2. Hellhound On My Trail

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⚠️ AVISO: O conteúdo a seguir contém incitação à sexo e incitação à masoquismo. ⚠️

Revisado por: Aya_timm

☽⛧☾

- Quem seria essa coisinha linda? - Alastor questiona, se aproximando de Lúcifer em um bosque. Ele observava a pequena garota brincar com algumas folhas que encontrara. - Ela se parece bastante com você, majestade.

- Claro que parece. É minha filha, Charlie. - O rei responde de forma orgulhosa.

- Oh, então o senhor é casado? - Um sorriso cresce no rosto do radialista. - Quem é a rainha do inferno?

- Ela se chama Lilith. Por que o entusiasmo? - Lúcifer, confuso, direciona seu olhar para Alastor.

- Ora pois, casamentos são sinônimo de status. Uma união estável entre duas pessoas é algo a se apreciar. Dizem que um bom romance muda as pessoas.

- Se ao menos não fosse complicado, diria-lhe o mesmo. Depois do nascimento de Charlie, minha esposa se distanciou e distanciou nossa filha de mim. - Ele volta a assistir para sua prole, que brincava agora com as flores.

- Mulheres se tornam leoas protetoras após darem a luz.

- De fato. Queria ter me tornado um leão protetor ao fim da minha gestação...

- Como?! - O radialista imediatamente vira para o rei. Seu sorriso foi substituído por uma expressão de espanto.

- Não aja dessa forma. Não sou humano. Não deveria se impressionar tanto com a informação.

- Como você a pariu? Você possui uma vagina para só... Você sabe... - Alastor reproduz uma onomatopeia, usando as mãos para gesticular algo saindo de dentro do corpo. - Ou foi por trás? Tenho muitos questionamentos!

- E eu me recuso a entrar nesse demérito.

- Sério, majestade? Irá dever explicações para seu futuro súdito?

Antes que Lúcifer respondesse, Charlie corre animada em sua direção com uma Margarida nas mãos. Ela ainda não havia percebido a presença de Alastor, e quando seus olhos são atraídos para ele, a garotinha para. Charlie não mostrava medo, mas também não mostrava agrado. Alastor então, se ajoelhou em frente a garotinha com um sorriso em seu rosto.

- Olá, minha princesa. Essa flor é para seu papai? Tenho certeza que irá combinar muito com ele. - Charlie continua encarando Alastor por alguns segundos antes de se virar e sair correndo. - É, acho que não sou tão bom com crianças.

O radialista levanta-se novamente, se pondo ao lado de Lúcifer, que por sua vez continha o riso.

- É casado, Alastor? - Ele tenta desviar o assunto para não acabar gargalhando.

- Não. Embora eu realmente quisesse constituir uma família. Apenas não sou atraído pela ideia de ter uma esposa.

- Entendo, não é dessa fruta que gosta...

- Está supondo que eu seja um invertido, majestade? Não acho que você seja um psicoanalista profissional para determinar minha patologia.

- E homossexualidade aqui é patologia? Não sabia que os humanos se importavam tanto com quem os outros fazem sexo. Se dizem tão puros.

- Majestade, homossexualismo não é algo da natureza. Somos animais, precisamos reproduzir.

- Você precisa de prazer. Agora eu entendo porquê é um canibal. Encontra nessa culinária exótica o que não encontra no sexo.

- Está passando dos limites, majestade... - Alastor avisa, já rangendo os dentes.

- Apenas pense por alguns segundos. Você disse que deseja constituir uma família, certo? Pois se imagine sendo o segundo pai de Charlie.

Alastor olha para a garotinha que brincava em meio as flores, imaginando seu cotidiano: chegar todos os dias da rádio e ser recebido por Lúcifer na sua forma mais orgânica, junto dos abraços de Charlie. Colocá-la para dormir e, logo após, cair aos amassos com seu esposo. Marcar a pele branca de Lúcifer de roxo e vermelho, faze-lo gritar de prazer, agarrar seu pescoço e o enforcar até seus olhos revirarem e sua respiração se tornar rasa... Ser a vítima logo em seguida. Ser dominado pelo rei do inferno e usado de brinquedo para sua majestade quicar enlouquecido durante horas e horas, até seu orgasmo mais intenso...

- Não me parece certo. - Alastor conclui sem conseguir conter o rubor em seu rosto.

- Pense em você. Não na sociedade.

- Por que insiste tanto, majestade? Está insinuando que quer fazer promiscuidades com a minha pessoa? - O radialista se vira para o rei, que reflete o mesmo movimento.

- E se eu estiver? O que faria?

- Óh! - Falou uma voz infantil.

Ambos os adultos olharam para baixo. Charlie esticava uma Margarida para Lúcifer e um Lírio vermelho para Alastor. Nesse momento, a imaginação de Alastor se fez ainda mais fértil. Ver a pequena diabinha entregar flores para os dois homens o fazia pensar que ambos eram pais recebendo um presente simbólico da filha. Por mais que seja uma flor arrancada de algum lugar que poderia muito bem ser uma desova de corpos.

- Minha pequena diabinha! - Lúcifer se abaixa, segurando o rosto da filha e a beijando na testa. - Você é sempre tão correta com seus presentes!

Charlie ri sozinha, repousando a flor no cabelo de seu pai. Alastor, por outro lado, ainda estava estático, sem acreditar que recebia uma flor da criança. A garota ainda tentou se esticar para alcançar a cabeça do radialista, mesmo que fosse impossível. Assim que ele se abaixou, ela encaixa o lírio em seus óculos, o que arranca gargalhadas de Lúcifer.

- Tudo bem, eu merecia essa. - Alastor ri, tirando a flor de seu olho e encaixando em sua orelha. - Muito obrigado, minha princesa... - Ele acaricia os cabelos de Charlie, que sorri animada.

- E então? O que acha do presente da minha diabinha?

- Acho de uma delicadeza e graciosidade... Quanto a você, majestade, tudo bem se quiser se envolver comigo, mas vamos com calma. Ainda estou me acostumando com a ideia de possivelmente ser um invertido.

📻The Masochism Tango🍎  !¡Radioapple¡! [OLD]Onde histórias criam vida. Descubra agora