|Capítulo 6| De quem é a culpa? |

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A vida é bem complicada.

Nada é conquistado facilmente nesse mundo, principalmente quando meu pai não está comigo para me ensinar como as coisas realmente funcionavam. Claro, ele não era o melhor pai do mundo, mas era o meu pai. Mesmo com seu jeito ignorante de ser, eu o amava.

Sinceramente, ter que dar o meu jeitinho de Larvine para poder me virar nesse mundo não é fácil, ainda mais quando você é enxergado como um inimigo por muitos, a não ser pelo seu irmão e pelas pessoas que sabem a verdadeira história.

Se não fosse pelo fato deles terem matado ao meu pai, eu...talvez..., sim, iria ter uma possibilidade de eu perdoá-los.

Claro que talvez eu não tenha tomado lá a melhor decisão do mundo, mas esta foi a minha escolha que eu pretendo seguir. E não a nada e nem ninguém que me faça mudar de ideia.

E esta minha escolha, me leva aqui. Em frente aos portões da cadeia.

Não estou aqui para visitar alguém, estou aqui para buscar alguém. Este alguém é a pessoa que eu odeio, mas sou obrigado a trabalhar...

Os portões abriram, e com um sorrisinho escroto que ele possuía em sua face, enquanto carregava a sua bolsa com suas roupas, foi se aproximando de mim.

- Min Yoongi...- Falei baixo.

- Ora, ora. - Yoongi estendeu a sua bolsa para mim. - Senhor Nilliam, a quanto tempo.

- Não venha disfarçar. Conheço muito bem quando uma pessoa é sarcástica.

- Você é jovem, mas não continua tão burro quanto já foi. - Respirei fundo para poder me controlar e não poder tacar um soco na cara dele. - Então? Não vai pegar? - Ele olhou para a bolsa e depois olhou pra mim. Abri um sorriso irônico.

- Acha mesmo que virei seu empregado? Agradeça a doutora por eu não passar com o carro por cima de você. - Fui abrindo a porta do motorista e entrando. Esse carro foi a doutora que me emprestou para que eu não usasse a moto. Yoongi logo entrou no banco ao meu lado, deixando a bolsa atrás.

- Você pelo menos aprendeu alguma coisa de útil na sua vida. - Ele falou olhando para o espelho do retrovisor, enquanto se ajeitava.

- Vai ficar soltando piadas afiadas? - Perguntei, puxando o espelho de volta para colocar ele na posição de antes.

- Não são piadas, são apenas verdades. - Ver aquele sorriso maluco e aquela cara de psicopatia sentada ao meu lado era algo que eu temia, porém tentava não demonstrar.

- Ahg! Não sei como a doutora quer trabalhar com você. - Yoongi abriu a boca para poder falar, porém o interrompi pisando no acelerador.

*

Havíamos finalmente chegado no ponto de encontro.

Estávamos dentro do carro, escutando as notícias do rádio, por incrível que pareça, não tínhamos nos matado ainda, pois Yoongi havia ficado calado até o momento.

- Sente falta do papaizinho? - Falei cedo demais...respirei fundo. - Estou só tentando puxar assunto, já que iremos trabalhar juntos. - Yoongi disse olhando para mim. Continuei o ignorando. - Vamos Nilliam. Não me trate como alguém que não cuidou de você.

- Ah! Cuidou e depois tentou me matar. - Escutei a risada do mesmo.

- Isso que é o divertido! Vamos lá, olhe pra mim, fale comigo olhando nos meus olhos! - Eu ficava olhando para frente sério, pois sabia que se eu o encarasse naquele momento, eu iria jogar ele do carro com toda certeza. Entretanto, senti que ele pegou em meu queixo e foi virando meu rosto para olhar para ele. Dei um tapa na mão do mesmo, o encarando com raiva.

- O que está fazendo?

- Não gosto de conversar sem olhar nos olhos, parece que estou falando sozinho. - O encarei com nojo.

- Não faça isso! - Falei firme.

- Porque? Seu namoradinho vai ficar com ciúmes?

- Não tenho namorado!

- Então está solteiro? - O que será que ele quer com essas perguntas? - Pois bem, você nasceu mesmo para ficar sozinho Nilliam. Igual como está agora...isso me agrada tanto.

- Ahg! O que deu em mim de aceitar em lhe buscar? - Falei respirando fundo e tentando manter a calma. Voltei a olhar para frente, até que vejo que lá estava um outro carro. Era dela...da doutora...a tia do Taehyung.
Fui saindo do carro junto com o Yoongi. A doutora foi aparecendo, caminhando até nós.

- Olá rapazes, espero que estejam tão felizes quanto eu estou! - Franzi o cenho, junto cruzei meus braços. - Devem ter escutado as notícias.

- Em que ainda existem resquícios do meteoro por aí que está trazendo as reações antigas do pessoal? Sim, escutei. - Falei.

- E que o tal do S/n parece que nem sabe o que fazer e só fica prometendo que nada vai voltar, porque ele não vai deixar? - Yoongi completou. - Eu também escutei.

- Que bom que estão atualizados rapazes. Pois temos muito o que fazer!

- Tipo? - Perguntei.

- Bom, como vocês já devem prever, estou tentando encontrar esses resquícios deixados, juntamente com a minha equipe. Porém, não me sinto ainda confiante em relação ao S/n. - A doutora disse.

- É só um garoto brincando de ser governador.- Yoongi comentou.

- Sim, mas é um garoto que conseguiu destruir o antigo governo.

- Mas ele não destruiu sozinho. - Falei.

- Exatamente, ele tem uma equipe. Por isso temos que ficar de olho em todos da equipe! - Ela falou com um sorriso em seu rosto.

- Está sugerindo o que? - Yoongi perguntou. Eu estava pensativo.

- Podemos ficar de olho na equipe se estivermos dentro da equipe...- Falei enquanto pensava alto.

- Exatamente, não é à toa que é um Larvine! - Ela falou orgulhosa.

- Então o Nilliam seria um bom ponto para se infiltrar? - Yoongi perguntou.

- Não! Se algo acontecesse de ruim, já iriam acusar o Nilliam. - A doutora foi respondendo. - Pensem rapazes, Nilliam não quer mais contato com eles e do nada volta?

- Então...temos que fazer com que alguém do grupo seja um bode expiatório. Mas quem seria? Todos ali são fies ao S/n. Se alguém traísse e fosse descoberto, todo o grupo iria se desestabilizar e enfraquecer... - Comentei.

- Você sabe muito bem quem seria extremamente fiel a você, não é Nilliam? - A doutora foi segurando no meu ombro. Por algum momento eu não consegui entender, mas logo a ficha foi caindo.

- Não, não! - Me distanciei. - Não vou fazer isso com ele!

- Pense bem meu querido. Foi ele que puxou o gatilho contra seu pai...- Meus olhos se arregalaram quando eu lembrei daquele dia...quando a pessoa que eu amava atirou contra meu próprio pai, com meu pai cuspindo sangue na minha frente. Taehyung pediu para que os outros continuassem com tudo, enquanto meu pai morria em meus braços...ele não fez nada...- Nenhum deles se importou com seu pai morrendo, nenhum deles foram te ajudar enquanto você implorava por ajuda Nilliam...Porque você deveria pensar neles agora? Porque? - Meu punho fechou de raiva e ódio...

Eles...

Eles eram os culpados...

Ela tinha razão...

Meu pai morreu por culpa deles.

POLICROMIA - BL - FANBOY (BTS +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora