Capítulo - VI

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Narrador

Harry sentou-se no sofá ao lado do menor mexendo suas mãos enquanto olhava para o chão, estava ansioso para saber o que tanto Louis queria dizer, provavelmente alguma grosseria novamente. Talvez tivesse o chamado ali para humilha-lo de alguma forma ou contar que vai assumir essa nova pessoa.

Assumir...

Tomlinson sempre teve medo de assumir o relacionamento que tinham, será que ele faria isso com outra pessoa? Sem contar que além do medo, tinham que aguentar grosserias de algumas fãs por serem gays, mesmo sem se assumirem.

Seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu um suspiro, apertando seus próprios dedos.

- Harry, eu não tenho ninguém... – Foi a primeira coisa que Louis falou, sua cabeça também estava baixa, sua voz num tom calmo e sincero. Tinha medo de erguer o olhar e encontrar alguém com nojo de si, mas de todas as coisas que podia falar ou inventar, optou por sincero.

Aquele ser ao seu lado merecia toda a sinceridade do mundo, ele era tão doce, gentil, carinhoso, atencioso e inocente fora da cama.

Styles, por sua vez, não soube o que falar. Aquelas palavras o atingiram em cheio, parecendo até mentira. Olhou para o menor, seus olhos verdes mais abertos devido à surpresa. Se ele não tinha ninguém, então por que tinha mentido?

- Explique-se. – Essa foi a única palavra que o maior conseguiu falar para Louis, não sabia definir se estava feliz por saber que aquilo era mentira, triste por Louis ter terminado o relacionamento que tinham ou com raiva por ele ter mentido para si, estava confuso. Muito confuso.

- Eu não posso, Hazz... – O coração do menor ficou apertado ao dizer aquilo. Queria muito contar tudo o que tinha acontecido, mas não achava seguro explicar absolutamente tudo. Sem contar que não podia dizer que estava sendo ameaçado, porque Harry com certeza iria querer resolver aquilo tudo.

- Então não temos nada pra conversar. – As palavras saíram ríspidas da boca de Harry Styles no mesmo momento que ele se levantou de onde estava sentado. Fechou as mãos em punho e olhou para ele mais uma vez. – Você me decepciona a cada palavra que diz, Louis Tomlinson.

- Por favor, Harry. Não saia, eu posso explicar, só não sei co-

- Não sabe como o que? Como vai dizer que não quer mais nada comigo? Que isso era uma ilusão? Faça-me o favor, Louis! Eu vim aqui achando que íamos fazer as pazes, isso porque uma parte idiota de mim ainda quer acreditar que esse relacionamento vale pra você o mesmo que vale pra mim! – Harry gesticulava e apontava para Louis enquanto falava, geralmente era o mais calmo e nas brigas era até um pouco lento para se defender. Mas as coisas estavam acontecendo rápido demais, o deixando confuso e nervoso, seu psicológico estava abalado e seu coração ferido. Aquela era a pior semana de sua vida.

- Ele vale... – Não tinha mais como se defender, Harry o destruiu com aquelas palavras, tanto que os olhos azuis de Louis Tomlinson se encheram de lágrima s que começaram a cair sem que ele tivesse controle.

- Então seu valor é muito pouco.

Se alguém perguntasse para Harry o que ele estava sentindo naquele momento, não receberia uma resposta. Odiava ver seu namorado, tão frágil, chorando, e agora ele estava ali, com aquele rosto delicado sendo banhado por lágrimas. Mas a culpa era dele, não era?

Sim. A culpa era dele.

Tomlinson se levantou do sofá e parou de frente ao mais novo, segurou sua mão direita com as duas mãos e a colocou sobre seu peito, na região do coração.

- Se esse amor valesse pouco para mim, meu coração não estaria desse jeito. – Suas palavras saíram baixas e tristes. Aquele tipo de atitude era algo raro, Louis sempre era o mais explosivo nas brigas enquanto Harry era o sentimental que tentava provar o seu amor, mas aquilo não importava naquele momento, tudo o que queria era ter seu companheiro de volta.

Four days to dieOnde histórias criam vida. Descubra agora