Prólogo

23 2 0
                                    

Rua da Fiação, 12, Sábado, 24 de Dezembro de 2005, 6:00 A.M, Casa da Família Snape.

Normalmente, naquele horário,daquele mesmo dia, só que em anos anteriores, a senhora Aretha Snape já estaria de pé cozinhando o café da manhã de véspera natalina,para que assim, seus dois filhos e marido acordassem com a mesa já posta. Mas algo incomum estava acontecendo, algo raro e incomum, para ser mais exato.

Naquela manhã especial da véspera de Natal, o professor Severus havia decidido que teria algumas horas de sexo com sua amada esposa. A reação da senhora Aretha Snape ao notar que o marido tentava tocar-lhe as pernas, havia sido a mais inusitada possível.

- Ora, Severus... Não nos tocamos desta maneira há tanto tempo, que lamento em lhe informar que eu não me lembro mais como é fazer isso aí que você está tentando fazer - Rebateu Aretha enquanto tentava se afastar dos toques sexuais  de seu marido.

A senhora Snape possuía uma bela aparência. Os seus olhos amendoados com cor de chocolate, faziam com que Severus fizesse todas as vontades da mulher. Já os seus quadris largos, coxas grossas, seios e glúteos fartos, faziam com que Severus morresse de ciúmes da mulher, quando pensava que todos os homens do mundo poderiam desejar a sua " Retha".

Severus Snape não era o homem com a libido mais alta do mundo, mas isso porque o mesmo passava muito tempo longe de casa. E quando estava em casa, buscava ficar mais reservado em seu escritório ou em sua biblioteca.

Mas algo havia mudado naquela manhã. Aretha não sabia, mas Severus havia ouvido a sua conversa com sua melhor amiga, Rosalie Timber. As duas mulheres eram comadres, amigas e confidentes. Por isso, na madrugada do dia anterior, após sair tarde de seu escritório, Severus ouviu a conversa de sua esposa com Rosalie.

As duas mulheres estavam sentadas na sala de estar, Angélique e John já estavam em seus respectivos quartos adormecidos. Então, as mulheres se sentiram a vontade para compartilhar algumas de suas fantasias sexuais e condições íntimas.

— Meu marido não me toca há uns sete meses, " Ross". Mas as vezes eu me pego pensando em como seria se o Severus fosse menos ... Calculista, fechado e ranzinza. Acho que a minha vontade de me divorciar dele diminuiria. Mas isso é uma utopia, confesso que já pensei no divórcio algumas vezes — Comentou Aretha enquanto fumava um cigarro com o auxílio de uma piteira negra.

Rosalie, a amiga, comadres, confidente e convidada, então abriu um sorriso brincalhão e rebateu:

— Conheço no mínimo umas cinco pessoas que gostariam de dividir a cama com você, "Retha".

Para o alívio de Severus, sua esposa se pronunciou de uma forma que o fez suspirar aliviado. Ele definitivamente não imaginaria uma vida sem sua mulher.

— Mas ... Ainda sinto amor por Severus, eu fui capaz de ama-lo em uma época em que era algo raro as pessoas se amarem. Todos queriam ter muito sexo com muitas pessoas, mas Severus era um jovem centrado. Ele me dava flores, escrevia cartas e eu lembro que nós nos beijávamos bastante. Nosso sexo era incrível, ele sabia me tocar como ninguém ... Ele me fazia sentir amada e desejada. Por isso, não sou capaz de dividir a cama com outras pessoas.

Depois de ouvir a fala de sua esposa, o homem entrou na sala já dizendo com um tom sério.

— Olá, Rosalie. Como vai?. Aretha, vem deitar ... Amanhã temos que aprontar os presentes das crianças.

Com isso, as duas amigas se despediram.

Já na cama, Severus tomou um banho bem tomado, vestiu seu pijama negro e foi para cama. Aretha já havia tomado banho antes, por isso, apenas havia colocado sua camisola negra de cetim.

Tudo estava apagado, então Severus aproveitou para se encaixar entre as pernas da esposa e lhe dar um beijo longo nos lábios. Severus pensou em tentar tocar o corpo de sua mulher de forma erógena, mas a mesma começou a chorar ainda no meio do beijo. Por isso, Severus afastou-se e se deitou ao seu lado.

— O que ? Por que está chorando? — Perguntou o marido de forma preocupada.

A mulher então se justificou:

— Você não me beija há tanto tempo ... Pensei que não gostasse mais de fazer, ou que não me amasse como antes.

Severus não falou nada, apenas puxou a mulher para perto e lhe acariciou os cabelos até que a mesma dormisse.

Pela manhã, as mãos pálidas e macias do professor de poções não desistiram após terem falhado miseravelmente na primeira tentativa. Não satisfeitas, as mesmas retiraram a peça íntima inferior da senhora Snape, sem se importar com a camisola de cetim negra que a mesma usava.

Aretha controlou a sua respiração, afinal, ela queria ver aonde aquilo ia parar. Ela fechou os olhos devagar, mas logo os abriu rapidamente ao sentir os lábios de seu marido em sua intimidade, já começando a ficar naturalmente úmida. As piadinhas mentais de Aretha, sobre o fato de seu "marido de libido rara" estar lhe tocando na vagina não paravam de se formar em sua mente.

- Ó, Severus... Você continua ótimo nisso - Murmurou a esposa com a sua habitual voz suave, o que deixava Severus todo derretido.

O senhor Severus Snape nunca disfarçou o seu amor por sua amada Aretha. Ele vivia discutindo com ela, afinal, os dois possuíam personalidade forte. Mas o homem era capaz de amaldiçoar qualquer um que fizesse mal a sua mulher.

- Mostre-me como você é uma boa garota - Murmurou Severus após despejar um tapa no traseiro de sua amada.

Após terem uma manhã agitada, o casal resolveu tomar um banho morno de banheira. Severus já estava desnudo dentro da banheira de porcelana cinza do banheiro do quarto do casal, o homem tinha as suas pernas posicionadas para que sua esposa se encaixasse entre as mesmas e repousasse sua cabeça em seu peito. Mas Aretha pareceu desconfortável com aquilo, e resolveu se manifestar.

- Príncipe, eu não quero te machucar... Sou muito pesada - Murmurou Aretha receosa.

Severus sabia da insegurança de sua esposa quanto ao seu peso. Aretha nunca havia sido uma mulher muito magra, na verdade, o seu corpo costumava ser curvilíneo. Nem gorda e nem magra. Mas após ter filhos, os quadris da mulher ficaram mais largos, os seus seios aumentaram e a sua barriga aumentou um pouco. Algo normal, afinal, ela havia sido mãe.

- Mais fácil eu retornar à cama para lhe machucar do que você me machucar. Ande logo, tome um banho relaxante comigo antes que os nossos filhos insolentes despertem e comecem a nos procurar - Disse Severus sem muita paciência.

A mulher adentrou a banheira e se ajeitou ao peito do marido. Severus então abraçou a sua amada por trás e despejou um beijinho em seu ombro, ele queria lhe dizer muitas coisas bonitas, como por exemplo, elogiar a sua beleza, agradecer por ela tê-lo escolhido como marido, por ter lhe dado filhos maravilhosos e por ser uma esposa perfeita para ele. Mas ao invés disso, o homem apenas murmurou:

- Acéfala.

Aretha apenas suspirou e rebateu:

- Eu também te amo, príncipe.

A Família SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora