Entardecer da noite.

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Conforme o tempo passava e o dia se aproximava do entardecer, eu começava a me sentir estranha. Não me sentia bem; era como se o mundo desabasse sobre mim, pressionando-me contra minha própria vida. Quando chegava a calada da madrugada, eu só conseguia pensar se conseguiria enfrentar o próximo dia. Sentia-me completamente perdida e desesperada, com o coração batendo forte no peito e a falta de ar começando a se agravar. O medo de não acordar no outro dia para dizer "Te amo, mãe" dilacerava-me por dentro. Não era o fato da minha morte que me afligia, mas sim como minha querida mãe lidaria com isso. Não suporto a ideia de vê-la, que tanto batalhou para me criar, em profundo choro e desespero.

O fato é que ainda não contei a ela, e nem sei como ou quando contar, ou se preciso contar. Pretendo aguardar mais alguns dias para me fortalecer, de modo que possa transmitir segurança à minha família e tentar mostrar-lhes que estou lidando com a situação (embora não seja verdade). De alguma forma, é necessário. Talvez esperar por um momento certo nunca aconteça, mas adiar só aumentará minha ansiedade. Ainda estou ponderando sobre o que farei.

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⏰ Última atualização: Mar 21 ⏰

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