Capítulo 17 - PAT

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🔞 ATENÇÃO: Esse capítulo contém descrição de cenas proibidas para menores de 18 anos! 🔞

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A Lua de Sangue está alta no céu, posso ouvir seus gritos de dor, combinam com a dor dentro de mim. Eles tem que me levar até ele em breve, ou ambos vamos morrer.

5.019 anos nesse sofrimento sem fim, trancafiado como um animal. Eu tinha 4 anos quando cai no rio, estava me afogando quando uma luz veio até mim e me tirou de lá, achei que tinha sido salvo, achei que voltaria a brincar com meu irmão, que estaria com meus pais, mas ao invés disso fui jogado no que eu achava que seria o pior lugar do mundo.

Passei meses chorando todos os dias, implorando pra ir embora, até que ele foi trazido pra cá, parei de chorar e implorar pra ir embora, ainda doía todas as vezes que pensava na minha família, mas foi olhar pro seu rosto banhado em lágrimas e eu soube que jamais poderia deixa-lo. Conseguiu que ele parasse de chorar, me falasse seu nome e me contasse como veio parar aqui. Pran, seu nome é Pran, a palavra mais linda que eu já ouvi na minha vida. Eu não sabia naquele momento, mas ele era a minha alma gêmea, meu destino, meu vampirinho de covinhas, a coisa mais preciosa da minha vida.

Nosso amor foi forjado durante 17 anos, primeiro como amigos, até que aos 16 anos descobrimos que estavamos apaixonados, que éramos mais que amigos, foi quando eles começaram a nos separar durante a noite. 5 anos depois veio a Lua de Sangue, a primeira desde que atingimos a maior idade, eu tinha 21 e ele 20 anos, a dor foi insuportável, ardia, queimava. Os nossos gritos ecoaram o dia inteiro, sem parar, até que ele veio, não sei seu nome, mas ele sempre está vestindo túnicas de cor clara, bordadas com o que parece ser ouro. Quem não o conhece, pode até acreditar que ele é bom por causa de sua aparência, mas se existir o mal personificado, então é ele, o demônio é ele.

Ele ordenou que fossemos colocados juntos, trouxeram ele pra minha cela, ele estava tão fraco, colocaram ele no chão, eu corri pra ele, sentei no chão e o puxei para os meus braços. Nessa época não tínhamos câmeras nos vigiando, mas sempre haviam dezenas de guardas. Ele estava tão fraco, eu não sabia o que fazer, foi quando o desgraçado começou a falar:

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INÍCIO DO FLASHBACK

- Vocês sabem o que foi ensinado a vocês sobre acasalamento, vocês precisam fazer isso ou ambos vão morrer. Entenderam?

- Ele está muito fraco, não posso fazer isso com ele e ele não tem forças pra fazer comigo.

Ele se aproxima da separação de vidro e fala em voz baixa:

- Ou você o fode, ou ele te fode, ou não façam isso e mais pessoas além de vocês vão morrer. Entenda Pat, a vida dele, a sua e de seus irmãos depende disso, então faça essa merda de uma vez.

Eu olho pros guardas desconfiado.

- Todos os guardas vão sair, essa é uma promessa minha, ninguém nunca verá vocês dois fazendo isso, se é ser observado o que te incomoda. A vida de todos depende desse momento e está em suas mãos, Pat Napat Chittsawangdee.

O demônio sai e leva todos os guardas com ele. Pran se remexe em meus braços, eu o olho, nunca o vi tão pálido e fraco.

- Pat, por favor, não faça isso, me deixa morrer.

- Pran, se eu não fizer, nós morreremos e nossos irmãos também.

- Não quero que o Nanon morra, mas o que vai acontecer se fizermos isso, se completarmos a Conexão das Almas?

- Eu não sei, Vampirinho, juro que não sei, mas não posso deixar você e nem nossos irmãos morrerem.

- Eu estou com medo, Pat.

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