𝐏𝐔𝐋𝐆𝐀𝐒
05 ᴅᴇ ɴᴏᴠᴇᴍʙʀᴏ ᴅᴇ 2011, 19:00
Lᴏs AɴɢᴇʟᴇsLᴀᴜʀᴇɴ:
𝕬 voz fina e levemente incomoda de Hannah passara por meus ouvidos, deixando-me cada vez mais desesperada, enquanto eu tentava - falhamente - tirar as pulgas de Lina, Hannah falava em alto e bom som o quão minha cachorra era nojenta, não lhe dei ouvidos, estava mais concentrada em tentar deixar minha labradora gigante com seus 30 quilos quieta, tenho que confessar, era uma tarefa bem difícil.
- Tire essa cachorra pulguenta de perto de mim Lauren, ou eu mesma irei tirar ! - a voz irritantemente fina de Hannah deixava Lina ainda mais agitada.
- Fique quieta Hannah... - soltei um longo suspiro, virando minha cabeça para trás, tendo a vista da mulher de cabelos pretos e olhos tão azuis, que quase ficavam transparentes - Terei que levá-la em uma veterinária o mais rápido possível, ela está infestada. - Levantei-me do chão, deixando Lina se coçando de uma forma bruta, conseguia até ver seus pelos voando.
- Leve-a logo, pelo menos estará longe, e não me passará essas pulgas asquerosas - Saiu em direção ao quarto, retocando pela décima vez sua maquiagem. Acho que em 24 anos de vida, nunca vira alguém passar tanto batom e blush.
Haviam diversas malas e caixas espalhadas pela casa, dificultando gradativamente nossa passagem, ainda mais tendo uma grande e hiperativa cachorra dentro de casa.
- Vamos Lina, vamos sair de perto dessa chata... - Lina latiu como se tivessem entendendo tudo que eu falei, peguei sua coleira que estava apoiada em uma das tantas caixas de mudança.
Após um pequeno desafio de colocá-la dentro do carro, e deixá-la quieta no banco de trás, partimos em busca do pet shopping mais próximo, o que seria difícil, já que eu não conhecia nada do local.
- Fique calma boco, já, já você estará livre dessas coisas, e espero que aprenda a nunca mais entrar em um matagal e depois se jogar em poças gigantescas de lama. - Falei enquanto lhe encarava pelo retrovisor, Lina me encarou enquanto se coçava desesperada, seus olhos brilhavam, quase me pedindo socorro - Tenho que dizer... bem feito - lhe dei uma risada e voltei a prestar atenção na estrada.
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Quando finalmente achei uma veterinária - tive que recorrer a uma ligação para a tia distante que não vai a bons anos - Lina não demorou a ser atendida, mesmo que tenha ficado agitada ao ver os diversos tipos de cachorros. A veterinária que descobri se chamar Suzan, informou que seria melhor deixá-la lá até o dia seguinte, pois minha cachorra estava bem suja, e ainda precisaria ser examinada por conta das pulgas. Não pensei em negar, apenas perguntei quanto custaria, e quais seriam os tratamentos feitos, após pegar todas as informações, me retirei, deixando uma Lina feliz por tamanha atenção que estava prestes a receber.
Quando cheguei em casa, não encontrei Hannah, liguei para seu telefone, mas não obtive nenhuma resposta, então, aproveitei a paz que não saberia quando teria novamente, e liguei em um rádio qualquer, começando a desempacotar as caixas. Eu sabia que se dependesse da minha namorada, elas nunca seriam abertas.
Quando já era entorno de 1:00 da manhã, me encontrava exata, minhas costas doía como nunca, perdi a conta das inúmeras vezes que desci e subi as escadas com caixas pesadas - a maioria carregava coisas de Hannah -.
Hannah ainda não havia voltado, e todas as minhas ligações direcionadas a ela, caiam na caixa postal, eu já estava preocupada, ainda mais por saber que nenhuma de nós duas conhecíamos nada daqui.
Suspirei profundamente e andei em direção ao meu quarto, necessitando de um banho, deixaria Hannah de lado um pouco, ela era adulta. Abaixei minha cabeça, deixando com que a água morna batesse contra minha nuca, meus ombros relaxaram imediatamente, mas isso não durara por tempo o suficiente, o toque de meu telefone pode ser escutado, mesmo ele estando no quarto, imediatamente me enrolei com a toalha, imaginando ser Mavie. E era, bom, não exatamente.
- Alô? Olá, você é a namorada da Hannah ? - uma voz feminina, levemente embolada, passou pela linha telefônica, fiquei imediatamente alerta, apesar de saber que existem muitas "Hannah's" no mundo, seria muita conhecidencia, e tive certeza de que era a minha Hannah quando ouvi uma risada abestalhada dela.
- Quem está falando? - enquanto falava, caminhei até o armário - que ainda estava desarrumado - em busca de roupas.
- Olha... ela está aqui comigo, digamos que... bem louca, ela bebeu para caramba, você pode vir buscá-la, não quero ser babá por muito tempo - seu tom saiu impaciente, ao longe, podia escutar uma música relativamente alta.
- Eu... Eu estou indo, você pode me dizer onde está? - desci as escadas de forma rápida, pegando um sobretudo qualquer que estava jogado no sofá, já indo em direção ao meu carro.
Depois dela me dizer onde ficava o local, dirigi rapidamente - de forma segura, e dentro da lei, claro até lá. Era uma casa, de algum empresário rico, ficava em Hollywood, não era tão perto.
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Quando cheguei, tive a visão de uma grande, ou melhor dizendo, enorme, casa, ela era branca, coberta por diversas janelas, que agora mostravam a gigantesca quantidade de pessoas que estavam lá fora, rezei para todos os deuses possíveis para que Hannah e a garota sem nome estivessem me esperando ao lado de fora.
Sim, elas estavam, percebi isso ao avistar Hannah ajoelhada na grama colocando tudo para fora, enquanto uma garota com longos cabelos castanhos segurava seus cabelos. Revirei meus olhos e fui em sua direção após trancar o carro.
- Hey, Hannah, por que você está aqui ? - perguntei irritada ao chegar próximo, era necessário deixar minha voz alta, já que a música estava em um volume extremo.
- Amor, você veio! - abriu um sorriso enquanto levantava cambaleando até mim, seus lábios sujos de vômito encostaram em uma de minhas bochechas, franzi meu rosto me afastando, logo deixando um bico chateado em seus lábios. Não me importei, ela não lembraria disso ao amanhecer mesmo.
- Vamos logo, eu quero dormir e você não está facilitando - depois de falar isso, lembrei da presença da mulher que ajudara minha namorada, então logo me virei para ver se ela ainda estaria ali - Olá, obrigada por ter cuidado dela até eu chegar.
- Tudo bem... bom, como já me certifiquei que você é realmente namorada dela e não irá matá-la, eu já posso ir, lhe desejo sorte para cuidar dela - e não esperou resposta, apenas caminhou em direção à enorme casa, balançando seus quadris no ritmo da música. Um resmungo de Hannah chamou minha atenção, então logo voltei a agir, e levei ela para o carro.
Fiquei até as 3 e meia da madrugada cuidando dela.
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𝐓𝐇𝐑𝐎𝐔𝐆𝐇 𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐘 | 𝐂𝐚𝐦𝐫𝐞𝐧 ( EM PAUSA)
RomanceCamila vai até o pet shopping novo de sua cidade - Los Angeles - buscar sua cachorra que havia deixado na manhã anterior para que fossem feitos os seus cuidados mensais. Camila não levara Mel no antigo pet shopping, por motivos de: eles haviam a tos...