𝑬𝑵𝑪𝑯𝑨𝑵𝑻𝑬𝑫 - 𝑪𝒉𝒂𝒓𝒍𝒊𝒆 𝑩𝒖𝒔𝒉𝒏𝒆𝒍𝒍.
→ 𝑩𝒊𝒂𝒏𝒄𝒂 𝑯𝒖𝒅𝒔𝒐𝒏 é uma jovem fotógrafa que foi convidada para participar da Premiere de Percy Jackson e os Olimpianos e, é claro, tirar algumas fotos. Ela já estava acostumada com...
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— março, 2024.
O lugar onde aconteceria a Premiere era lindo, de fato, mas esses lugares não tinham mais efeito sobre mim.
Você já teve a impressão de se sentir deslocada à um lugar? É esse exato sentimento que eu tenho a minha vida toda.
Eu estudei em escolas particulares a minha vida toda, mas antes que você questione, não, eu não sou rica. A verdade é que minha mãe batalhou a sua vida inteira pra conseguir me manter nessas escolas, nunca foi fácil pra ela, mas olha onde eu estou agora, claramente valeu a pena.
Agora, eu tenho esta mesma sensação: de que eu não pertenço a este lugar. Lotado de gente rica e egocêntrica, que não sabe olhar pra mais ninguém além de si próprio, eu já deveria ter imaginado que teria que conviver com esse tipo de pessoas quando me formei em fotografia, mas não pensei.
— Nome. — o segurança me barrou na porta.
— Bianca, Bianca Hudson.
Ele me olhou de cima a baixo com seus óculos escuros, me fazendo engolir em seco.
— Mais uma fotógrafa... — ele falou em um tom desprezível, analisando a prancheta em suas mãos.
— Sim, e daí? — foi mais forte que eu, arregalei sutilmente os olhos após minha própria fala. O homem cruzou os braços e deu um passo para o lado, permitindo minha passagem, mas ignorando minha pergunta.
Entrei no salão antes que me arrependesse de ter feito aquela pergunta, quase trombei com um garçom que caminhava de forma apressada pelo corredor carregando uma bandeja com diversas taças.
Segui meu caminho, passando por um enorme tapete vermelho e por diversas pessoas segurando suas taças com champanhe de diferentes formas. Todas muito bem vestidas.
Saquei minha câmera e a pendurei pelo cordão em meu pescoço, dei mais alguns passos avante até sentir uma mão tocar meu ombro, num impulso, me virei e segurei a mão da pessoa.
— Bia!? — Dior exclamou.
— Di! — falei, por algum motivo, surpresa.
— Sua desgraçada, por que não me disse que tinha sido aceita pro papel?! — questionou, irritada.
— Eu queria fazer uma surpresa!
— Idiota, você sabe que eu odeio supresas. — ela cruzou os braços.
