Acordo com uma cantoria horrível bem no meu ouvido, viro de lado na cama e tampo a cabeça com o travesseiro tentando abafar esse atentando ao meu ouvido, mas ele é, imediatamente, agarrado e tirado de mim.
-Bom dia Minho meu amor! – Escuto a voz do Changbin, berrando do meu lado. Sentei-me na cama e fuzilei com os olhos meu querido amigo que estava correndo o risco de ser assassinado neste exato momento. Por mim, é claro.
-O que você está fazendo aqui? Não tinha se mudado, sua peste? – Ele joga meu travesseiro acertando a minha cara e gargalha escandalosamente.
-Dois dias longe daqui e eu já senti falta do seu mau humor.
-Sentiu falta do meu soco também?
-Me valoriza idiota, eu comprei seu café da manhã.
-Essa é a minha linguagem do amor. - Levanto da cama e vou correndo tomar um banho.
-Te espero lá embaixo!
Nem me dou ao trabalho de responder, eu precisava descer antes que meu salgado esfriasse.
Pensando agora, apesar de estar sempre ameaçando o Changbin, eu iria sentir sua falta no meu dia a dia. Ele e seu humor peculiar eram a minha dose diária de diversão. Mas sua partida era por um bom motivo, e eu sempre iria apoia-lo no que precisasse.
Depois de pronto, desço até a cozinha encontrando Felix e Changbin conversando enquanto comem panquecas americanas com mel.
-Bom dia. – Murmurei enquanto procurava pelo meu croissant nas sacolas.
-E ae. – Felix responde com a boca cheia de panqueca. Nojento.
-Tem suco de laranja também.
-Valeu Changbin! – Enchi meu copo com suco antes de continuar. – Não que eu esteja reclamando, mas o que te traz aqui? Achei que só fosse voltar na semana que vem.
-Ah... eu vim me despedir.
Parei de mastigar e o encarei seriamente. O que?
-Eu consegui um emprego em Nova York e começo daqui 4 dias, por isso tive que adiantar os meus planos.
Vejo seus olhos brilhando de animação e meu peite se encheu de orgulho pelo meu amigo. Apesar de não fazer muito tempo que nos conhecíamos, ele havia se tornando um amigo importante em minha vida. Engraçado pensar que no início havia sido bem difícil.
Sou do interior e quando passei na faculdade na capital, a maior preocupação era onde eu iria morar, tinha que achar um local com certa urgência. E como tudo é muito caro na capital, eu não poderia morar sozinha, precisava dividir as despesas. Por sorte, vi um anúncio de uma pessoa chamada Lee Felix, alugando 2 quartos em sua casa, por um preço muito acessível.
E em menos de duas semanas, já estava com as malas prontas para a mudança.
Um mês depois, foi a vez do Changbin chegar. Uma pessoa pequena, mas com o coração gigante, mas que adorava me tirar do sério cantando alguma música da pior maneira possível. Minha primeira impressão dele foi: irritante. Ele era extremamente animado e falante o que contrastava com minha personalidade introspectiva. Mas com o tempo, acabei me acostumando com isso e a me divertir com seu jeito irritante. Não sei dizer ao certo quando foi que nos tornamos amigos, mas isso acabou acontecendo naturalmente.
Por outro lado, Felix era o meio termo, nem muito animado e nem muito quieto, um equilíbrio necessário nesta casa. E diferente do Changbin, nos demos bem desde o início.
E no final, era como se três amigos estivessem morando juntos enquanto faziam faculdade.
Contudo, Changbin tinha recém terminado sua faculdade de direito e iria tentar a vida nos Estados Unidos, e com seu currículo cheio de notas boas, trabalhos voluntários e recomendações dos seus professores, era apenas uma questão de tempo até que ele conseguisse um trabalho por lá. E agora ele iria fazer sua própria história.
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Linguagem do amor
FanficMinho era um estudante de gastronomia, um pouco grosseiro, que era controlado por seus traumas e culpas, e acaba conhecendo Hyunjin, o novo morador da casa que dividia com seu amigos, uma pessoa que iria mudar sua vida. E tinha detalhe, Hyunjin era...