Capítulo 4: Dominic Rossi

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A preocupação de Vittorio, um dos meus braços direitos e responsável por esquematizar todos os nossos planos antes de ser enviado para mim, não fez nada para me fazer afastar os olhos da mulata que dança livremente a nossa frente de maneira sensual. Seu corpo cor de chocolate está aguçando a minha imaginação mas mesmo assim não consigo disfarçar esse incômodo no meu interior, a sedosidade e o brilho que vejo na pele da mulher não me atrai tanto quanto a responsável pelos meus pensamentos mais perturbadores.

Com o copo cheio em minhas mãos, eu o virei e deixei que o líquido forte esquentasse a minha garganta e trouxesse calor por todos o meu corpo. Arrasto meus olhos até Vittorio e em seus olhos ainda vejo a mesma preocupação de um minuto atrás, a maneira como franze o cenho e não consegue se concentrar em absolutamente nada o entrega.

— Você é a única pessoa com mais de vinte milhões na conta que leva a vida de uma forma tão preocupante, Vittorio.

— Nem tudo é resolvido com dinheiro.

— Que merda não pode ser resolvido com quem tem mais de vinte milhões em conta? Porra cara, vai foder alguém e tira dessa expressão da sua cara.

— Martina não conseguiu contato com os clientes Dom, você se lembra disso? Apenas um ficou de entrar em contato para fechar o investimento mas até agora nada e você acha que não tem com o que eu me preocupar?

Precisei rir da sua maneira de expressar a sua insatisfação visível com a falta dos clientes, mas não sabe ele que em breve vou pensar em uma solução pra isso.

— Já pedi pra não se preocupar com isso.

— Impossível.

Observo de soslaio a aproximação de Xavier e Teixeira, os dois são responsáveis pela minha segurança pessoal e mesmo que eu esteja nessa momento dentro de uma boate noturna e em uma área privativa eles vão está ao meu lado.

— Chefe, com licença. — Olho para Xavier, ele se aproxima e diz próximo ao meu ouvido o que deseja me informar

— Martina deseja subir.

Precisei rir do que ouço, confesso que o motivo do meu bom humor vem do álcool que estou tomando, normalmente não costumo ser tão extrovertido como estou hoje e pra ser sincero, o que Martina iria querer fazer em uma boate onde mulheres circulam seminuas em busca de uma boa gorjeta.

— Diga a ela que aqui não é lugar para mulheres. — Peço de bom humor, Xavier se afasta.

Olho mais uma vez para Vittorio e o seu estado de inquietação me faz querer jogar uma puta no seus braços e pagar para que ela seja capaz de relaxa-lo um pouco, sei que a maior parte do seu incomodo vem do meu estado de bom humor.

Ele sabe que só estou de boa com a vida hoje porque a nossa última missão foi um sucesso, mas normalmente quando estamos em clima de realizar outra missão meu estado de espírito é completamente diferente, e por hora ele pensa que se não entregar o que desejo no tempo que preciso irei me aborrecer com ele.

O que de fato ele está certo, mas hoje não é um dia pra pensar no futuro.

Sentindo o mal humor do meu amigo me incomodar me coloco de pé, me dirijo em direção a mulata que dança livremente apenas com uma fina calcinha e caminho até o palco, seu olhar encontra o meu muito antes de eu me aproximar e parar ao lado do palco, solicito que pegue em minha mão e quando o faz a guio para o andar debaixo e faço que se aproxime.

Afasto seus cabelos cheios do seu ouvido e sussuro próximo a sua orelha.

— Se ajoelha e faça meu amigo feliz.

Roubando seu coração: Banquista & Criminoso Onde histórias criam vida. Descubra agora