O arrepio que senti na pele ao entrar naquela sala foi o primeiro sinal de que eu não iria me acostumar tão cedo a esta de volta a minha rotina no banco, apesar de ser um ambiente novo e totalmente diferente do anterior que eu estava trabalhando eu sinto receio, receio porquê eu sei que está aqui me deixa exposta a qualquer outro tipo de situação que possa comprometer a minha vida.
E convenhamos que eu sempre fui cuzona para muitas coisas, desde a época da escola eu não levantava a cabeça pra ninguém por simplesmente ter pavor em enfrentar as pessoas que teriam coragem de vir pra cima de mim, quando eu não teria coragem para me proteger.
Contei os segundos que meus saltos ecoaram por aquela sala ao caminhar até a mesa que passaria a ser minha. Está tudo estranho, não é o meu antigo escritório e jamais iria ser e eu confesso que apesar desse novo local de trabalho não ter o Sebastian algo me diz que seria um pouco pior.
Mas eu posso recusar? Com certeza não.
Não existe escolhas, tenho contas a serem pagas e eu preciso permanecer a onde a minha superior me enviou e eu devo agradecer por ser um local reservado e bem distante das outras pessoas, assim posso permanecer na minha bolha realizando o que eu sei fazer de melhor: administrar os meus clientes milionários.
A Laura de agora não poderia dar pra trás, apesar do medo ter triplicado e as chances de um atentado nesse banco ser bem mais perigoso devido o tamanho da torre ser consideravelmente maior do que a do prédio que foi destruído.
Me acomodo na minha cadeira e abro o notebook para que eu possa transferir tudo pra esse sistema, mas antes pouso o meu copo com café, que não é mais capuccino devido ao trauma que senti, e jogo uma pouquinho do meu pozinho para amenizar dores gástricas para que eu possa trabalhar nas próximas horas sem me preocupar com a minha gastrite nervosa.
Apoio minhas mãos na mesa e arrumo cada um dos objetos na mesa em seus lugares, posiciono o porta-canetas em uma distância boa do meu braço e deixo a garrafa de água longe da pasta que tenho aberta a minha direita, quando tudo parece devidamente organizado abro o notebook e agarro o mouse, mas antes que possa acessar a página inicial alguém entra abruptamente na minha sala.
— Por que você está sentada?
A mulher de um metro e setenta está me olhando com a pior cara do mundo, imediatamente me coloco de pé e a encaro, ela me olha com as sobrancelhas grossas arqueadas e parece aborrecida por eu ainda está a onde estou.
— A reunião começa em dois minutos, e ao menos que você tenha um elevador privativo na sua sala você deve me acompanha agora.
Reunião? De que merda essa mulher está falando? E afinal quem ela é?
Agarro meu tablet e a sigo para fora da sala, depois dela me dar as costas sem me deixar falar absolutamente nada.
— Que reunião? Do que está falando? É o meu primeiro dia.
— É o seu primeiro dia nesta empresa, não nesse cargo que ocupa, então antes mesmo de vir pra cá você já deveria ter dado uma olhada no seu e-mail e entendido a pauta da reunião de hoje. — Apresso meus passos em cima do salto para que possa a acompanhar, caminho pra dentro da caixa metálica e ela aperta o botão do andar inferior e eu abro a minha caixa de e-mail para entender do que se trata essa reunião.
A reunião basicamente iria falar a respeito dos últimos clientes que fecharam suas contas conosco depois do atentado que sofremos no outro banco, muitas contas foram zeradas devido o assalto que prejudicou grande parte das ações da empresa, não duvido nada que a missão impossível que eles queiram da gente é que a gente recupere a conta de volta.
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Roubando seu coração: Banquista & Criminoso
RomancePersonagem possessivo • Síndrome de Estocolmo • Convivência forçada • Único livro Laura Castelanni é uma banquista com a vida estagnada onde a sua maior preocupação do final de semana é saber se a sua irmã mais velha, e única parente viva, irá cons...