𝐂𝐇𝐈𝐋𝐃𝐇𝐎𝐎𝐃 𝐋𝐎𝐕𝐄 - ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ

30

Vinnie's pov

O mar tem um poder. Ele traz paz, te lava e leva tudo de ruim com as ondas. O mar acolhe, às vezes bate, mas ele também uni as pessoas. Ele me uniu a Lana. Não sei o que seria de nós dois sem o mar e eu também não sei o que seria de mim sem ela.

Eu estava de frente para as ondas, consegui andar até ali depois dos meus pais me trazerem de carro até a praia. Ela estava ao meu lado, segurava minha mão, mantinha os olhos fechados e a brisa do mar batia em seu rosto, ela sorria. Aquele sorriso lindo dela...

- Eu te amo tanto. - Falei. Lana abriu os olhos.

- Eu te amo, sempre te amei. - Ela respondeu.

- Eu só quero melhorar para voltar a surfar. Para surfarmos juntos, passar o dia todo na praia pegando ondas.

- Vai passar tão rápido que você nem vai perceber. - Lana disse. - E eu vou estar aqui te esperando, provavelmente muito melhor que você na prancha, mas vou estar ao seu lado te apoiando sempre. - Ela tinha um sorriso travesso no rosto.

- Engraçadinha. - Falei. - Eu te alcanço rapidinho, você vai ver.

Lana se aproximou de mim e me beijou. Seus lábios gelados contra os meus, um beijo doce e calmo. Ter esse momento de frente para o mar tornou tudo melhor. Eu poderia ficar assim com ela o dia todo, podia fazer muitas outras coisas, queria fazer muitas coisas com ela.

- Ei casal, vamos. - Minha mãe nos chamou sorrindo.

Voltamos devagar, Lana preocupada com cada passo que eu dava, mesmo eu dizendo que estava tudo certo comigo. Assim que chegamos na calçada, escutamos um estouro. Parecia com um tiro e Lana se apertou contra mim. 

- Provavelmente isso foi um poste, alguém vai ficar sem energia por um tempo. - Meu sogro disse. 

- Está tudo bem Lana. - Falei para ela. Ela olhou para mim, os olhos marejados. A puxei para um abraço apertado.

Esse pequeno momento me fez lembrar que eu não sabia o que havia acontecido com Payton e com a irmã dele, meus pais não me disseram nada e Lana também não. Mas, eu não podia perguntar para ela agora, tendo em vista que ela se assustou com um estouro que se parecia muito com um tiro. Aquela noite deixou traumas em muitas pessoas. 

Quando chegamos em casa, Lana ficou um pouco comigo. Ela começou a organizar meu guarda-roupa, estava inquieta, pedi várias vezes para ela parar, mas todas foram em vão. Me levantei com dificuldade e fiquei atrás dela.

-Lana, olhe para mim. - Falei. Ela se virou assustada, mal tinha notado minha presença tão próximo dela. - Está tudo bem. Eu sei que você está nervosa e com medo. Te conheço há anos para identificar essas situações. Eu estou aqui, vivo, e você também. Nossos amigos também. 

Ela me abraçou, chorava em silêncio. Andamos até a cama e ela se deitou com a cabeça na minha perna esquerda, já que não dava para se apoiar em meu peito. Passei minha mão pelos seus cabelos, ombro e braço. Queria ter uma fórmula para acalmá-la. 

- Não conte para ninguém sobre isso. - Ela falou. - Por favor.

- Eu não vou, mas me prometa que vai procurar ajuda profissional amor.

Ela concordou com a cabeça em silêncio. Depois de um tempo, percebi que ela tinha dormido. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para a mãe dela. Lana poderia ficar, caso continuasse dormindo. A ajeitei na cama, com cuidado e devagar porque meus movimentos também eram limitados e eu não queria acordá-la de modo algum. Me deitei ao seu lado, de barriga para cima e segurei  sua mão, acabei pegando no sono minutos depois. 

-🌊-

oiii gente linda, tudo bem? a faculdade tá me consumindo e só faz uma semana que começou, por isso quase não estou postando... mas consegui escrever esse capítulo hoje!!!
espero que vocês gostem, votem e comentem 💙