Three

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Atualmente

Eu estava com Heloísa nos braços para lá e para cá, olhando as contas da casa chegando para serem pagas. Eu não estou trabalhando, o que dificulta a minha vida em mil. Faz cinco meses que o  Diego morreu. Desde então, eu não consigo fazer nada. Coloco Heloísa no carrinho e sento no sofá, quando eu pensei que minha vida não pudesse piorar, olha aonde eu estou? Eu perdi a minha casa, pois Diego estava devendo uma grande dívida, dívida que tirou a minha casa. No momento eu estou em um quartinho no funda da casa de uma amiga.

Joguei minha cabeça para trás e comecei a pensar, como foi que eu deixei a minha vida chegar a esse ponto? Se os meus pais tivessem aqui... - uma lágrima rola em meu rosto.-

Perder o meu marido acabou com minha estrutura. Ele era o  meu único apoio. Somos apenas eu e minha filha agora. Apenas eu por ela. Eu não sabia o que fazer, eu precisava trabalhar, mas quem ia ficar com ela? A amiga que cedeu esse  quarto, vai embora para o exterior, o que será de mim e de minha filha?

Pego o meu celular e começo a ver coisas que poderiam me ajudar. Até que eu vejo um orfanato, ele ficava aqui na cidade mesmo. E se eu.... Não, para! Eu jamais abandonaria minha a filha. Ela  é tudo o que me restou. Ela é o meu bebê, eu não posso fazer isso. Mas eu não tenho opção.

Coloco o meu celular do sofá e olho pra minha filha, ela estava parecendo um bolinho com o pé na boca. Então, sem que eu perceba, lágrimas se atrevem a descer, eu estava me sentido sozinha, sem meus pais, meus amigos, meus parentes, e agora, sem o meu marido.

_ mãe.... O que eu faço? - falo com os olhos fechados.

Pego o meu celular de novo e começo a ver o orfanato. Ele parecia de alto padrão, ela estaria  melhor lá do que comigo, eu não posso sustenta-lá.

....

Duas semanas se passaram, e sim, talvez eu seja a pior mãe do mundo. Mas nesse exato momento, estou em frente ao orfanato. Eu falei com a dona pelo telefone, eu contei a minha situação. E ela disse que eu não poderia ter feito uma escolha melhor. Ela me garantiu que Heloísa ficará bem, eu perguntei a ela se eu podia visitar a Heloísa todos os dias, ela disse que eu podia, porque aliás, Heloísa continuaria sendo minha filha, ela estará apenas em um local diferente.

Talvez as pessoas pensem que eu estou de boa com isso, mas não, eu estou muito mal, ter que deixar o meu bebê em um orfanato, por falta de condições para criá-la, acaba comigo.

......

Eu entro no orfanato e vou na recepção.

_olá, bom dia. Me chamo Talita Martins, e eu vir conversar com a senhora Pietra.

_ ah, sim. Ela está lhe esperando no escritório, vá por ali e vire à direita, é a primeira sala. - ela aponta -

_ ok, muito obrigada.

_ por nada.

Sigo as instruções da recepcionista e chego no escritório, bato duas vezes e escuto um "entre".
Assim faço.

_ bom dia, Talita. É muito bom ver você pessoalmente.

_ bom dia! Digo o mesmo pra senhora.

_ senhora, não. Por favor! - ela fala sorrindo -

_ bom, Talita. Eu vi o seu caso. É bem delicado. - eu confirmo com a cabeça -

_ você trouxe os documentos que eu pedi?

_ sim, sim. Aqui está. - entrego pra ela-

_ hum. Quando nós aceitamos crianças aqui no orfanato raio de luz. Eu sempre falo isso para os pais. Se ela for adotada por outro casal, você não pode reclamar. " ah, Pietra. Mas e se o casal tratar ela mal?" Eu sou uma pessoa muito responsável, sabe, Talita? Essa instituição existe a 30 anos. Eu tomo muito cuidado em relação a esses detalhes. Eu averiguo muito bem a vida dos meus clientes,  e acompanho de perto, exatamente tudo. Eu jamais, jamais, deixaria algo acontecer com qualquer criança que aqui nesse orfanato está. Entende?

_ sim. Com certeza. Eu já ouvir as pessoas falarem muito bem desse orfanato.

_ bom, enquanto a sua criança, não se preocupe, nada acontecerá sem você saber,viu?

_  para ela não perder as regularidades do orfanato, amanhã ela já começa, ok?

_ ok. - falo cabisbaixa -

Ela me acompanha até a saída do orfanato.

.....

Você e euOnde histórias criam vida. Descubra agora