parte? O que diabos isso significa?"

Perseguidor Noturno - Night StalkerOnde histórias criam vida. Descubra agora