Uma ameaça.

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Pov' autor

Bruna está concentrada, cuidando com delicadeza da perna ferida de Dani, cujo rosto mostra sinais de dor contida. Ela aplica os curativos com destreza, enquanto Dani tenta manter a calma, apesar do desconforto. Enquanto isso, Matheus e Richie permanecem atentos às janelas da loja, seus olhares inquietos procurando por qualquer movimento lá fora. O ambiente ao redor está tenso, permeado pelo silêncio tenso que parece pronunciar algo sinistro. Eles não sabem o que encontrarão além das paredes da loja, sejam sobreviventes em busca de ajuda ou algo mais sombrio e ameaçador. A luz pálida do sol filtrada pelas cortinas acrescenta um ar irreal à cena, destacando os detalhes enquanto os três se mantêm alertas. Bruna troca um olhar preocupado com Matheus, silenciosamente compartilhando suas apreensões sobre o que está acontecendo lá fora. Richie ajusta a posição para ter uma visão melhor, seus olhos perscrutando as ruas vazias em busca de qualquer sinal de vida. No entanto, nenhum deles está preparado para o que podem encontrar além da segurança relativa da loja. O suspense paira no ar, enquanto o mundo lá fora permanece envolto em mistério e perigo.

Isabella - Estão vendo alguma coisa?

Matheus - Nada, não tem ninguém, a rua está deserta... Vocês não têm um telefone, algo assim?

Afonso - Os telefones estão sem sinal, tudo fora de área... Como está a perna dela?

Bruna - Acho que tá bem, não entendo muito disso, mas consegui controlar o sangue, precisamos de um médico... Ela pode ter uma hemorragia, não sei...

Dani - Não se preocupe Bruna, a ferida não foi tão grave, eu vou ficar bem.

Richie - A gente precisa sair daqui, precisamos de ajuda...

Isa - Você tem razão, mas é perigoso sair daqui.

Afonso - Bem, precisamos de algum plano, não podemos sair daqui e não ter algum lugar em mente para ir.

Bruna - A polícia deve ter algum abrigo? Certo?

Theus - Provavelmente, mas ninguém falou nada... Não passou nada no jornal, a rua tá deserta, algo deve estar acontecendo.

Afonso caminha para a parte de trás da loja, Isa fica juntamente com os jovens discutindo o que fazer. A loira olha para o chão vendo rastros de sangue e começa a seguir esses rastros que levam até a parte de trás da loja. Ela encontra Afonso, seu pai, com a mão sangrando.

Isa - Pai? Sua mão... Tá tudo bem com o senhor?

Afonso - Que susto! Tá tudo bem, é só um arranhão. — Ele disse se assustando e pegou um pano cobrindo sua mão e vendo Isabella voltar para a loja. Afonso volta para a loja e observa o grupo discutindo e percebe a tensão aumentando.

Afonso - Chega. Todos vocês, escutem aqui. — O grupo se vira para Afonso, surpreso com sua expressão séria.

Afonso - Não podemos ficar aqui. Não é seguro. Vamos sair pela porta dos fundos e nos dirigir ao centro da cidade. Precisamos encontrar um lugar para nos abrigar e descobrir o que está acontecendo. Eu e Isabella temos armas é algo para nos proteger até lá, tenho algumas ferramentas para que o restante se proteja.

Isabella - Temos uma Combe, podemos pegá-la e irmos, já que a Dani está machucada e também ir de carro é mais seguro.

Theus - Bem, está ok! Iremos fazer isso... Isabella, né? Você sabe usar isso?

Isa - Sim, eu sei... Tenho uma ótima pontaria e entendo de armas, eu e meu pai caçávamos quando eu era pequena.

Bruna - Tá bom gente, precisamos sair daqui logo.

O grupo todo concordou com a ideia, Richie, Bruna, Dani e Matheus pegaram algumas ferramentas para se defenderem. Bruna estava com um canivete, Dani com um taco, Richie com uma faca grande e Matheus com um pedaço de cano de ferro.

Os 6 sobreviventes caminham até a porta dos fundos, Afonso chega com a chave e começa a abrir a porta.

Dani - Por que sua mão tá sangrando? Você está machucado.

Isabella - Pai, sua mão está sangrando! — A garota diz olhando para a mão de seu pai. Afonso hesita por um momento antes de esconder a mão ferida.

Afonso - Não é nada filha! Eu já disse, apenas um arranhão. — Afonso disse deixando as chaves caírem e colocou sua mão machucada no bolso da jaqueta. Com a outra mão, ele segurava a espingarda.

Isabella se aproxima de seu pai e retira a mão dele do bolso, olhando mais de perto e vê a verdadeira extensão da ferida.

Isabella - Pai, você foi mordido! — Os outros membros do grupo se viram chocados com a revelação.

Afonso - Todos vocês, afastem-se de mim. — Afonso pega sua espingarda, olhando para o grupo com uma expressão determinada e perigosa. — Eu não vou me tornar um deles. Você! Sua vagabunda! Porque você teve que falar. — Afonso pontua a arma para Dani, que fica assustada na mesma hora, ele ameaçava atirar na garota.

Bruna abraça Richie escondendo seu rosto no peito do garoto com medo do que iria acontecer. Matheus entra na frente de Dani e aponta o cano para Afonso.

Theus - Abaixa isso agora! Meus pais foram mordidos e eles viraram aquelas coisas! É melhor se afastar.

Afonso - Eu vou explodir a cabeça de cada um de vocês! Seus merdinhas.

Isabella - Abaixa a arma, agora! — A loira aponta sua arma para a cabeça de seu pai e destrava a tranca.

Afonso - Filha... Não ouse, você conheceu eles agora! Eu sou seu pai, abaixa isso agora! Eu tô mandando.

Isabella - Abaixa agora... Não quero fazer isso, mas você não me dá escolha. Abaixa a arma e abre a porta.

Afonso abaixou a arma e pegou as chaves abrindo a porta, todos saíram enquanto Isa continuou apontando a arma para seu pai. A loira foi a última a sair e pegou as chaves, Afonso estava meio longe da porta, a garota então fechou e trancou a porta dos fundos.

Theus - Vamos logo pro carro! — Eles correram até a garagem da loja, a rua estava totalmente deserta. Matheus pega as chaves do carro com Isa e todos entram no automóvel.

Bruna - Vai, vai! Vai logo. — A garota falou olhando pelas janelas e vendo que estavam aparecendo vários daqueles infectados.

Afonso - VOCÊS VÃO MORRER SEUS FILHOS DA PUTA!! — Do lado de fora é possível escutar os gritos do mais velho e barulhos dos vidros quebrando e vários tiros.

Richie - Merda, vai logo! Se não a gente vai virar comida dessas coisas.

Matheus ligou o carro e deu partida saindo dali o mais rápido possível, enquanto dirigia ele olhou para Isabella. A garota estava com a arma em seu colo e sua cabeça encostada no vidro olhando para o lado de fora.

Matheus - Você tá bem?

Isabella - É, não... Mas, eu vou ficar.

Matheus - Obrigado, por salvar a gente. — Isa olhou pro garoto e deu um sorrisinho de canto.

Continua.

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