véspera de natal

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Os ovos mexidos da mamãe Snape e o café preto do papai Snape eram os melhores do mundo segundo Angélique Snape. Seus olhos se fechavam instantaneamente enquanto a menina degustava o desjejum preparado pelos pais. Mas a Angélique não estava comendo tanto quanto costumava comer nas últimas férias, já que agora estava focada em "ter um corpo de bailarina clássica".

Nos últimos tempos, o ballet havia sido o refúgio da menina. Enquanto dançava, os problemas da menina pareciam não existir. A pressão que o pai colocava na mesma; as cobranças; a pressão estética e a ausência de amor próprio. Tudo isso, virava pó quando ela calçava as suas sapatilhas de ponta.

Ao notar os pensamentos distantes da jovem Angélique, a voz doce e calma de Aretha se propagou pela cozinha da casa.

" Não está do seu agrado, Angélique? ... Está comendo tão pouco, quer que a mamãe faça outra coisa?" - Peguntou a mãe.

A filha então saiu de seus pensamentos e respondeu delicadamente enquanto recebia o olhar carinhoso e cuidadoso de sua amada mãe.

" Está ótimo, mamãe. Não precisa se preocupar"

Ainda preocupada com a sua menina, a matriarca olhou na direção de seu marido, na esperança que o mesmo se manifestasse, mas Severus não o fez. Na verdade, o mestre de poções não era a pessoa mais sensível quando se tratava desses assuntos, pois ele não entendia bem como funcionava a mente de uma menina de quatorze anos. Quando se tratava de dar afeto a sua filha, o homem fazia um insulto e lhe dava uma paçoca, pois era o seu doce preferido.

Ao notar o silêncio, pela primeira vez,naquela manhã, o jovem John se manifestou:

" É assim que pretende entrar para o Ballet Bruxo de Hogwarts? No primeiro giro que você der, vai cair que nem um pedaço de bosta no chão, pirralha. E se quer conquistar o Patrick, saiba que ele gosta de meninas mais ... Curvilíneas"

Ao ouvir o nome de Patrick, o capitão do time de quadribol da Grifinoria, Severus pigarreou incomodado e indagou com o seu tom de professor.

" Tsc tsc ! Você é uma criança, não tem nem seios ainda. Não vai se arrumar para nenhum garoto, muito menos o senhor Patrick Mouvais. Aquele menino é um asqueroso que não consegue manter o zíper de suas calças fechado, não quero que ele corrompa você. Você deve focar nos seus estudos e parar com esses desejos libertinos. Caso contrário, tenho certeza que a madame Maxime ficará muito contente em lhe dar uma vaga em Beauxbatons"

E então, Angélique arregalou os olhos para seu pai, ela estava desesperada. Por esse motivo, o grito da menina foi ouvido até de fora da casa:

" Para de me ameaçar e controlar, o senhor é meu pai, não é meu dono! " — Berrou a menina.

Severus sorriu com desdém, algo como uma risada pelo nariz. Ele queria lhe dar algumas palmadas ali mesmo. A sua mente pensava tão rápido, que ele conseguia calcular o passo a passo de como ele deixaria o traseiro de sua filha de estatura pequena marcado com a sua mão. Primeiro ele empurraria a própria cadeira para trás, depois puxaria a menina que estava sentada ao seu lado na mesa para seu colo, e por fim, levantaria o seu vestido de florzinhas coloridas e dispararia vinte palmadas no traseiro da menina até que a mesma implorasse para parar de apanhar. Mas ao ver sua filha se levantando da mesa, o homem fechou os olhos lentamente e esperou a filha sair da cozinha. Ao ouvir o som dos passos da jovem subindo as escadas e em seguida, o som da porta sendo fechada com força no segundo andar, o homem se levantou de forma brusca.

Aretha trocou olhares com seu marido, eles se entendiam bem com olhares quando se tratava da educação dos filhos. Os olhos de Aretha pediam para que Severus tivesse mais paciência, porque afinal, Angélique era apenas uma adolescente descobrindo a sua sexualidade. Vendo isso, Severus tranquilizou sua esposa:

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