Maresia e lavanda

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Oiiie amorecos. Eu sei, eu sei, não teve capítulo semana passada. Mas tava corrido pra mim e pra Ju. Mas está aqui

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Pov Autor

Poly não tem nenhuma vergonha de dizer que fugiu, chame-a de covarde por isso. Mas ela não ficaria ali assistindo seu irmão ser tratado como um deus ou algo assim, Poseidon esfregando na cara de Zeus e todos que ele era seu filho enquanto ela era esquecida e deixada de lado. Claro, não era culpa de Percy mas Poly tinha todos os motivos para se sentir magoada, com raiva e humilhada. A garota corria cega para onde estava indo, sem rumo e sem saber pra onde ia só parando quando suas pernas fraquejaram e tropeçou caindo no chão. Olhando para suas mãos as viu manchadas de vermelho, havia esmagado alguns morangos onde caiu.

— Droga. Desculpa uhn...ninfas dos morangos?

Ela poderia ter se sentindo boba, se não fosse bem provável existir ninfas de morangos. Quer dizer, existe uma divindade para os feijões.

— Não são exatamente ninfas, mas todas as plantas por menores que sejam tem seus elementais. — Poly se virou de onde veio a voz, a garota que ela reconheceu como Silena Beauregard a conselheira do chalé de Afrodite. Atrás dela um garoto de pele negra trazia duas sextas pequenas consigo.

— Uhn, bem espero que me perdoem então. — diz se levantando. Silena a olhou de cima a baixo e a Jackson desviou o olhar.

— Gostaria de ajudar a separar as folhas dos morangos?

Poly franziu a testa, se levantando devagar.

— Separar...pra que?
— As folhas são excelentes antiinflamatórios, os filhos de Apolo misturam com outras ervas e aplicam em ferimentos mais leves deixando néctar e ambrosia e a cura deles para os mais graves.

Oh...ela morreria e não iria saber disso. E como não tinha nada além de se lamentar da vida pra fazer.

— Okay.

Beckendorf como todos chamavam o menino negro que Hipolyta descobriu se chamar Charles apenas a cumprimentou com a cabeça e trabalhou o tempo inteiro em silêncio. Quando terminaram a Beauregard sussurrou algo para o garoto que assentiu, pegou às sextas e partiu.
Poly observou o garoto se afastar, quando se virou para Beauregard a mesma já a estava olhando.

— Sabe, é a primeira vez que vejo alguém como você...é meio estranho se me permite dizer.

Que maravilha, ela era esquisita até para os padrões dos esquisitos. Ela responde do melhor jeito possível, irônica para mascarar seus sentimentos enlouquecidos e sufocantes:

— Obrigada.

Silena se aproximou, tocando com delicadeza ombro da garota.

— Não sei como você deve estar se sentindo e não vou fingir que entendo. Mas só posso imaginar o quão dolorido deve estar ai dentro meu bem. — diz apontando para seu coração. A expressão dela transmitia tristeza mas ao mesmo tempo conforto. Poly definitivamente gostava dela. — E tá tudo bem sentir raiva, eles brincam com nossas vidas como se não fosse nada. Tártaro, eles menosprezam até eles mesmos. Quer dizer, Despina, Hades, Hefesto, Kymopoleia, Priapo e etc. Há tantos deuses que são ridicularizados e rejeitados tal qual a gente.

Poly se lembrava desses nomes, deuses que foram abandonados ou/e menosprezados entre os próprios deuses. Até mesmo esquecidos com exceção de Hades e Hefesto. Se eles faziam isso com a própria "raça". Que dirá com crianças facilmente descartáveis?  Hipolyta sentiu raiva, Poseidon reclamou Percy com orgulho mas a ignorou como se não fosse nada. Quer dizer, supondo que ele era seu pai. E se fosse, ele era um belo de um filho da puta...não corta essa ele era independente de ser seu pai ou não.

O ladrão de raios Onde histórias criam vida. Descubra agora