|Capítulo 27| "O seu máximo é o seu mínimo"|

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Fomos olhando em volta do local depois de termos entrado, era realmente uma daquelas igrejas antigas católicas que uma vez vi em umas das fotos de viagens da minha avó a muito tempo...mas...

- É estranho o fato de que nas fotos da nosso abuela tenham estátuas tão diferentes quanto essas...- Falei e meu irmão foi pegando os seus óculos HG tirando uma foto das estatuetas. – Elas...parecem com aquele amigo que você fez no cemitério, não é? – Meu irmão não falou nada, apenas ficava tirando as fotos e me ignorando. Eu respirei fundo quando ele continuou a andar. – O que acha do lugar? Arquitetura antiga né? – Ele foi andando pelo corredor, me ignorando novamente. – Aish, hermano! O que foi que eu te fiz? Eu sei que errei quanto governador, mas estou tentando dar o meu máximo!

- Se eu não tivesse insistido, você não teria me trazido para cá. – O mesmo me respondeu.

- Olha, eu penso na segurança de todos, tá? Não é fácil!

- Você se preocupa com todos, mas não com sua família!

- Mi hermano, eu sempre dou o meu máximo, já disse isto! Quando posso vou sempre visitar vocês.

- O seu máximo parece seu mínimo. Mierda, ¿te esforzaste alguna vez por estar a mi lado?

- ¡No digas eso, eres un niño!

- Eu não sou mais uma criança S/n!

- Sim, você é, você acha que não, mas é! Aonde tem aprendido a falar estas palavras?

- Eu falo o que eu quero, igual como você faz o que quer!

- Eu nunca faço o que quero, eu faço o que posso fazer! – Fomos falando sérios, minha testa estava franzida e eu notava que o tom de voz do meu irmão aumentava um pouco a cada frase que ele dizia.

- Então porque você se tornou tão ausente? Antes você enchia o meu saco, mas parece que você nem se importa mais de fazer isso!

- Você quer que eu encha seu saco?

- Coño! – cruzei os meus braços ouvindo isto, no qual significava “porra”. – Eu só quero ter você ao meu lado hermano, porém, você é o governador. – Minha expressão foi suavizando aos poucos, até eu ouvir alguns passos vindo na nossa direção. Me apressei e tampei a boca do meu irmão puxando ele para se esconder atrás de uma lixeira que estava no corredor. Meu irmão foi tirando a minha mão de sua boca com raiva, então fiz um sinal de silêncio para o mesmo.

Vimos surgir ali da curva direita do corredor, aquele homem que era o tio daquele garoto que no lugar de estar com uma expressão suave igual a antes, ele estava sério. O mesmo passou pela gente.

- Vamos por ali. – Falei e meu irmão assentiu. Seguimos de onde ele veio e nos deparamos com uma porta no final, ouvimos um choro vindo no final do corredor, caminhamos devagar e abrimos a porta devagar e vimos aquele garoto de roupas brancas chorando enquanto estava sentado na cama dele. Ele chorava de cabeça baixa, abraçando os joelhos. – O que será que ho- Fui interrompido com meu irmão invadindo o quarto e indo na direção do garoto sem pensar duas vezes. Eu fiquei na porta observando ele ir até o garoto que levantou seu olhar espantado para nós.

- O que vo-vocês estão fazendo aqui?

Diário 23/04/2072- 20:43hrs

Tá tudo acontecendo tão rápido...

Porque estou com um sentimento tão estranho de algo muito ruim está prestes a vir?

POLICROMIA - BL - FANBOY (BTS +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora