Amor em Oito Segundos

🩺 capítulo 1 🐂

Capítulo reescrito!

Vou estabelecer esta meta pequena por enquanto: 67 comentários para ter os próximos capítulos, ok?

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🩺🐂

Jungkook

O mundo me vê como um homem de poucas palavras, um alfa que impõe respeito e medo com um simples olhar. Porém, sob a superfície deste ex-astro do rodeio, existem camadas que ninguém ousa explorar.

Abandonei uma carreira promissora nos rodeios para cuidar do meu filho. Admito que cometi algumas tolices na juventude.

Nos últimos anos, tenho me saído bem, devo dizer. O tempo que passei montando touros enfurecidos me rendeu uma quantia considerável de dinheiro.

Contudo, o sonho de voltar às arenas do rodeio ainda persiste. Era o tipo de vida que eu adorava.

Infelizmente, não tenho sido um bom pai. Desde que minha esposa nos deixou, meu filho parou de falar. Busquei refúgio no trabalho, na bebida e nas tarefas da fazenda. Nesse processo, acabei me esquecendo de estar presente para o meu menino.

Estou parado do lado de fora do quarto do meu filho. Ele escolheu ficar com o médico em vez de mim, o que, para ser sincero, não me incomoda tanto. Reconheço que me irrito quando ele chora ou quando algo me perturba. Infelizmente, acabei discutindo com o Dr. Park mais uma vez.

O Dr. Park explicou que meu filho parou de falar devido ao trauma causado pela partida da mãe. Isso o levou a um estado de mutismo seletivo — uma condição psicológica em que a pessoa, mesmo tendo capacidade física para falar, torna-se incapaz de se expressar verbalmente em certas situações ou ambientes.

O médico e eu tivemos uma discussão quando mencionei que não precisava mais de sua ajuda. Ele já havia feito muito, e sou extremamente grato por ter salvado a vida do meu filho. Admito que fui um pouco rude, mas me desculpei em seguida. Mesmo assim, ele se irritou comigo e me pediu para sair do quarto.

Há algo no Dr. Park que realmente me intriga: seu olhar. É semelhante ao meu — o olhar de alguém marcado pela vida. Ele sorri, mas seus olhos... ah, os olhos não mentem. Revelam uma dor profunda. Tanto ele quanto eu fomos moldados pelas adversidades do tempo.

Devo admitir, ele realmente chama a atenção por sua beleza e jeito carinhoso com todos. Mais cedo, vi-o interagindo com crianças no corredor do hospital, cantando e dançando, o que me tocou profundamente. Todos aqui só têm elogios para ele, descrevendo-o como um amor de pessoa, fofo e até mesmo um herói. No entanto, fico me perguntando quem poderia ter machucado alguém tão especial, especialmente ao notar a impressionante variedade de remédios que ele precisa tomar de uma só vez.

Isso despertou minha curiosidade: por que ele toma tantos remédios se aparenta ser tão saudável?

Ao longo deste mês, Minho tem se apegado cada vez mais ao Doutor Park. Hoje ele receberá alta, e já posso prever o quanto vai chorar.

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Meu filho fez uma birra enorme para não deixar o Dr. Park; ele simplesmente se recusava a ir embora. Agora que recebeu alta, precisamos retornar à fazenda, onde tenho trabalho pendente. No caminho, ele chora silenciosamente, olhos fixos na rua que passa.

— Quando chegarmos lá, que tal irmos ver os bois com o Papai? Soube que tem um bezerro novo por lá. Se quiser, ele pode ser seu - falei, olhando para ele na expectativa de uma resposta. Mas ele apenas fechou os olhos e me ignorou.