Class Fight²

748 113 4
                                    

Jeon Jungkook. 

Entrei em uma escola particular e estive frequentando-a durante a maior parte de minha vida escolar. Quase sempre tive Park Jimin, um garoto isolado, mas muito alegre, como colega de sala; não eramos tão próximos até o ensino médio bater em nossa porta.

Porém, junto a esse novo ciclo, o garotinho tímido mudou drasticamente, rapazes do último ano escolar planejavam festas e Park sempre estava no meio. Tornou-se um "garoto problema", vivia em brigas, festas, ingerindo alcool e fumando. Eu era seu total oposto, mas quando o conheci de verdade...ele era doce como mel, bonito como um pôr-do-sol, radiante, alegre, ele me fez tão feliz. Confesso que com o decorrer dos dias acabei me apaixonando por ele, passavamos a maior parte do tempo juntos e te-lo ao meu lado era a melhor parte de meus dias. 

O convidei para sair, tivemos nosso primeiro beijo; foi incrível! E assim, pude ter a certeza de que seríamos bons namorados.

No segundo ano, um novato adentrou a sala, Pitter era seu nome, no grupo da sala ele pegou meu número e puxou assuntos a respeito da escola, depois de gostos pessoais e tudo estava bem até aqui, porém, errei em não ver a maldade em seu olhar, em suas falas, quando percebi era tarde demais. Um dia qualquer, ele tingiu o cabelo e perguntou o que achei, por mensagens, comentei que combinou e que ficou bonito. Não vi maldade, não vi a maldade que Park viu.

Pitter agia por minhas costas, falava mal de meu namorado sem que eu pudesse descobrir, contudo, Jimin descobriu.

Tudo aconteceu muito rápido, estava no pátio, próximo ao playground quando ouvi o som de uma garrafa quebrando e Jimin jogando Pitter no chão; uma roda formou-se ao redor de ambos, Park não errava um soco, ameaçou corta-lo se não afastasse de mim de uma vez por todas. Foi aterrorizante, embora que caso houvesse uma troca de papéis, eu faria o mesmo.

Corri em busca de ajuda para separá-los, quando retornei juntamente a um segurança, Pitter já estava sangrando e assustado o suficiente para não reagir.

Quando a roda dissipou, mantive estático frente a Park, este que me olhava com olhos frios e apáticos, os punhos com resquícios de sangue e tremendo.

— Você é um monstro, Jimin!

E então, lembro-me de sua mãe o encaminhando de volta a terapia e consultas regulares ao psiquiatra. Até que uma crise de raiva por aquela porra toda veio forte demais e eu não pude impedi-lo, estava longe e ele tentou se machucar. Soube que sua mãe o taxou de descontrolado e o internou Confesso que foi a pior coisa do mundo, ter a consciência de que ele estava sendo internado por minha causa foi desesperador.

Em um dia ensolarado, estava decidido a seguir um novo caminho, decidi visitá-lo quase um mês depois da internação ser realizada; disse que gostaria de entregar algumas cartas e que estaria de mudança brevemente.

Como imaginei, ele me recusou, não ditou uma palavra se quer, parecia me odiar naquele instante.

Antes de sair tentei dar um selar em Jimin, mas pelo visto ele prefere estar distante. Pensei em insistir para conversarmos, porém, não pareceu o certo a se fazer. 

Não estrague o futuro com problemas do passado.

Ditei essas palavras e segui para fora do quarto com um aperto em meio ao meu peito. Não queria abandoná-lo agora, mas preciso deixá-lo ter seu tempo para refletir e seguir minha carreira enquanto isso.

Não mantive contato com Pitter ou qualquer pessoa daquela cidade. Estava tentando lidar com o ensino médio, problemas e cursos, tudo isso com quase recém dezessete anos.

No fundo eu sei que a gente ainda se encontra de novo.

Prenda-me Se for Capaz.Onde histórias criam vida. Descubra agora