Meninha

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1820

Fazia pouco mais de dois anos desde que Bonnie se juntou ao clã Mikaelson. Ela foi abraçada como se tivesse nascido na família e não fosse encontrada. Elijah, lia suas histórias e ela ficava sentada em silêncio, admirada, observando-o como se não conseguisse perder uma palavra. Com Rebekah, Bonnie estava cheia de energia e não conseguia ficar parada como Rebekah. Ela vestia Bonnie com os muitos vestidos minúsculos elaborados que comprou para ela. Bonnie batia palmas e sorria feliz enquanto Rebekah cantava, dançava e brincava com ela. Marcel, ah, ele ressuscitou Klaus como seu favorito, a garotinha andaria atrás dele o melhor que pudesse e ele não se importaria. Ele gostava de ser bobo com sua irmã mais nova, levando-a para os jardins para brincar.

Mas a única pessoa que todos sabiam que tinha o coração de Bonnie era Klaus. A garotinha sempre parecia admirada por ele. Sempre que ele passava algum tempo com ela, ela olhava para ele como se ele pendurasse a lua só para ela. Quando ela estava agitada, ela não ficava calma com ninguém além dele, e quando Klaus a deixava aos cuidados de um de seus irmãos, ela não descansava até que seu "papai" a embalasse para dormir. Durante a maior parte de seus primeiros anos, ela passou a maior parte do tempo agarrada ao seu amado papai, e quanto mais velha ela ficava, mais forte o vínculo entre eles se tornava. Com o passar dos anos, mais Klaus a amava e menos a via como uma bruxa para se ter no bolso.

1823

"Papai! Papai!" a pequena Bonnie gritou correndo pela propriedade Mikaelson.

"Tio Lijah, você viu o papai?" a menininha perguntou enquanto corria para o escritório dele.

Elijah ergueu os olhos do livro para sorrir para sua adorável sobrinha. Ela estava parada na porta dele, segurando o adorado urso que Klaus lhe dera quando era bebê; vestida com um vestido de verão de linho amarelo-claro, uma bagunça de cachos escuros e selvagens presos por uma fita amarela combinando. Ela estava descalça tendo "perdido" os sapatos logo depois que Rebekah a vestiu pela manhã. Suas bochechas estavam de um vermelho rosado que indicava que ela estava correndo com todas as suas forças procurando por seu papai.

"Tio, por favor, me ajude a encontrar o papai, estamos brincando de esconde-esconde e ele é bom demais", ela bufou.

Elijah riu de sua dramaticidade ficando na frente dela, depois se agachando até ficar na altura dela. "Agora, meu pequeno Bon Bon, se o tio te ajudar, isso não seria trapaça?" ele perguntou com uma sobrancelha arqueada.

Ela bufou novamente e se aproximou para sussurrar em seu ouvido: "Não se você não for pego", ela deu a ele um pequeno sorriso tortuoso que herdou de seu irmão. Ele balançou a cabeça rindo, tal pai, tal filha, ele pensou.

"Não vou ajudá-lo a trapacear, mas tenho certeza de que você está muito perto de encontrá-lo", disse ele.

Bonnie não gostou dessa resposta, então ela decidiu sacar as armas grandes. Ela recuou um pouco, abaixou a cabeça e começou a torcer o braço do urso que segurava em sua mão pequena. Quando ela olhou para cima novamente, seus olhos eram grandes, redondos e brilhantes, e ela fazia um leve beicinho nos lábios. Elijah conhecia muito bem esse visual, que ela aprendeu e aperfeiçoou com sua tia Bekah.

"Tio Lijah", ela começou suavemente. "Eu te amaria cem vezes mais se você apenas me ajudasse a encontrar o papai", ela acrescentou. Oh, como ele não poderia negar a belezura. Ele suspirou, ele estava indo para repreender Rebekah por lhe ensinar aquele pequeno truque.

"Minha pequena Bon Bon, venha aqui", disse ele, estendendo a mão para ela. Ela se arrastou em seus braços e deixou que ele a abraçasse.

"Por que você não tenta usar sua magia como Céleste lhe ensinou e encontra seu papai", disse ele.

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