Primeiro encontro.

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A manhã de sábado estava nublado, aparentemente, pelas previsões iria chover ao entardecer. Jungkook despertou cedo, hoje seu dia seria repleto de tarefas para cumprir antes da chuva manifestar-se, nada que envolva trabalho. No momento, estava em seu treino de superiores, geralmente, treinar arrancava seus pensamentos, deixava sua mente em branco, entretanto, Jimin não saia de sua cabeça. A sua voz de alguma forma ecoava, a forma como ele foi tão longe por outra pessoa, esta que ao decorrer do tempo pensava em tudo menos nele. 

Voltando correndo da academia de seu condomínio, Jeon sentiu o vibrar de seu celular. Era uma mensagem de...Park? Jimin demandou sobre os encontros, mas o detetive não respondeu. 

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Park acordou no horário de sempre, as 9h, levantou indo a caminho de seu armario, pegou alguns tonalizantes misturando-os e levando até o banheiro. Iria matizar e hidratar seus fios, esfoliar sua pele, skin care e por fim, escolher uma roupa para o entardecer. Tudo o que planejou executar demorou cerca de quase três horas, quando percebeu, caminhou ligeiramente a cozinha. Precisava cozinhar o almoço de Pitter e consequentemente, o seu. Pegou alguma algas e fez alguns sushis. Havia algumas polpas de frutas na geladeira, bateu-as no liquidificador com gelo e levou até Pitter. 

─ Bom dia, quase boa tarde. ─ ligou as luzes com movimentos delicados para não derrubar a bandeja ─ Trouxe nossa comida, vamos comer juntos hoje, não é ótimo? 

─ Você é um filho da puta! 

─ Será que todos os dias você realmente precisa me dizer isso? Porra, Sr. Perfeitinho. 

Park colocou a bandeja no colo do outro e levou o hashi até sua boca com um sushi. Esperou sua reação, mas como sempre, não esboçou nada. Pitter possuí uma personalidade forte, mas raramente expressava o ódio que sentia por Jimin indo além de xinga-lo. 

─ Viu como Jeon sentiu minha falta também? ─ Park sorriu levando outro sushi até a boca de Pitter ─ Ele sempre foi meu e bem, acho que alguém foi deixado de escanteio depois de cantar vitória antes da hora...pobre Pitter, pensou que agir como uma putinha fosse lhe dar algo. 

Ele ficou em silêncio, mesmo que quisesse gritar contra Park e ofende-lo de todas as ofensas do mundo, mas não havia como defender sua pessoa. Ele lembrou todos os malditos dias dos cinco anos que se passaram em como reagiu quando descobriu por alguns colegas de classe que Jungkook estava a caminho de um relacionamento com outro alguém; ele sabia que deveria se manter longe, mas Jeon pareceu tão certo, deixou seus sentidos tão bagunçados...lembou de como insistia em flertar, Jeon não respondia suas investidas, vez ou outra elogiava comparando Pitter ao seu tão falado Jimin. Mesmo assim Park entendeu como um elogio, afinal, em partes, era.

─ Fale o que quiser de mim, não estou em posição de lhe julgar. 

Park gargalhou deitando no chão um pouco distante de Pitter. Ele não dava moral para nada que o outro falava, apenas o desprezava, sempre fez isso, desde o colegial. 

─ Você é péssimo, sabia? 

Jimin sentia-se exausto apenas de olhar Pitter, não entendia como conseguia sentir tanta aversão por alguém como sentia dele. Fitando o teto recordou-se de Jeon, lembrou que teria um encontro a montar. 

Trancou a porta e caminhou até a cozinha deixando a bandeja, seguiu até seu quarto. Sentou-se na cama e discou um número. Esperou chamar algumas vezes. Pediu que lhe trouxesse balões de coração, um champagne e um vinho, antes das 17h. 

Vou pedir que o chefe leve aí. Não posso sair agora estou no escritório.

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Prenda-me Se for Capaz.Onde histórias criam vida. Descubra agora