1990. Esse foi o ano que eu nasci. Não me recordo de nenhum momento que eu realmente tenha me sentido feliz desde então...
Parece triste, mas quando se esconde isso da maioria das pessoas acaba se tornando apenas mais uma das milhares coisas guardadas dentro de um baú que se chama carinhosamente de cérebro.
Pra ser sincera, por um lado estou mentido. Acredito que como todos, a minha vida é repleta de fases, tendo altos e baixos... No momento atual estou num dos altos, mas sei que não vai demorar muito pra decair de novo.
Mas sem dúvidas um dos momentos mais altos da minha vida foi na minha infância, que inclui dois garotos praticamente iguais da Alemanha que não tinham o sobrenome tão famoso quanto tem nos dias de hoje.
Bill e Tom eram meu refúgio de toda a bagunça que meus pais faziam na minha vida, tornando eu no que eu sou hoje. Seria muita falsidade minha dizer que não gosto do que faço, porque que amo. Mas por um lado eu não tive muitas opções de escolha.
Meu nome é Maya Mayback, meio parecido com um trava línguas que por muito tempo me fez o odiado, mas um menino loiro de olhos castanhos que gentilmente me apelidou de "MayMay" me fez amá-lo por um bom tempo.
Nos dias de hoje o apelido se reduziu apenas pra "May" ou "Back", mas apenas as pessoas mais próximas me chamam assim. Mesmo que isso se refira a quase milhões...
Resumindo tudo, eu tenho uma banda. O nome? Stargirls. Presumisse que tenha só garotas, mas sinto em decepciona-lós, ou não, mas Nick faz um papel esplendido como baterista.
Apresentando meus amigos, que serão muito presentes nessa história, começamos com Maddy. Deus, essa garota é incrível... Não consigo me imaginar em um mundo em que nos não nos temos uma pra outra. Ela é minha alma gemia quando se trata de amizade. Maddy, ou Madison Parker pros mais distantes, é do mundo da mídia desde quando nasceu, por ser filha de atores muito famosos aqui de LA.
Logo depois te pois Nick Campbell, o nosso "chaveirinho", já que é o único menino e por ter o nome de chacota, já que parece apelido de cachorro. Saiu de dentro da sua mãe e já foi colocado direto em aulas de instrumentos, mas com os pais músicos, realmente não teve muita escapatória. Sem dúvida é um garoto incrível, um dos únicos homens que realmente confio de olhos fechados nesse mundo.
Por último temos Julie Moore. Não sei muito como descrevê-la, já que dos três é a que menos converso. Isso não significa que não somos amigas, muito pelo contrário, confio muito nela, apenas não... nos abrimos tanto. A família dela não é tão conhecida como as nossas, mas fizeram de tudo pra filha ter um futuro brilhante. Ela é mais da dança do que da música, mas acabou aprendendo a tocar por pura curiosidade.
Conheço essa galerinha já faz um bom tempo, no mínimo uns cinco anos. Nos encontramos por acaso em vários shows de talentos que nós, como "projetos de estrelas mirins", éramos colocados desde cedo.
Acabamos caindo com o mesmo impresario que viu muito "futuro" em nós quatro. Enfim, aqui estamos...
— Já sabem o nome do próximo álbum? — Essa era a pergunta que mais entrava pelos meus canais auditivos nos últimos dias.
— Então... não. — Nick diz sem muita importância fazendo com que eu segure a risada e Maddy revire os olhos.
— Não temos nem música, como vamos saber o nome do álbum? — A garota de pele bronzeada diz séria.
— Isso não é problema meu, avisei que quero pelo menos metade dele pronto até daqui duas semanas. Se não, já sabem o que pode acontecer. — Liam, nosso empresário e o homem mais temido por nós fala como se fôssemos quatro crianças inconsequentes.
— Não vão nos esquecer por atrasar um álbum, temos dois com quinze músicas cara pra eles ouvires por aí. — È a minha vez de rebater e receber um olhar amedrontador do homem mais velho.
— Vai mesmo botar isso em cima da mesa Mayback? Você é a que menos pode rebater algo aqui depois de seus deslizes nos últimos dias, então calada! — Engulo em seco os palavrões que estava disposta a proferir a sua pessoa, pois eu realmente não estava com benefícios nessa conversa.
— Ela não tem culpa se estamos sendo perseguidos por loucos que entrariam até dentro do nosso banheiro se deixássemos. — Maddy diz na tentativa de me defender, mas eu realmente não tinha salvação em relação a esse assunto. Afinal, ser flagrada fumando maconha sendo menor de idade não era algo muito favorável pra mim.
— Não me interessa se essas pessoas perseguem vocês, sabem muito bem que tem um imagem a zelar e que o público de vocês não pode vê-los fazendo isso! — Respiro fundo e me afundo ainda mais dentro da cadeira. — Só quero que saibam que se continuarem assim vão passar por cima de vocês em dois toques.
— Qual é?! Estamos no top 5 de bandas adolescentes mais famosas dos Estados Unidos e da Europa, estamos bem. — Nick fala sorrindo e com orgulho do nossos números, realmente ramos grandes.
— Pense assim e acabe esquecido com o tempo Campbell. Novas bandas estão criando seus impérios e sabem bem de quem estou falando. — É, sabíamos bem... eu sabia.
Tokio Hotel estava no seu auge, e pra ser vi verá eu estava muito feliz com isso, mesmo acompanhando de longe. Meus meninos estavam realizando os seus sonhos.
— Já que é assim, podemos ir? Não temos muito o que fazer aqui parados ouvindo você falar. — Júlia diz se levantando e pegando uma balinha do pote que sempre fica em cima da mesa de Liam.
— Claro, afinal precisam me entregar no mínimo 7 músicas daqui duas semanas... — Ele tinha um sorrisinho em seus lábios, como se não ouvisse pressão alguma em sua fala.
— Certo, terá suas 7 músicas. — Falo por fim antes de me levantar e sair pela porta da sala com paredes azul marinho que vivíamos indo desde que começamos essa história de banda.
Pisando fora das portas do grande edifício branco, onde se encontra vários estúdios e salas empresariais das mais conhecidas dos artistas, é evidente a multidão que está nas ruas.
Nosso público varia muito de idade, gênero e cultura. Isso é assustador... milhões de pessoas nos conhecem, mas nós não as conhecemos. Minha ansiedade ataque nessas horas de multidões, não que eu não goste dos nossos fãs, mas é desesperador milhares de pessoas querendo te tocar e ter o mínimo da sua atenção.
— Por aqui! Por aqui! — O segurança nos guia até nossa van azul com detalhes em rosa e amarelo. onde está o símbolo da banda e tudo mais.
Eu sou a primeira a entrar e cento lá no fundo, conseguindo ver pela janela meus amigos vindo pelo meio das pessoas no caminho cercado de cordas e seguranças. Nick é o mais carismático, sem dúvidas, e passa o caminho todo com seu sorriso, mandando beijo para as meninas que gritam com o ato. Maddy é Julie passam como sempre, dando sorrisos, mas evitando o contato e as pausas que Nick da no caminho.
E eu... bom, acho que já deu de ver né. Realmente não sei como tenho tantas pessoas que gostam de mim, mas acho que minha voz deve impressionar o suficiente pra compensar a falta de relação.
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StarGirls - Tom Kaulitz (PAUSADA)
Fiksi PenggemarMaya MeyBack é uma celebridade dos anos 2000 e sua vida é tão conturbada quanto a de outras celebridades das quais conhecemos. Porém sua vida vira de cabeça para baixo quando reencontra antigos amigos da Alemanha que agora pertenciam a banda T...