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Ellen

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Ellen

Quase não havia luz dentro do quarto a não ser a uma luz que vinha do lado de fora e iluminava uma pequena parte do cômodo. Eu estava tão assustada e muito nervosa, mas tinha uma tarefa a fazer e não podia fugir do meu dever. Do canto da parede observei a ampla cama vazia e os meus pensamentos se perderam nas assustadoras imagens do que aconteceria bem ali e em poucos minutos. Trêmula, deslizei as minhas mãos um pouco suadas pela pequena camisola de seda que mal cobriam os meus seios e o meu nervosismo aumentou quando escutei o barulho do seu carro estacionando em frente ao casarão.

É agora. Pensei, soltando uma respiração trêmula pela boca.

Agora não tem como voltar atrás. Portanto, me aproximei da garrafa de uísque que deixei em cima de uma mesinha no canto da parede e servi uma dose em um copo quadrado de vidro transparente, enquanto aguardava a sua entrada no cômodo. Não demorou para porta do quarto se abrir e uma sombra alta, e imponente adentrou o cômodo em silêncio, livrando-se do terno escuro em seguida. Silenciosa, o observei estender a peça do vestuário cuidadosamente sobre uma pequena poltrona e por fim, ele percebeu a minha presença.

— Ruby? — Ele disse e eu estremeci. Contudo, me obriguei a sair do meu esconderijo obscuro, revelando parcialmente a minha presença para ele. O homem se aproximou devagar e eu pude perceber alguns traços seus no meio da semiescuridão.

Olhar firme em um rosto quadrado de feições rígidas e sérias.

— Isso... é para você — Ofereci-lhe o copo com a bebida tentando não deixar transparecer o meu nervosismo. Entretanto, ele apenas trincou o maxilar e se afastou, indo para o outro lado do quarto.

Engoli em seco sem saber o que fazer.

— Não estou a fim de beber. — O Senhor Hill rugiu secamente, me dando as costas e continuou a livrar-se das suas roupas de trabalho. — Eu preciso tomar um banho e dormir um pouco. Amanhã terei um dia cheio.

Não! Supliquei em meio ao meu silêncio. Eu não posso deixar isso acontecer.

... Você precisa ser mais ousada, querida irmã. Precisa evave-lo ou o plano não dará certo.

A voz de Ruby fez um eco dentro dos meus ouvidos.

Mas, o que posso fazer?

Hill livrou-se da sua camisa e à medida que a sua pele branca se revelava para mim, os meus olhos cobiçaram os músculos que se desenhavam nos reflexos da luz e em meio as sombras. Meu coração quase saiu pela boca quando ele se virou de frente para mim outra vez e um par de olhos rígidos me encaram como se tivesse uma fera enjaulada dentro deles.

Seja ousada, Ellen. Digo para mim mesma, tentando me mexer do meu lugar.

— E se a bebida tivesse o meu gosto, querido? — indaguei, me aproximando dele sem pressa, enquanto enchi a minha boca com a bebida de um sabor forte e amargo, e simulei um beijo, levando a minha mão para a sua nuca, a fim de atraí-lo para mim. Os seus lábios tocaram nos meus fazendo uma eletricidade estranha percorrer todo o meu corpo e em segundos, Collin envolveu aminha cintura com os seus braços fortes, prendendo-me ao seu corpo e aprofundo o meu beijo, bebendo o líquido direto da minha boca.

A Redenção do Barão de Luxemburgo - Livro 1 ( Série Membros da Realeza)Onde histórias criam vida. Descubra agora