8. Coincidências ou Consequências?

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Park Jimin

A confusão toma conta de mim, meu coração parece que vai sair pela boca, ver o Jungkook naquela situação me deixou todo tenso, e aquela galera toda apontando dedo pra gente como se fossemos uns assassinos cruéis...

Ah, que se foda, esses caras não têm ideia do que tá rolando de verdade. Deviam só ignorar ou coisa do tipo. Na hora em que eu tava tentando ajudar o Jung, só queria que esses nojentos desaparecessem. Sério, eu estava com muita raiva.

Quando conseguimos abrir a porta, o Jungkook já tava meio apagado, então o levei direto pra enfermaria. Mas a inútil da enfermeira, só fez um curativo por cima. O corte era profundo pra caramba, não precisa ser nenhum médico pra ver, e pior ele nem tava consciente! Fiquei puto e decidi levá-lo pra um hospital de verdade ali perto. Lá sim trataram ele direito, deram uns pontos e medicaram, ele ficou um tempão dormindo, conversei com o médico, fiquei meio paranóico sobre isso, ele disse que estava analisando e que talvez ele estivesse daquela maneira por cansaço físico também.

Percebi que tava quase na hora de encontrar o Namjoom. O Jeon daquele jeito não poderia ir obviamente. Seokjin e Yoongi que estavam comigo quando o levei para o hospital ficaram com ele e então corri pra encontrar o policial, não queria deixar o cara esperando. E agora tô preso nesse trânsito louco, hoje não é meu dia, tô ficando cada vez mais estressado.

Batendo as mãos no volante percebo que talvez eu não consiga chegar tão cedo e ainda estou preocupado com o Jung, porra...

Finalmente o carro começa a se mover por causa do trânsito. Resolvo cortar caminho pela travessia, odeio essa ponte desde o ocorrido, mas foi necessário. Andar por aqui traz memórias horríveis que embrulham o estômago. Quando faço a curva, vejo um carro vindo em alta velocidade na minha direção. Em um misto de desespero, tento desviar, mas os carros se encostam na lateral. Encosto o carro na beirada e desço para observar o arranhão que se formou. O carro nem é meu, meu pai vai me matar. Olho para frente e vejo o mesmo carro indo embora em disparada.

— Vagabundo, deve ter bebido todas – Falo alto indo em direção ao carro novamente, mas outro carro vem na minha direção e sou obrigado a me jogar em cima da calçada.

— Filho da puta! – Grito, mostrando o dedo enquanto vejo o carro se afastar.

Entro no carro furioso e dou partida em direção ao meu destino. Sinto minha testa se franzir enquanto dirijo, e diversos carros encostam no meu. Hoje definitivamente não é o meu dia. Meu celular vibra com uma ligação. Tento pegar, mas ele está apoiado no painel do carro e escorrega, caindo embaixo do banco. Percebo o farol fechar, e no momento em que me abaixo para pegar, dois carros ao lado colidem.

— Que porra... – Sinto o carro estremecer e uma onda de pânico percorrer meu corpo, aperto o volante com força tentando manter o controle...

É uma coincidência, certo?

Com o coração acelerado, observo o tráfego que está na minha frente, tento buscar uma rota de fuga, a visão dos carros esmagados e a fumaça subindo aumenta minha ansiedade.

Foi uma coincidência, coincidência...

Minhas mãos estão trêmulas e sinto o suor escorrer minha gola, finalmente acho uma saída do congestionamento e deixo pra trás a cena caótica, mas meus pensamentos ainda estão presentes.

Vejo o café do encontro marcado, estaciono rapidamente no estabelecimento, fecho meus olhos buscando ar.

—1..2..3, vamos lá, se acalma caralho – Dou tapas em meu rosto percebendo que me acalmar é a última coisa que estou conseguindo nesse momento.

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⏰ Última atualização: Mar 14 ⏰

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