Caçar até o fim

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Eu odeio ser um caçador desde a última semana, pelo visto eu fui o único que sobreviveu a um ataque de "infectados". O governo não é tão criativo assim com nomes, mas todos os caçadores sabem que na verdade eles são humanos que ganharam poderes sobre-humanos, que nós gostamos de chamar de "demônios". Uma forma desesperada do governo de descobrir oque aconteceu na semana passada, contrataram um investigador para me interrogar, aqui estou outro dia desabafando tudo com ele.
- Eu me lembro de ter acordado num lugar escuro, sentia um cheiro de carne podre, o meu suor me lembrava que eu estava vivo, minha cabeça não parava de pensar nas carnes que se separavam na minha frente, ouvia uma voz, senti uma terrível sensação de que ele podia me salvar, um sentimento de fraquez...
- Chega Kaleo, seu depoimento já está bom por hoje, que tal começamos denovo amanhã no mesmo horário?
- Ah claro está bem. O investigador que contrataram pra ver o caso era muito ameaçador e tranquilo ao mesmo tempo. Ele tem um olhar de um assassino sem vida, mas um sorriso tão doce e uma voz grave muito confortável, com um cabelo curto preto, ele é bem alto. Na verdade acho que toda a companhia me odeia, sempre se perguntam porquê só eu sobrevivi, e me culpam por não ter conseguido ter salvo ninguém além da minha pele, afinal só o "melhor usuário de espada". A companhia se chama 𝙎𝙡𝙖𝙮𝙚𝙧 tô nela faz 4 anos já, e sempre fui chamado de o "sobrevivente". Minha família foi sequestrada por um esquadrão de "Demônios" e meu irmão mas velho que por acaso era um caçador, estava lá, com a cabeça jogada e sua lendária espada no chão que agora está no comigo, é só isso que me lembro. Gostam de me chamar também de "preto e branco", sinceramente esse foi o mais criativo de todos, me chamam assim porque eu tenho um cabelo preto com mechas brancas, ele e um cabelo médio liso que chega no ombro, até que sou bonito, olhos azuis, com sardas no rosto, pele morena, uso brinco da família com um símbolo 𝙕, sempre uso uma camisa social vermelha com um colote preto e uma calça preta com a ponta pra dentro de uma bota grande, uso uma katana na minha cintura com a bainha personalizada com muitos 𝙕, sou o único da companhia que usa esse conjunto incrível.
Entrei nesse maldito ramo pra encontrar meus pais, nunca gostei muito de caçadores desde de criança, defendia os "demonios" por conta que no final das contas são humanos que estavam lutando por sua sobrevivência, até chegarem a um ponto de se rebelarem de uma forma tão grande a 50 anos atrás que começaram a matar inocentes pela uma falsa justiça, alguns chegaram em um ponto tão crítico que adoravam matar pra mostrar superioridade aos humanos "normais", uma guerra que nunca para. Desde daquele dia meu unico objetivo e encontrar meus pais, e mostrar que sou forte o bastante pra poder salvar alguém, pra mostrar que sou mais forte que meu irmão. Por conta da última semana e com o caso dos meus pais, me chamam de o "sobrevivente", e denovo, eu não fiz nada nas duas vezes pra ter sobrevivido.
A instituição fica no centro da cidade onde é separada por um muro de 50 metros dos "não humanos" e uma metrópole bem estranha com prédios finos e bem altos mas é muito bonito elas entram dentro do solo quando escurece, para se prevenir de ataques, eu acho incrível, a instituição é diferente, é gigante mas é em largura, eles quiseram mesmo se destacar dos demais, o símbolo deles é um 𝙎₩𝙎, eu não sei o certo oque significa o "w" é o outro "s", talvez queiram ser diferentes.
Depois do depoimento eu fico esperando uma nova missão para fora dos muros, onde ironicamente fazemos a mesma coisa que eles fazem, matamos inocentes em prol da nossa justiça.
- Sr. Kaleo, o capitão está lhe esperando na sala. Disse a secretária.
- Finalmente minha vez, já tava cansado de esperar nesse banco de ferro gelado, credo.
- O Senhor senta nesse banco todo dia e só hoje decide reclamar. - É claro hoje foi o dia que não almocei. A secretária só ouve Incrédula.
A sala do capitão Gai do meu esquadrão é no final do corredor, eu me pergunto de quem foi a ideia de fazer isso! Eu chego perto da porta e ele já sentiu minha presenç..
- Pode entrar Kaleo!
Mesmo assim eu bato na porta, feito um cavalo pra variar, eu acho engraçado.
- Kaleo porque você ainda bate na porta? Se eu já mandei você entrar. Eu disse com um tom malicioso "Não sei". O capitão ficou me olhando como se eu fosse um idiota, talvez eu realmente fosse.
- Está bem está bem! Sente-se porfavor
- Claro. Sento em outro banco de ferro gelado, qual o problema deles?
- Kaleo, como você foi o único sobrevivente do massacre no distrito roxo, você subiu de cargo para o grau 1, bom você atualmente é o nosso melhor usuário de espada, por isso tenho uma missão especial pra você de rank S.
Finalmente subir de grau, subi até rápido do grau cinco para o grau dois, mas fiquei estagnado por um tempo no segundo, agora isso é perfeito!! Assim posso estar mais perto de ter liberdade para ir procurar meus pais fora dos muros. - Pode dizer capitão -
- Você dessa vez não irá para fora dos muros, ao contrário irá fazer uma missão aqui dentro da cidade. Você irá apenas proteger a sede principal do governo no leste do Distrito verde. Houve relatos de um aumento no número de infectados e precisamos garantir a segurança dos cidadãos que vivem lá.
- Proteger a sede do distrito verde? Capitão, isso não parece ser uma missão de rank S, eu estou pronto para enfrentar desafios maiores.
- Não subestime a importância de proteger nossos próprios cidadãos, Kaleo. Além disso, a situação no distrito verde está se tornando cada vez mais perigosa e precisamos de alguém confiável como você para garantir a segurança de todos.
- Entendo, capitão. Vou cumprir a missão com todo o meu empenho. Posso saber mais detalhes?
- Claro, vou te passar todas as informações necessárias e você terá todo o suporte da equipe. Confio em você, Kaleo.
- Obrigado, capitão. Farei o meu melhor para proteger o distrito verde.
Ele me olhou como se isso dependesse da minha vida, nunca me olhou tão sério, ele ja tem um rosto sério, tem um cabelo cabelo grande ruivo, com uma pinta embaixo do olho direito, ele usa uma roupa militar, junto com um casaco negro, que ele usa como uma capa, atrás tem o símbolo 𝙎₩𝙎. A cidade é dividida em cinco Distritos, vermelha, roxo, azul, verde, e o Distrito principal que é o centro da cidade onde fica a instituição protegendo.
- Capitão, parace ser mais sério do que parece, me diga a verdade e para proteger de que exatamente? Olho me direcionando pra frente da mesa dele com muitos retratos da filha dele, e uma katana gigante em cima da mesa.
- Tivemos uma denúncia que um esquadrão de demônios vão atacar o distrito junto com a sede amanhã de noite. Você e o esquadrão de rank S irão proteger a sede, entendido? Ele relaxa o corpo e me olha esperando uma resposta.
- Entendido! Eu não acho que vai ser fácil, ainda por cima eu acho que o esquadrão 𝙎 me odeia. Por eu não ter conseguido salvar os parceiros deles no massacre. Depois da reunião com o capitão, me preparo para a missão no distrito verde. Apesar de não ser o desafio que esperava, sei que é meu dever como caçador garantir a segurança dos cidadãos. E quem sabe, talvez essa missão me traga mais pistas sobre o paradeiro dos meus pais.
Com a katana na cintura e determinação no olhar, saio da sala, pronto para enfrentar qualquer desafio que surgir no meu caminho. Afinal, eu sou o "sobrevivente" e farei de tudo para provar que mereço esse título. Então passo andando no corredor. - Até outro dia! Digo assenando. - Boa noite, até outro dia. Diz a secretária.
Passo da roleta com o cartão de entrada, e saio da porta de vidro automática, a entrada é cheio de janelas de vidros, peço um táxi e vou para casa, moro no norte do Distrito azul.
Chego em casa, e abro a porta com uma senha de impressão facial, uma forma de se proteger de alguém querendo invadir. A casa é bem simples, suporta um morador apenas, ela é a casa onde eu morava com meus pais. No massacre que matou meu irmão e levaram meus pais a casa foi incendiada, eu reconstrui ela, e ficou desse tamanho pequeno, deixar ela desse tamanho foi bem barato. Pego um vinho que já estava a dois dias em cima de uma mesinha de madeira na sala e me deito no sofá, toda vez que vejo um retrato dos meus pais eu tomo um gole de vinho, cada gole e amargo e doce como as lembranças. Não fui...forte... mas que falta vocês fazem, mas não...tem mas volta, como as minhas memórias, eu sinto...muito, não consegui salvar ninguém...mas irei encontrar vocês! Eu tenho certeza disso, nem que me leve a morte, vocês ficaram pelomenos a salvos...eu lembro...O demônio que levou meus pais me disse uma coisa, "Sua maldição é o coração", sonho com isso todos as noites desde daquele dia, não consegui ver a face dele, só os olhos roxos com círculos negros, sempre espero ver esses olhos nos demônios que eu mato, sempre espero ver.
Vou direto na sede, vestindo a mesma roupa que uso todos os dias, a sede e enorme, mas ela é muito diferente por dentro, fora parace um lugar moderno e tecnológico, mas dentro tem características do Japão antigo, eu subo num elevador e vou pro último andar, onde todos do esquadrão estão, é um lugar totalmente diferente, com muitos pilares seguida um do outro, e portas japonesas, brancas com listras pretas, formando espaços em salas, os pilares tem um tom amarelo mostarda e a parte de baixo e separada com a cor vermelho, as salas sempre levam ao mesmo lugar, são espalhadas pelo lugar quê é enorme, parace infinito, o chão e de madeira rústica, e o teto e negro. Esquadrão no total são quatro contando comigo.
- Você demorou seu inseto! Falou o Milan o Grau S mais agressivo.
- Você não precisa chamar ele de inseto Milan. Diz o Freiran o capitão do esquadrão S é o mais respeitado
- Hum....seu cabelo é estranho. Ele é o Solo, ele é grau S, ele é bem calado e julgador, ele é mais estranho que do que eu, tem um cabelo enorme preto, com uma carinha de criança mesmo tendo mais de 24 anos, ele tem uma aura de estar sempre avoado, mas com um olhar firme. - Acho que o importante é ter chegado vivo aqui. Eu falei tentando ser educado.
- Você é como um amuleto de sorte para nós sobrevivemos, afinal você sempre fica vivo Kaleo. Diz Freiran olhando com esperanças pra mim
- "melhor usuário de espada" veremos se é bom assim mesmo, se não for descartaremos você seu merda! Diz Milan com um rosto de raiva, ele tem um cicatriz reta no meio do resto atravessando o nariz de uma bochecha pra outra, tem um olhar de um psicopata, cabelo curto preto com uma trança na frente junto com fios brancos nele, usa um kimono na parte de cima do corpo e uma calça militar embaixo com duas espadas na cintura.
- Acho que esse título vale mais coisa pra você do que pra mim neh? Digo com um olhar malicioso - Como é seu merda?
- Opa opa! Vamos parar podemos ser atacados a qualquer momento, não vamos brigar agora. Diz Freiran.
O capitão é imponente, com um uniforme militar igual a do capitão Gai com um casaco usado como uma capa e uma espada enorme na cintura, tem uma cabelo curto castanho com um topete e um olhar muito sério com olhos pretos e uma barba raspada com uma cicatriz no olho esquerdo, ele é muito alto.
- Tudo bem, não sou muito fã de briga mesmo.
- Eu não acredito em você. Diz Solo
- Tudo bem eu não importo com isso. Digo cruzando meus braços.
- Você é forte como o seu irmão Kaleo. Diz Freiran - Você foi quem mais conheceu ele, parace que estou chegando perto do nível dele.
- Está chagando sim, já é quase um Rank S...
- Não decepcione "sobrevivente". Diz Milan
- Já não espero muito de você mesmo. Diz Solo com um olhar de desleixo.
- Faço isso por mim, não mostrar nada à vocês, mas agradeço pelas lindas palavr...
ENTÃO SÃO VOCÊS QUE IRÃO ME PARAR?
Uma presença esmagadora preencheu todo o lugar. - QUE!!? Diz Freiran sem conseguir se mexer com a pressão - Não consigo respirar direito. Diz Milan tentando soltar a espada da bainha. Um demônio de quase 2,5 metros, sentia ele olhando pra mim, estava atrás, só conseguia ver a sombra dele, e a pressão de como uma gravidade pressionando para baixo, não consigo me mexer, estou tremendo. - Humanos fracos, não conseguem nem parar de tremer. Como uma forma desesperada de sobreviver, inconscientemente me viro para trás e pulo para mw afastar dele com toda a velocidade.
- Você tem bons reflexos para uma bactéria.
Não consigo olhar nos olhos dele, é uma pressão agonizante, meu corpo está agindo por impulso.
- Humm...qual o seu nome garoto? A voz dele é forte e grossa, tento me mover de novo mais só consigo ter forças pra responder.
- Kaleo...Zograds. - Minha voz sai trêmula. - Entendo...como imaginei, você é um descendente meu.
Nesse instante pela surpresa consigo levantar a cabeça é olhar ele. - Eles possuem o mesmo sangue! Diz Freiran. - Isso explica ele ter sobrevivido até agora. Diz Solo desembanhando a espada levemente. - Milan fica calado olhando o Demônio.
- OQUE!? NUNCA!! FAZ MUITO TEMPO! EU NÃO POSSUO UMA GOTA DO SEU SANGUE! Olho nos olhos dele, são os mesmos olhos que vi na noite que levaram meus pais, olhos roxos com espirais negras, ele tem um cabelo enorme e cheio passando os ombros, usa um kimono negro e uma espada gigante na sua cintura.
- Entendo...no final você ainda é um tolo, mas como respeito irei desembainhar a espada.
A espada tinha 2 metros, era vermelha escuro, com detalhes japonês negros, o cabo e a guarda eram feitos de carne viva, tinha nervos na lâmina e emanava uma energia escura. - Me sinto lisonjeado -respondi- mas hoje você não pass-
MEU BRAÇO ESQUERDO FOI CORTADO AO MEIO! - Que merda!! Não para de sangrar, meu corpo todo tá latejand... Ele foi tão rápido quê não vi ele chegando, novamente não vejo ele, e levo um chute no peito, sou jogado a 20 metros e bato num pilar. - Aí!! Quê droga, meu peito dói, acho que quebrei umas duas costelas. Eu rasgo um pedaço da minha camisa e pressiono no meu braço pra estancar a hemorragia.
Milan vai com toda a velocidade pra cima dele, mas em um instante ele difere um ataque com a espada dele na horizontal, um raio de energia com mais de 20 metros e lançado em Milan, ele tenta se defender com a espada, mas ela é cortada ao meio, junto ao seu corpo que foi dividido em dois.
- Droga!! Milan! Diz Freiran tentando despistar a visão do Demonio. Solo se prepara pra um golpe, levanta sua espada e lança um ataque de energia parecido com o dele mais de 4 metros com a cor branca. Ele apenas apenas esquiva com a cabeça, enquanto Freiran aparece atrás com a espada carregada de energia pura, ele é mais rápido, vira e segura a espada com uma mão, e acerta um chute em Freiran, ele tenta se defender do chute mas é jogada a 7 metros e quebra 3 pilares, eu tento me levantar...
- ah!...que dor...preciso me levantar...Sinto uma dor agonizante no meu corpo todo. Um pouco mais de força, eu consigo me levantar e ir andando me apoiando nos pilares, vejo um rastro de sangue aonde fui jogado. - Um pouco mais...um pouco de força... preciso ir ajudar, não posso fracassar denovo, preciso ser forte, preciso ser mais forte que um dia você foi irmão...Vejo o corpo de Milan cortado ao meio com a sua espada, e me lembro da cabeça do meu irmão jogada no chão. Tiro minha espada da bainha, e com o pouco de força, carrego minhas pernas de energia e vou com toda a velocidade em direção ao demônio. Ele me vê chegando e defende meu ataque com a espada, temos um clash com as espadas, mas ele é mais forte e me joga pra longe, mas no mesmo instante volto e ataco novamente, dessa vez ele estava distraído, e acerto de raspão seu rosto fazendo um corte embaixo dos olhos. Solo aproveita esse instante de distração e lança um ataque de raio de energia de longe, que acerta seu ombro de raspão.
- O máximo que vocês conseguem é me acertar em raspão, sinto um desespero nos seus ataques. Ele diz com um sorriso no rosto,em seguida direciona a espada pra cima, ela cresce a mais de 4 metros, e com um movimento difere um ataque que separa todo o andar e mais três debaixo em dois, toda a laminação some, o céu brilha com a lua, realçando os olhos roxos dele, ele olha pra mim, e difere um ataque que destrói 10 pilares, eu desvio e corro em direção a ele, Freiran entende que a escuridão é uma vantagem, e corre em direção a ele, Solo prepara novamente outro ataque de energia, no mesmo instante nos dois lançamos um ataque com a espada cheia de pura energia, ele defende a minha com a espada, e a de Freiran com a mão limpa, Solo difere o ataque, com a força ele agarra a espada de Freiran e usa ele como escudo.
- Vocês são como formigas, tentando lutar contra o clima, nunca vencerão, só resta fugir ou morrer.
Como uma forma desesperada de tentar acertar ele, solto a minha espada e me jogo pra cima dele direcionando um soco, encho ele de 100% de energia do meu corpo, minha velocidade é tão rápida que por um instante esqueço da dor do meu braço e do meu corpo, chego perto sem ele perceber, quando vou acertar o soco, vejo a minha visão caindo, ela começa a ficar fosca, caio, e no chão vejo o meu corpo, longe da minha cabeça, a última coisa que vejo é a espada dele com o meu sangue...a última coisa que penso, é nos meus pais, e sinto o fracassaco como o último sentimento...eu estou morto.

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