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Memórias poderiam ser confusas

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Memórias poderiam ser confusas.

Principalmente aquelas que você não lembra que as tem.

Elas sempre vinham embaçadas ou vinham de uma forma que fazia sua cabeça doer.

Depois de ter conseguido matar a criatura que ainda se debatia sob a ponta de um lona que estava mau colocada,Harry avistou uma carruagem bem desgastada enquanto limpava o sangue que escorria por sua bochecha.

Estranhando aquela carruagem por aparecer de repente, ele caminhou até ela forçando sua porta que estava emperrada.

Entrando,ele se surpreendeu ao não estar dentro de um interior desgastado de um veículo antigo e sim em uma casa muito familiar porém estranha para si.

Havia brinquedos de criança espalhados pelo chão e o cheiro de bolo estava presente por toda a casa fazendo algo se remexer dentro de si.

Aquilo não lhe era estranho.

Uma risada infantil ecoou por seus ouvidos e pode ouvir passinhos apressados vindo do corredor.

"Mamãe!Mamãe!" Exclamou a voz infantil.

Harry pode ver uma cabeleira negra igual a sua correr em direção ao que parecia ser a cozinha.

Acompanhando a criança, ele arregalou os olhos ao que se encontrou em uma quarto arrumado porém não era de criança.

"Harry você precisa ler esse livro,é muito bom!" Exclamou uma voz não muito estranha para si.

"Não tenho interesse nos seus livros de romance." Disse sua voz aparentemente concentrada em algo muito barulhento.

"Então eu faço uma aposta." Disse a voz.

"Que tipo de aposta?" Questionou sua voz.

"Se você não ler esse livro,terá que comer cebola com chantilly!" Exclamou a voz  confiante.

"Eca!" Exclamou sua voz." Quem comeria isso?"

"Ninguém,por isso a aposta!" Exclamou a outra voz.

Harry franziu o cenho com isso.

Aquela situação era muito familiar para si,mas não se recordava dela.

A risada infantil ecoou novamente o fazendo virar a cabeça rapidamente e o canário mudou para um parque com várias crianças brincando.

"Olha mamãe o que pousou em mim!"

Harry observou a criança se aproximar de um casal onde visualizou um cabelo ruiva.

"Uma borboleta azul querido?"

"Sim! Olha como ela é linda mamãe!"

Harry forçou sua visão para ver melhor,mas tudo estava embaçado e só conseguia ouvir as vozes da família.

Livro 2: Nas mãos do Demônio. Onde histórias criam vida. Descubra agora