PERCY E EU ESTAVAMOS SENTADOS EM UM BANCO DE MADEIRA DO LADO DE FORA DA ESCOLA
O garoto estava chateado por ser expulso. Já eu, nem tanto. Abro minha boca para falar, mas o Sr. Brunner aparece e eu fecho a boca
—Não é fácil para vocês e nem para nós—Ele diz e olha para nós dois—Estou muito preocupado com você, Percy. Vi o que aconteceu no museu
—Não toquei em Nancy—Percy diz com um tom de raiva
—Eu sei disso—O homem diz e eu e Percy olhamos para ele—Sei que você acredita que não fez nada. Quer me contar sobre o que acha que aconteceu? Pode me contar, talvez eu entenda.
—Quer apostar?—Percy diz e eu olho para meus próprios pés. Sr. Brunner solta um risinho antes de dizer:
—Percy... Vi muitos jovens passarem por isso no meu tempo. De todos eles, acredito que... Vocês são os que estão no caminho mais difícil. Acredito que sejam especiais, muito mais do que pensam—Ele mal termina de falar e eu o interrompo
—Pare com isso—Eu me levanto e fico de frente com o homem—Não precisamos ouvir mais histórias sobre como somos especiais. Elas não estão ajudando—Digo e olho para o lado quando um carro para—Nossa carona chegou, estamos indo para casa—Digo e Percy se levanta pegando sua bolça. Eu faço o mesmo ato e nós vamos até o carro
Percy e eu entramos no corredor do prédio e já é possível ouvir a voz irritante de Gabe ( o namorado da nossa mãe). Reviro os olhos abraço Percy de lado sem parar de andar
Quando chegamos na frente da porta, ela é aberta e Eddie sai de lá.
—Olá, crianças—O homem careca diz
—Olá, Eddie—Percy diz
—Oi, Carequinha—Digo e suspiro
—Sinto muito por isso—Percy diz se referindo a gritaria de Gab
—Eu estou saindo, vocês estão entrando. Eu que sinto muito—Ele diz e sai andando
Percy abre a porta e entra, eu passo por ela e a fecho atrás de mim suspiro novamente e fecho os olhos brevemente