Capítulo 203 - Outra vez separados

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Apesar do profundo desejo de Sovieshu e do Marquês Karl, Glorym não foi encontrada.

Foi feita uma busca minuciosa nas aldeias e na floresta próxima e até, com o consentimento dos países vizinhos, em todas as aldeias fronteiriças, mas o bebê de cabelos grisalhos não foi encontrado. A chance da pequena criança sobreviver sozinha na floresta era quase nula, então os cavaleiros lamentaram informar que Glorym provavelmente havia morrido.

Sovieshu voltou a dormir. Ele ainda podia ver as pessoas que queria ver, mesmo que fosse apenas em seus sonhos. Sovieshu executou seu trabalho diário perfeitamente e agiu normalmente em audiências com o povo, por isso, muitos acreditaram que ele havia esquecido a notícia devastadora e retornado ao seu papel original como Imperador. No entanto, ele bebia de cinco a seis garrafas de bebidas destiladas por noite. Mesmo com a porta fechada, o choro podia ser ouvido em seu quarto.

—Sua Majestade está prejudicando seu estômago, então ele não deve beber mais álcool. Por favor, pare com isso.

O médico do palácio, que não suportava ver Sovieshy bebendo até vomitar, implorou ao marquês Karl. Mas Sovieshu era o imperador do país e não havia como seu secretário detê-lo.

— O melhor seria se chegasse a notícia de que a Imperatriz Navier despertou...— Os secretários de Sovieshu ficaram muito preocupados. Mas antes que chegasse a notícia sobre Navier, chegou outra notícia terrível sobre Glorym.

Um dos cavaleiros encarregados da busca na floresta encontrou as roupas manchadas de sangue de Glorym em uma caverna. Como os bandidos acreditavam que o bebê poderia pertencer a uma importante família nobre, o Senhor Celestial dos Mil Eternos ordenou que fingissem a morte dela apenas por precaução, e seus subordinados usaram deliberadamente as roupas do bebê para conseguir isso.

Os cavaleiros não sabiam que os Mil Eternos haviam levado o bebê, e tinham certeza de que Glorym havia morrido. Sovieshu perdeu completamente os sentidos ao segurar as roupas do bebê.

—Glorym... minha filha.

Ao segurar as roupas do bebê com as duas mãos, ele não conseguia fechar a boca, e seus olhos se arregalaram. Ele já tinha visto essas roupas no bebê antes.

— Minha filha. Minha garotinha. Meu bebê.

Os olhos de Sovieshu se encheram de lágrimas. Com um nó na garganta, ele caiu de joelhos e apertou as roupas do bebê contra o peito. Lágrimas escorreriam pelo seu rosto.

—Glorym! — Sovieshu entrou em seu quarto e foi até a pintura de Glorym

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—Glorym! — Sovieshu entrou em seu quarto e foi até a pintura de Glorym. Abraçando as roupas manchadas de sangue, ele soltou um suspiro profundo ao olhar para o retrato de Glorym, pintado nos dias em que ela estava saudável e feliz.

Ele se lembrou de seus pequenos membros, de seu sorriso largo, de seus lábios fofos, e da primeira vez que a ouviu dizer 'aba, aba'

Sovieshu suspirou e se contorceu de dor.

A imperatriz se casou novamente (Apt do 201)Onde histórias criam vida. Descubra agora