Lady Furina entra em cena

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Lady Furina, Focalors, a Arconte Hydro de Fontaine.

Como já foi falado anteriormente, Lady Furina era a deusa amada e venerada pelos fontainianos. Era conhecida por suas artes cênicas ao performar peças teatrais e entreter o público durante os julgamentos na Ópera Epiclese. Dona de roupas azuis extravagantes, trejeitos dramáticos e fala demasiadamente exagerada e pomposa.

Lady Furina parecia mais uma personagem principal de uma peça teatral. Entretanto, poucos sabiam sobre Lady Furina por trás das cortinas e holofotes que a botavam no centro de um palco para Teyvat inteira.

Furina suspirou ao fechar mais um livro e retornou ao seu devido lugar na estante da biblioteca em Palais Mermonia. Ela pegou outro livro de uma pilha de dezenas de livros amontoados no chão e sentou-se no topo enquanto lia as páginas com uma expressão entediada.

A biblioteca do Palais Mermonia parecia ter sido retirada de um conto de fadas. Era de dois andares recheados de estantes brancas de livros, pergaminhos, artigos e jornais por toda Teyvat. As lanternas fontainianas acessas a intervalos entre as estantes, iluminando o ambiente com luzes suaves brancas. No térreo, uma lareira com poltronas em volta dava um ar rústico ao lugar.

Era um lugar muito agradável de ficar para ler por horas seguidas do dia.

As portas-duplas da biblioteca foram abertas abruptamente para revelar um pesquisador do Instituto de Pesquisas de Fontaine.

- Lady Arconte Forcalors! - chamou o pesquisador em um tom de reverência - Infelizmente, trago notícias ruins!

Furina bufou, deixando o livro pender em sua mão esquerda.

- Não me diga. - falou ela com sarcasmo - Vocês não descobriram novas fontes do Mar Primordial, correto?

O pesquisador engoliu em seco.

- Também, Lady Furina. - respondeu - Mas acabamos descobrindo no meio disso algumas pistas sobre o possível assassino!

Furina mudou de posição no topo dos livros, a expressão entediada se transformando em eufórica.

- Diga-me! - ordenou.

- Perto de onde o corpo da última vítima foi achado, em um dos caixotes das lojas, foi encontrado um relógio de bolso com sangue da vítima.

O pesquisador mostrou em suas mãos enluvadas um dispositivo de prata com o centro sendo uma bola azul com um símbolo semelhante a uma cruz náutica. O pesquisador clicou em um botão, o que abriu um compartimento para revelar um relógio de bolso com respingos de sangue

Furina levantou-se, deixando o livro aberto em cima da pilha. Ela se aproximou, as sobrancelhas franzidas em seriedade.

Onde ela já vira antes esse símbolo na tampa do relógio?

- Lady Furina? - chamou o pesquisador, curioso - Você sabe de quem pertence a este relógio?

- Hm? Não tenho certeza... - respondeu Furina em um murmúrio.

- O quê?! - exclamou o pesquisador em um tom incrédulo e assustado - Como Lady Furina não sabe?! Se a deusa não sabe, o que dirá de nós, meros mortais!

- Ah, por favor! Aquiete-se, senhor pesquisador! - reclamou Furina, franzindo o cenho e cruzando os braços ao peito. Não era o primeiro cientista a duvidar dela - Eu sou uma deusa que está viva há séculos! Como espera que eu me lembre de tudo o que já vi e presenciei em meus anos seculares?!

- Então, a Lady Furina reconhece esse relógio? - questionou o pesquisador.

- Óbvio que sim! - respondeu Furina, erguendo o queixo - Se eu não soubesse o mínimo, eu não seria Focalors!

O Caso de NeuvilletteOnde histórias criam vida. Descubra agora